Eu só queria uma namoradinha pra ir me ver jogar, poxa!

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Olá, Carina!
Espero que goste dessa surpresa!❤️

Hoje quando fazia figurinhas pra você, tive a ideia de escrever algo, mas não sabia o que. Quando fui levar minha tia ao ponto de ônibus, passamos por um campinho de terra com uns garotos jogando bola e eu lembrei de um post que um amigo compartilhou: "Eu só queria uma namoradinha pra me assistir jogar." Daí de acordo com o que você me respondeu, eu fui criando a história mentalmente, pra escrever depois e tentar dar de presente. Surpresa!
Tomara que você goste, é pequeno, mas é de coração. Comenta aí o que você achou.

Me diz também se tem algo errado kkkk

Parabéns, domacars

Boa leitura.

⚽⚽⚽


Hoseok era um brasileiro de família asiática que morava na Bahia e tinha como paixão, o time do coração e pegar um baba, bater uma bolinha. O futebol era o que sempre estava na ponta da língua e dos pés, já que ele chutava com os dois.

No entanto, ultimamente andava meio murcho e carente. Sempre que saía com os amigos, ficava de vela ou com aquela vontade de ter um amor para ele. Sendo sincero, o Jung sabia que devia se amar, se apreciar sozinho primeiro para depois amar o próximo. Mas, caramba, ele só queria uma namoradinha para assistí-lo jogar. É pedir muito? Quando ele orava, antes de dormir, agradecia pela vida e por último o lembrava que estava aguardando: poxa, Deus, eu nunca te pedi nada.

E seu pedido foi atendido em um dia que estava levando Mickey para passear. O Shih Tzu deitou na grama do parque e se recusava a levantar. Hoseok tentou fazer ele sentar e lembrar de coisas que leu sobre convencimento, porém, nada deu certo. Mimado demais, o bichinho achava que era cachorro de madame. Não que o dono pudesse falar algo realmente, já que ele mesmo o tratava como bebê, o enchendo de dengo e lacinhos, ainda que ele fosse macho. Nada de masculinidade frágil por aqui, ok?

Em poucos minutos já estava morrendo de vergonha pois as pessoas já olhavam em sua direção e se sentiu ainda mais envergonhado quando ouviu uma risada baixa atrás de si. O rapaz olhou para trás e quase esqueceu da teimosia do seu pet, embasbacado com a beleza da garota que olhava divertida para sua batalha perdida. Ela era muito bonita e sorria bem aberto. E que sorriso... Ele nem quis descrever todos os detalhes que achou bonito nos poucos segundos após encará-la porque, além de que ele teria de ficar muito tempo divagando, provavelmente estava com alguma expressão estúpida em seu rosto.

Ela se abaixou ao seu lado e começou a falar com Mickey fazendo voz de bebê e ele, manhoso, se esticou todo em sua direção. O pegou no colo, fez mais carinho e entregou para o Jung que o segurou distraído.

"Como é o nome da minha salvadora?"

"Eu nem fiz nada." A garota riu, mas logo se identificou, acariciando as orelhas do animalzinho. "Eu sou a Carina, prazer. E qual é o nome dessa fofura, hm?"

"Jung Rafael Hoseok, o prazer é todo meu."

"Eu estava falando do doguinho, mas tudo bem."

"Ah, é Mickey. Mas, pode chamar de filho, se quiser. Eu sou o pai, só pra deixar claro."

Para que perder tempo, não é mesmo? Quando ambos se deram conta, já tinham sentado para conversar mais e Carina, pelo jeito, tinha adorado a forma cara de pau e ao mesmo tempo charmosa com que Hoseok trocava ideia. Era meio bobo? Sim. Ainda assim, era divertido.

Trocaram número de celular e com poucas semanas de muito conversa, saídas e beijos repletos de sorrisos, ele a pediu em namoro no mesmo parque em que se conheceram.

Entretanto, como nem tudo nessa vida são flores, Hoseok levou um baque quando descobriu que Carina odiava futebol. Sim, odiava. Não era não acompanhar, ser indiferente. Ela disse a palavra odiar. Parecia o post início de um sonho/deu tudo errado. Ele era positivo, de qualquer forma, então pensou que pelo menos ela não era torcedora do Vitória ao invés do Bahia, aí realmente ia ficar mais difícil.

O casal já estava todo apaixonadinho, sendo assim, deixaram essa diferença de lado e continuaram a relação da forma mais sensata possível. E o Jung era do tipo romântico, conquistou o coração da menina direitinho e, lógico, entregou o seu para ela com nota fiscal e tudo, sem aceitar devolução.

Apesar de ter aceitado bem a sua recusa em ver futebol, Hoseok ainda jogava com os amigos e sempre perguntava se ela não queria ir assistir, só para vê-lo em ação e recebia a mesma resposta, mesmo quando completou 3 anos que firmaram compromisso. Ele era persistente, queria tanto que o amor da sua vida torcesse e o incentivasse a fazer mais gols, seria um super amuleto da sorte.

Inclusive, Carina se estressou demais porque, ultimamente, ele vinha sendo insistente sobre ir a um jogo de domingo do time do bairro. Pensava que eles já teriam superado essa fase, contudo, ele prometeu até que ela poderia ficar apenas alguns minutos, que ia dedicar um gol à ela e que ia comprar algum presente, caso fosse. Encheu tanto a cabeça da menina, que ela aceitou esse acordo e foi. Emburrada, mas foi.

Quando chegou (atrasada, claro, porque não era obrigada a nada), os times já estavam em campo e ficou mais entediada do que já estava. Eles corriam de um lado para o outro e a namorada do jogador nem conseguia identificar se eles eram bons pois não entendia nem 1% do que estava acontecendo. E por mais que não quisesse admitir, o brilho no olhar e no sorriso que Hoseok deu ao vê-la na arquibancada fez seu coração falhar uma batida e abrir um sorriso de volta, automaticamente.

Carina nunca poderia imaginar o motivo de tanta pressão para que ela fosse e não precisou esperar muito para descobrir. Quando ela estava quase indo embora com uns 15 minutos de sua chegada, Hoseok fez um gol e os amigos começaram a gritar e se abraçar, correndo para perto de onde ela estava comemorando, já rendida de orgulho dele.

Ela praticamente deixou o queixo cair, pois após mandar um beijo em sua direção, o Jung levantou a camisa e por baixo estava escrito o seu nome. Os outros colegas de time fizeram o mesmo e havia letras pintadas também. Era CASA COMIGO?

Mais do que depressa, ela gritou sim, e a pequena torcida presente deu vivas como se o jogo já estivesse ganho. Daí para frente foi um borrão de imagens, primeiro porque ela estava muito emocionada e segundo que ela não entendia nada da partida, apenas que ele apareceu com um sorriso de maior troféu do mundo.

"Oi, amor."

"Oi, Hobi."

"Amo quando você me chama de Hobi, já te disse isso? Todo mundo fica com Rafa pra cá, Rafinha pra lá e você me deu o melhor apelido de todos."

"E eu amo você."

"Eu também amo você."

"Mas isso não quer dizer que eu vou vir em todos os jogos, não, tá?"

"Poxa, amor, eu só queria uma torcida só minha..."

E eles foram felizes e brigaram por futebol para sempre.

Fim.


Happy Birthday, Ami! (One shots de aniversário)Onde histórias criam vida. Descubra agora