O que podemos fazer quando nos vemos em uma batalha contra um desejo avassalador que toma conta do nosso corpo, enquanto nossa mente insiste: "É errado e não pode acontecer de forma alguma!"?
Micaella Dustin enfrentará esse dilema pessoal ao sentir...
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Hora de sair.
O arrepio em meu corpo me alerta que já estou há bastante tempo na água e que ela está ficando gelada. Nessa época do ano, o sol é ameno, variando a temperatura da água ao longo do dia.
Decidindo que é hora de encerrar o banho, começo a sair do lago. Para aquecer meu corpo, faço movimentos ritmados na água, jogando-a de um lado para o outro. Observo os reflexos dos raios de sol nas gotinhas que se prendem em meus braços.
Preciso ir logo para casa, pois papai e mamãe devem estar na agitação, terminando os preparativos para a festa. Faltam poucas coisas para concluir, como a distribuição das louças e talheres nas mesas e os arranjos de centro de mesa.
Merda! Ainda tem uma mesa enorme para os pratos doces e salgados. Não decidimos em que canto do galpão ficará aquele "mausoléu".
Terei que deslocar duas pessoas para arrastar aquele "trambolho"! Preciso decidir logo para aproveitar os rapazes que se ofereceram para carregar peso e arrastar móveis pesados.
Já disse para mamãe que aquela mesa é desnecessária, mas ela se recusa a se desfazer dela. Sempre que sugerimos doar, ela usa a desculpa de "relíquia de família" para descartar nossa ideia.
A igreja da comunidade aceitaria de bom grado. Ela é ótima para reunir um grande número de fiéis nos chás e almoços beneficentes.
Se ela pensa que vou arrastar comigo aquela coisa quando, por algum acaso do destino, eu ponderar casar, o que, aliás, não pretendo tão cedo! Mamãe pode tirar essa ideia de sua cabecinha de vento.
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Estou quase chegando à margem para me vestir e ir embora quando escuto uma tosse forte. Travo no mesmo instante e começo a recuar para o fundo do lago, escondendo meu corpo debaixo da água.
- Jesus! Quem será que está aqui? - murmuro.
Quem teria a ousadia de invadir uma propriedade particular? Começo a tremer, mais de medo do que de frio. Estou sozinha e nua!
- É um invasor! Droga, não tem como eu sair daqui, e ninguém escutaria meus gritos de socorro. - volto a sussurrar apavorada.
Minha mente começa a descontrolar e a ir além do que "só um invasor".
