II. Como Tudo Começou

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Dumbledore saiu da sala, sem deixar espaço para que eles pudessem fazer qualquer outro questionamento.

– Nós realmente iremos fazer isso? – Dorcas perguntou, não estava totalmente segura naquele plano, receosa com o que iriam ler.

– Temos que fazer. – Remus respondeu. – Se isso está acontecendo, tem um motivo, e temos que descobrir qual é. 

– Então quem vai começar? – Sirius perguntou, acomodando-se ao lado do namorado. 

Ninguém respondeu, receosos em pegar o pacote. 

– Por Merlin. – James se adiantou em pegar o pacote na mesa, revirando os olhos o abriu rapidamente, retirando um livro de capa preta de couro com alguns detalhes em ouro. Os desenhos feitos de ouro puro eram como raios ao redor da capa, e no meio havia um círculo de pérolas em volta de uma lua  também em ouro.

Ao abrir todos os presentes da sala sentiram-se abraçados por uma leve brisa, como se estivessem em uma noite de verão, frente ao mar.

Capítulo I. Como tudo começou

1527 d.C. Castelo Buxo, território amazônico, Brasil.

Os leitores tinham uma leve ideia sobre o porquê de Castelo Bruxo estar envolvido na história, mas sua ligação com a escola de outro continente não estava ali.

– Senhora Nimue, poderia nos explicar o que é tão importante para ter de ser dito apenas pessoalmente. – A voz de Theodoro se fez presente na sala da diretora de Castelo Bruxo, uma comunidade onde os bruxos poderiam viver sem a perturbação dos não mágicos.

Selene havia aprendido a falar tanto a língua de seu povo quanto a do homem branco, seu pai era um, sua mãe indígena nativa da região, foi criada por sua mãe com visitas de seu pai, não que tivessem uma má relação, apenas não queriam e nem podiam arriscar que descobrissem, os homens brancos não eram exatamente respeitosos com os nativos das terras as quais invadiram, seu pai era uma exceção, ou talvez não fosse, a paixão pode fazer as pessoas terem reações inimagináveis às vezes.

– Minha filha teve uma visão. – Disse sem cerimônias.

– E porque isso seria de nosso interesse? – August perguntou para a mulher de pele escura e cabelos lisos escuros como a noite.

– É de interesse de todo o mundo bruxo, sabe muito bem que as visões de Yara, sempre devem ser levadas muito a sério. – Sua voz se mantinha séria, como se não quisesse deixar espaço para discussões.

– Perdoe a soberba de meus colegas. – Aisha interrompeu o início de uma possível, apaziguando a situação. – Por favor, conte-nos o que a criança viu.

– Dada as circunstâncias, receio seja melhor mostrar–lhes. – Disse Selene. – Venha aqui querida. – Pediu gentilmente para a garota de pele escura igualmente a sua, com pinturas em seu rosto, parecidas com as de sua mãe, que até então estava quieta apenas observando os cinco bruxos, ela caminhou até sua mãe estendendo sua mão para ela.

Logo os cinco estavam em círculo, a garotinha, que não passava de seus 12 anos, fechou os olhos respirando fundo, os mais velhos apenas olharam para ela, ansiosos e confusos, mas não tiveram tempo de questionar sobre qualquer coisa, pois seus olhos se esbranquiçaram e olharam fixamente para o teto, porém o que realmente viam não era o teto com desenhos dourados da sala de Selene.

Em suas visões levemente turvas, viram um homem de aparência medonha, ele carregava um sorriso sádico em seu rosto, que lhes lembrava o de uma cobra, viram um mulher ruiva tentando proteger um berço colocando seu corpo a frente dele enquanto implorava pela vida de seu filho, o homem pediu para que ela saísse da frente do bebê, mas ela não o ouviu continuando a implorar. Com um lampejo de cor verde saindo da varinha do homem, a mulher ruiva agora estava morta no chão enquanto o bebê chorava.

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⏰ Última atualização: Sep 08, 2023 ⏰

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