Capítulo 4 PT. 2

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ALERTA DE GATILHO!
Talvez algumas coisas que estarão sendo faladas aqui venha afetar psicologicamente ou causar um desconforto em alguns leitores. Quando estiver em um momento em que indique provável gatilho, eu irei notar "⚠️" no início e ao acabar.

"Todas essas vozes no fundo do meu cérebro. Me dizem tudo o que você está pensando."
-Telepatia (Kali Uchis)


As memórias, não á nada como elas. O que seria de nós sem elas? Não teríamos uma vida significativa, talvez não teríamos uma razão de viver, algo com que sonhar ou querer conquistar, amigos, paixões, ódios, e etc...

Sabe aquela memória que você não trocaria por nada nesse mundo? Aquela que se dependesse de você, você daria tudo o que podia pra reviver ela.

Muitas pessoas falam que se pudessem, iriam repetir o feito de uma memória dia após dia. Mas, se você fizesse ela dia após dia, ou revivesse ela dia após dia, ela não teria tanto significado pra você quanto antes.

Existem memórias únicas, que são aquelas que você tem vontade de reviver de volta, mas que não se deve, por que se não o significado dela pra você não vai ser tão importante.

Eu ainda me lembro de como eu criei esse desejo pelo balé.

Quando eu tinha sete pra oito anos, eu tinha ido visitar alguns parentes meus que moravam em Seoul, questão de três dia. Eu lembro de que a minha tia parte de mãe e a minha mãe e eu, tiramos um dia pra passear por Seoul, e nós passamos em frente a um teatro. Minha mãe então teve a ideia de nós entrarmos, nem sabíamos se poderia entrar, não tinha nenhum segurança então fomos pra dentro do Teatro.

Quanto mais andávamos pra dentro, uma música suave e confortável aos ouvidos, começava a soar cada vez mais alto. Até que eu vi uma porta entre-aberta, então resolvi dar uma espiada pela brecha. Eu havia visto um garoto que aparentava ter a minha idade dançando lindamente naquele palco, lembro de ter me perguntado "como alguém pode rodar tanto e não cair de tontura?"

Depois disso eu não lembro mais o que houve, já faz bastante tempo, seria até que meio que impossível eu lembrar de tudo detalhadamente.

Aquela foi uma experiência única, aquele momento foi uma chave pra mim abrir uma porta para o balé entrar na minha vida.

Acredito eu pelo que ouvi, que com certeza o Jay deve querer reviver pelo menos uma memória com o seu amigo Sunoo. E eu lamento por ele, aliás, é a única coisa que posso fazer.

Memórias são boas, mas não devemos viver baseadas nelas. Memórias são feitas para ser lembradas por alguns instantes, e depois voltar para o presente, para poder construímos um futuro.

Os olhos dele-Jay-mostram a tristeza, solidão, esses sentimentos são transparentes só em um relance de olhar. Parecia que seus olhos castanhos estavam ficando ofuscados por dor e tristeza.

-Esse seu amigo deve ser alguém muito especial - disse dando um mínimo sorriso pro mesmo que logo me olha cabisbaixo.

-É, ele era - ele falou retribuindo o sorriso-Eu tenho que ir... Jungwon-ele disse calmo. Quase saindo da sala, ele olha rapidamente pra trás e fala-fama não é tudo, ela é só um bônus - ele falou e saiu da sala.

Ele deve estar realmente solitário...

Pensei comigo mesmo.

. . .

-

De novo!! - o professor repetia já impaciente - é tão difícil manter a cabeça ereta?-ele falou quase gritando - quer saber...cansei - ele falou saindo da sala, mas sem antes de fazer questão de quase quebrar a porta.

𝐃𝐚𝐧𝐜𝐞 𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐅𝐢𝐫𝐞 在火中跳舞 |𝐇𝐞𝐞𝐖𝐨𝐧 + 𝐉𝐚𝐲𝐖𝐨𝐧|Onde histórias criam vida. Descubra agora