Dia 12/01/4000 segundo o calendário de Hoffen.
O santo Bispo, pediu para todos nós escreverem sobre a Grande guerra, segundo ele, as gerações futuras não podem se esquecer destes acontecimentos.
Era mais um dia comum na cidade, eu trabalhava na fazenda do Bispo, cuidando de seus animais e colheita, ganhava o suficiente para manter uma boa vida na entrada da cidade, o dia parecia que iria ser bom, minha filhinha iria completar aniversário na próxima semana, eu estava animado, e junto de minha esposa planejamos uma bela festa. Até que de uma hora para outra, o céu ficou vermelho, da mesma cor do sangue dos animais, e dele desceram seres com formas inexplicáveis, a única coisa que conseguíamos reconhecer eram suas anormes “asas”. Eu estava impressionado com aquilo, vi alguns dos meus vizinhos entrando em desespero, e a única coisa que eu pude pensar naquele momento, era fugir com minha família, correr até nossos corpos se cansarem, afinal quem séria o louco de permanecer no lugar esperando seja lá o que for chegar para rasgar sua carne ?
O primeiro ataque foi rápido, eles caíram dos céus como bolas de fogo, e nesse momento uma praga consumiu a Terra, o ódio nasceu, e junto dele veio o caos.
Eles começaram a atacar, de seus corpos, grandes lâminas surgiram, parecidas com as espadas usadas pelos caçadores, mas eram muito maiores. Eles avançavam, destruindo tudo e matando qualquer coisa que estava em sua frente, tudo que podíamos fazer era nos defender, e ainda manter todos os que amávamos vivos. Houve inúmeras vítimas, por sorte essas criaturas podiam morrer assim como nós, foi a primeira vez que vi tantos corpos nas ruas e os nossos inimigos não paravam de surgi enquanto lutávamos, o ódio subiu a minha cabeça, a vontade de matar cada vez mais presente, foi a primeira vez que eu me senti verdadeiramente vivo, todos aqueles que ameaçam o nosso lar sofreriam dez vezes mais o que sofremos. Porém, tudo aquele sentimento que ficava bom a cada segundo, foi substituído por uma dor ainda maior. Em mais um desses ataques, as criaturas acertaram o esconderijo onde estávamos, vi na minha frente, as únicas pessoas que amei na vida, as únicas coisas que mantinham minha mente no lugar, sendo esmagadas.
Eu não lembro de nada depois disso, as minha memórias daquele momento são apenas uma mancha branca. Eu acordei em uma cama, na casa de uma das curandeiras todo enfaixado, com o corpo todo moído de dor e rodeado dos meus companheiros, eles me disseram que, durante o ataque eu fiquei fora de mim, eu avancei nas criaturas e dilacerei várias delas, só que ainda assim, eu não fui capas de vencer todas elas, e antes que eu morresse, todas as criaturas desapareceram. Meus amigos começaram a me chamar de “Demônio protetor”, um nome que eu não desgosto, mas acho um exagero.
Tudo o que sobrou daqueles dias, foram sobreviventes feridos, caos e destruição para todos os lados, e uma enorme saudade de todos os que caíram.
~Markin Huff
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Contos de uma melancólia infinita
FantasyEsses contos descritos aqui, são fragmentos de uma história de RPG que eu estou escrevendo para jogar com meus manos, mas eu desenvolvi um certo carinho por elas, por isso decidi compartilhar com vocês. Todos essas Histórias possuem um tipo de narra...