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minho estava exausto. um longo e cansativo dia de trabalho. as duas caixas seguradas em cada braço seu não paravam de se mexer, uma surpresa para seus dois filhos.

encontrou a babá contratada no elevador. assim que pisou no condomínio, lhe mandou uma mensagem avisando que ela já podia ir embora.

pensava em onde estava com a cabeça quando aceitou levar dois animaizinhos para casa. talvez, no sorriso e covinhas adoráveis que chan exibia enquanto tentava convencer o lee de que aquilo era uma ótima idéia e que seus meninos iriam adorar. mas, agora, já não havia mais jeito, se deixou levar pelos encantos do loiro bonito e teria que lidar com as duas bolinhas de pelo agitadas em seus braços.

— lix? sung? papai chegou. — abriu a porta do apartamento espaçoso, tirando seus sapatos e escondendo a surpresa atrás de uma estante. estranhou o silêncio no local, normalmente, gritinhos animados são ouvidos cada vez que minho chega de mais um dia de serviço.

caminhou em passos leves até a cozinha, dois pares de olhinhos se arregalaram em sua direção assim que apareceu na entrada do cômodo.

— ora, ora, podem me explicar? — perguntou, divertido com as expressões assustadas de seus pequenos. felix segurava a cadeira, enquanto jisung em cima dela tentava pegar algo na parte superior da geladeira.

— a-ah, oi, papai... — entre os dois, felix era o que odiava ser pego fazendo bagunça, sempre se sentia um mau menino com isso e achava que seu pai deixaria de lhe amar também. já jisung, jisung nem ao menos ligava, era um pestinha profissional e estava sempre aprontando, sabia que era só lançar aquele olhar de esquilinho arrependido para o pai e estaria perdoado. e sempre era quem arrastava o irmão certinho para o "mau caminho"

— aposto que foi ideia de han jisung, não é? — os braços cruzados e a sobrancelha arqueada pro moreninho queriam passar uma falsa impressão de chateação.

— não era nada demais, papai. eu só falei pro lix que seria legal a gente preparar o jantar para você. não castiga ele, a ideia foi minha... — o corpinho pequeno se curvou em tristeza e um biquinho se formou na boquinha pequenininha. o coração do "frio e calculista" lee minho, se derreteu no mesmo instante e ele lutou para não agarrar suas criancinhas e enchê-las de beijinhos.

— vocês são crianças, e crianças não podem mexer com coisas de adultos. principalmente com fogo, então, deixem esse trabalho para o papai, ok? — pegou jisung no colo, lhe colocando no chão e se abaixando até ficar na altura dos irmãozinhos. felix estava envergonhado, sempre que aprontava alguma, achava ter feito a pior coisa do mundo, e não uma travessura qualquer facilmente resolvida.

— tudo bem, hm? não precisam ficar com essas carinhas, papai não está bravo. mas, me prometam que não vão mais tentar mexer com qualquer coisa que envolva cozinhar, ok?

o lee mais novo ofereceu o mindinho em sinal de promessa, jisung fez o mesmo e os três entrelaçaram seus dedos. deu um abraço quentinho nos corpinhos miúdos e sorriu carinhosamente.

— bom, papai trouxe algo para os dois. — os olhinhos infantis brilharam na hora, os presentes de minho eram os melhores, sempre ficavam animadinhos quando ganhavam.

— o que é, papai? — felix apertou suas mãozinhas, olhando ansiosamente para o mais velho.

— um celular? papai comprou um celular pra gente? — o moreninho começou a dar pulinhos histéricos sem nem saber do que se tratava. minho riu do comportamento do filho, sempre fora assim, extrovertido demais.

— não, sung, não é um celular. vocês são novinhos demais ainda, calma que vai chegar a hora. — o rostinho antes feliz, se emburrou, odiava quando o pai ressaltava o quão pequenos eram. no auge dos seus oito aninhos recém completados, jisung já se sentia um adolescente. felix e seus sete, tinha completa noção de que era novo demais.

kittens? kittens! || minsunglixOnde histórias criam vida. Descubra agora