Capítulo 6.

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Pov Harry.

Terminei tudo o que tinha no Ministério e aparatei em casa para um banho antes do encontro com a Gina, não sabia muito bem se era um encontro ou não, mas por falta de palavra melhor vai encontro mesmo. Me arrumei faltando poucos minutos para as 18h então desaparatei próximo ao restaurante, entrei e pedi uma mesa para dois e esperei ela chegar, não vou negar que estava nervoso, parece até que vou pedi-la em casamento. Em pouco tempo ela chegou, estava linda como sempre em um vestido preto simples, cabelos soltos, quase nada de maquiagem, apenas um batom vermelho que destacava a sua pela alva e uma sandália nude, estava perfeita não pude esconder o sorriso que brincou em meus lábios, ela se aproximou lentamente e sorriu de volta, me deu um beijo no rosto e se sentou de frente pra mim.

- Obrigada por vim Harry. - ela parecia nervosa.

- Por nada, mas não nego que fiquei curioso.

- Primeiro eu peço que você me escute, não vai ser fácil pra mim te contar isso então por favor, não me interrompa até que eu tenha terminado tudo bem?

- Tudo bem, mas o que é tudo isso? - agora eu é que estava ficando nervoso.

- Preciso que você entenda os meus motivos antes de mais nada, depois se você quiser me jugar, gritar comigo, me xingar, sei lá, ai é um critério seu.

- Não estou entendendo mais ok.

- Bem, quando você foi embora antes da guerra a situação não foi fácil em Hogwarts, nós tivemos que enfrentar nossa própria guerra no castelo, mas isso não vem ao caso. Quando a guerra estourou em Hogwarts eu fiquei feliz por um momento porque você estava ali, vivo. Depois foi aquela loucura toda que você já sabe e no final eu vi você morto sendo carregado pelo Hagrid, aquilo foi o fim pra mim, eu realmente pensei que você também estava morto e quando você se levantou eu não acreditei, quando tudo terminou eu só precisava te ver e te tocar pra acreditar que você estava vivo, por isso fui atrás de você. O resto você sabe tão bem quanto eu o que aconteceu.- não contive o sorriso com essa frase. - O que você não sabe é que isso gerou consequências, quando acordei e não vi você fui te procurar e a Hermione me disse que você tinha ido embora e tinha pedido para eu ser feliz, você não sabe como aquilo me doeu. Voltamos pra casa e fiquei trancada no meu quarto, ninguém percebeu porque todos estavam mal e acharam que eu estava triste pelo Fred, é claro que estava, mas não era só isso e a única que percebeu foi a Mione. Um tempo depois eu comecei a me sentir mal, cansada, tonta, todos achavam que podia ser a depressão, mas a Mione desconfiou que não era e me fez fazer um teste, eu estava grávida. - falou isso com voz baixa, mas não tanto que eu não pude ouvi, meu coração deu um solavanco.

- O quê? - perguntei pra ver se tinha entendido.

- É isso mesmo, eu estava grávida, sozinha, assustada, com depressão e não queria decepcionar meus pais que tinham acabado de perder um filho, então sem contar a ninguém pedi transferência para Ilvermorny. Cheguei nos EUA sem nada, fui conversar na escola e eles me aceitaram e me ajudaram a terminar os estudos antes do bebê nascer, uma semana depois que me formei nasceu o Jay. - Eu estava perplexo com tudo isso, como ela pode me esconder que estava grávida, depois de um gole de água retornou a falar. - Eu estava sozinha, sem casa e com um filho recém nascido, não sabia o que fazer e quando mandei uma carta pra Mione pra contar a novidade ela me mandou um dinheiro que foi a minha salvação, pude alugar uma casa pequena pra mim e pro Jay, ela também tinha um contato na MACUSA e me ajudou a conseguir um emprego e um tempo depois fiz a seleção para um time de quadribol, o All-Star e sair da Macusa, a duas semanas atrás recebi um convite para o Harpias e não pensei duas vezes em voltar, mas eu sabia que assim que eu voltasse eu teria que ter esse encontro com você e teria que contar tudo isso.

- Se não fosse isso você nunca iria me contar não é? - perguntei sentindo uma tristeza me assolar.

- Não. - foi só que respondeu e isso me fez sentir raiva.

- E você acha que eu não tinha o direito de saber, afinal de contas eu sou o pai! - falei isso mais alto do que deveria.

- Você foi embora e me deixou sozinha no pior momento da minha vida, você queria que eu fizesse o quê? - me perguntou com lágrima nos olhos que não me deixaram com pena.

- Você poderia ter me contado que eu voltaria no mesmo momento, eu nunca deixaria você, eu nunca deixaria um filho meu.

- Então você não me conhece mesmo, eu nunca mendigaria amor Harry, nunca.

- Mendigar amor Ginevra? Eu amei você por todos os dias da minha vida estando em perigo ou não e você me vem com essa de mendigar amor?

- E o que você esperava que eu pensasse depois de ir embora sem se despedir e me dizer um simples seja feliz por recado? Eu me senti um lixo, senti que você nunca me amou e que eu não passava de um passatempo, e eu jamais pediria pra você voltar porque eu estava grávida, nunca.

- Eu nunca te deixaria, você foi a única mulher que eu pude amar em toda a minha vida, meu sonho era construir uma vida com você, ter uma família, porque isso é tão difícil de entender?

- Se coloca no meu lugar por um minuto, se fosse eu indo embora e dizendo pra você seja feliz, o que você pensaria?

- Eu sou um cretino eu sei, eu me arrependo todo dia por isso, mas é um filho Ginevra, um filho. Eu nunca abandonaria um filho, eu perdi quase 5 anos da vida do meu filho. - Não consegui resistir e quando vi já estava chorando, eu tenho um filho e nem sabia que tinha, meu Merlin. - Eu quero conhece-lo, onde ele está?

- Na Toca com minha mãe.

- Ótimo então vamos lá agora mesmo.

- Harry espera! Ele não sabe que você é o pai dele, eu preciso conversar com ele primeiro e

- Você me apresenta com um amigo e conversa com ele depois, eu quero conhecer meu filho agora Ginevra, já perdi 5 anos a vida dele e não vou perder nem mais um segundo. - E assim aparatamos para a Toca para conhecer meu filho que descobri que se chama James Sírius.

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