Capítulo Quatro: Esconde - Esconde

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O medo do grupo, tomou conta após tomarem a decisão de saírem em duplas daquela sala.
Ao botarem os pés para fora, Marcus e Vanessa olharam ao redor do corredor e chamaram os outros para continuarem andando.

Com ódio em seus olhos por não ter ainda aceitado o plano de Vanessa, Edigar seguiu com Carlos para o corredor e, mesmo com raiva tentou argumentar com Vanessa sobre o plano.

- Não que mudar de ideia mesmo?
- Não! Eu espero que nós possamos achar a saída e que no final possamos todos se encontrar sem ninguém ter morrido. - disse Vanessa encorajando os demais.

Edigar contínuo enfurecido com a resolução da proposta.
Ele e Carlos sem pensarem muito, começaram a andar; mas em algumas passadas, Edigar se virou para o grupo e disse:

- Espero que todos guardem bem esses rostos, de cada um. Pois no final como disse nossa amiga aqui... Não vai ter, "o final para todos"! Já perdemos uma não é mesmo!

Ao termina de falar, Edigar e Carlos continuaram andando.
Os outros se olharam com reações tristes e apavorantes. Antes de irem também, Vanessa e Marcus se despediram de Pedro e Lucas.

- Vai ficar tudo bem pessoal! Vejo vocês em breve! - disse Vanessa.
Marcus então contínuo:
- Só tomem cuidado, a ideia parece perigosa, mas é necessária. Beleza?

Pedro preferiu ficar quieto, deixando que Lucas falasse pelos dois.
- É claro que nós entendemos, esperamos encontrar vocês dois vivos também.

Naquele momento, todos disseram adeus um para os outros, pois ninguém sabia o que realmente iria acontecer ou não acontecer.
Era nítido que naquele mesmo instante, a brincadeira de gato e rato havia começado, e, era questão de pouquíssimo tempo para aquela quadrilha sinistra agir.

Em um dos cômodos daquele lugar grande, sujo e assustador, estava uma integrante da quadrilha, brincando com Sonia.
Sua máscara de porcelana e seus cabelos longos e loiros, completavam uma mulher que aparentemente não mostrava bondade nenhuma, ou qualquer senso do bem.
Ao contrário dessas características, se mostrava muito assustadora e cruel, como qualquer outro de seus colegas que completavam a quadrilha.

Deslizando um pente sorrateiramente nos cabelos de Sonia, a mulher se comportava como uma criança brincando com sua boneca.
Depois do penteado, ela desamarrou Sonia que estava amarrada na cadeira que estava sentada, em seguida a pegou pelo braço, que fez a mesma começar a implorar para não fazer nenhum mal há ela.

- Por favor, não faz nada comigo. Eu to implorando, eu tenho família! Me deixa em paz...

A mulher mascarada então, começou a balançar a cabeça e acariciar os cabelos, como se tivesse se sensibilizada com o que Sonia havia dito.
Mas o balançar de cabeça significaria apenas como mais uma tortura psicológica da brincadeira que estavam fazendo.

Alguns minutos depois, Sonia estava vestindo um vestido que a mulher de máscara havia dado.
Ao sair de trás de um vestiário improvisado de madeira, a mulher mascarada começou a bater palmas de felicidades para Sonia; chegando perto a mulher ajeitou o vestido para Sonia o deixando mais reto e ajeitado.
Sonia com seus olhos inchados de tanto que chorou e o rosto coberto com o choro, olhou rapidamente para algo que estava ao seu lado e que chamou sua atenção.
Um abajur, que já estava aposto na mesa, despertou uma ideia em Sonia.

Quando a mulher com a máscara de porcela se virou para pegar algo, Sonia aproveitou o momento para pegar o abajur e, com uma força impressionante, tacou o objeto na cabeça da mulher, fazendo com que a mesma acabe desmaiando no chão.

Sonia rapidamente, correu em direção a porta e ao passar por ela, viu seu caminho parecer livre, já que naquele mesmo momento, os outros integrantes da quadrilha já estavam a caça dos outros.
Ela então contínuo correndo pelo corredor, em silêncio sem gritar por ajuda para não chamar a atenção dos outros assassinos.
Correndo pelos corredores pouco iluminosos e angustiantes, ela se via perdida e sem esperança. Até que, ao olhar bem para o fundo daquele corredor em que estava, enxergou uma placa pequena, com letras de tom vermelho e um tanto sujas.
Foi ali que percebeu que aquela placa se tratava de uma placa indicando a saída.

Sonia então correu em direção a placa e, chegando na divisa do corredor, virou a direita, se deparando com uma porta.
Levemente tocou a maçaneta da porta e em seguida a abriu, se deparando com um dos membros da quadrilha, que cobrindo seu rosto, estava uma máscara de espantalho. Em suas mãos um machado, Sonia então vendo aquilo se desesperou.

- MEU DEUS DO CÉU...


QUADRILHA MORTALOnde histórias criam vida. Descubra agora