Único - Chocolate quente e amor

739 102 166
                                    

Oiê! Hoje é meu aniversário e eu escrevi essa one referente a Amor Proibido. É num futuro deles, mas não contém spoilers diretos da fic! Espero que gostem ❤️✨ 

Naruto 

Frio, chuva, algum filme na Netflix e chocolate quente. 

Agosto é época de frio no Brasil, o que me faz ficar enrolado na coberta com minha mulher enquanto chove em São Paulo. Hinata resmunga no meu abraço e se mexe um pouco, mas nada demais. Beijo a cabeça dela e a aperto mais contra mim, sentindo seu cheirinho de bebê. 

— Preciso fazer xixi. — disse, com a voz baixa e sonolenta.

Carregar um neném não é fácil, a bexiga aperta e as mães sentem vontade de ir ao banheiro toda hora.

— Vai lá. 

Hinata se afastou, levantou e acariciou a barriga que estava começando a ficar evidente. Quase três meses e já aparece, provavelmente um bebê gordo e grande, segundo ela.

— Mô… — ela voltou e ligou a TV, se deitando e me olhando. — Faz uma coisinha pra uma grávida?

Já até sei. 

— O que você quer, vida? — sorrindo, acariciou meu rosto.

— Chocolate quente que só você sabe fazer.

Só de pensar me deu preguiça. Quis reclamar? Com certeza! Reclamei? Não mesmo!

— Não tem marshmallow.

— Então vamos ao mercado comprar! — ela já despertou.

— Você tá comendo por dois igual aquela velha te disse pra fazer?

Hinata revirou os olhos, eu ri. Dias atrás, uma senhora começou a se meter na gravidez dela dentro do consultório. Mais um ultrassom, e enquanto esperávamos nossa vez, a mulher perguntou sobre a gestação e começou a se meter. Coisas tipo: tem certeza de que só tem um aí? Na hora do parto você repensa sobre o próximo filho. Ah, mas em tal gravidez só descobriu que eram gêmeos no parto. Vai ter que comer por dois.

Ela ficou desconfortável, é a primeira gravidez, falar sobre coisas ruins que aconteceram em outras gestações a deixa apreensiva. Ainda mais com os abortos espontâneos que Hinata teve por alguns anos. 

— Me senti tão mal quando ela falou de bebês natimortos. — baixou os ombros. — Tive cinco abortos espontâneos e uma dificuldade imensa pra engravidar, falar dessas coisas me deixa nervosa.

Me arrastei até ela, passei meus braços por sua cintura que ainda estava fina, cheirei seu pescoço e acariciei sua barriga.

— Ele vai vir com muita saúde.

— Vai, não vai? — sorriu. — Um pacotinho de muito amor e cheio de saúde.

Me abaixei e deixei beijos pela pancinha dela, falei com nosso bebê mesmo sabendo que ele ainda não escuta o que acontece aqui fora. 

Os cachorros que estavam dormindo na nossa cama, acordaram e começaram a brincar. Também já deram palpite sobre alergia caso nosso filho tenha alergia a cachorros. 

Me refiro ao bebê no masculino, mas ainda não sabemos qual o sexo. Hinata diz que é menino, e todos sabemos que mães sabem o sexo do bebê antes de todo mundo.

(...)

No mercado, Hinata pega além de marshmallow, isso eu já sabia. 

— Amor, tô aqui pensando… — olhei ela. — Tô doida pra tomar sorvete, só que tá frio pra caralho, mas também tem sabor de bem casado. O que eu faço?

Chocolate quenteOnde histórias criam vida. Descubra agora