Capítulo 5

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"Coisas de sangue jovem, sempre há o amanhã

Eu preciso de mais tempo, mas o tempo não pode ser emprestado

Eu deixaria tudo para trás se pudesse seguir"

Ghost | Justin Bieber

"Quando você está em um mar dourado

Você não precisa de nenhuma memória

Apenas um lugar para você chamar de seu

[...]

Na ilha ao sol

Estaremos jogando e nos divertindo

E eu me sinto tão bem que não posso controlar minha mente"

Island In The Sun | Weezer

Any

Tínhamos assistido a alguns filmes e minha mente não parava de funcionar. Aquilo tudo era fruto do que havia acontecido e, como uma boa pessoa ansiosa, a minha ansiedade não me abandonou.

Era horrível a sensação de imponência e medo que eu sentia. Não podia ir até ele pois ele não iria me escutar, mas também não aguentava ficar sem fazer nada pois eu queria ele comigo. Nada que eu pensasse funcionaria. Eu estava perdida. Completamente perdida.

— Seu cérebro está em trabalho constante, certo? — Killian perguntou, tirando sua atenção e de Sofya do filme.

Eu assenti e bufei, tomando um gole do meu chá — que não estava funcionando de nada. Levantei-me frustrada e fui até meu quarto pegar um moletom para que eu pudesse correr por ai. Estava frio, mas eu precisava sair de casa.

— Acho que vou até a praia. — Anunciei.

— Quer carona? — Perguntou Sofya e eu neguei, chegando perto da porta e saindo de casa, deixando os dois para trás.

Não queria ter que expulsa-los, pareciam confortáveis. Eles mereciam um tempo sozinhos.

Coloquei meus fones e caminhei para fora do campus, respirando fundo e acalmando meu peito antes de iniciar a corrida. Passei pelo meu restaurante favorito — mesmo que só tivesse comido lá uma única vez —, pelo starbucks, pela casa de Lohan e, após alguns segundos, finalmente a praia.

Eu estava exausta. Aquele não era um caminho curto. Uns cinco minutos de carro bastava para chegarmos à praia e eu fiz praticamente o mesmo tempo correndo. Caminhei até a areia e me sentei nela, pegando-a e apertando-a contra meus dedos. Tirei meu tênis e fui molhar meus pés na água e, no mesmo instante, comecei a chorar. Como se o mar conseguisse me consolar apenas tocando-me. Eu não me sentia tão fraca ou imponente quando estava em contato com ele.

— Eu fiz besteira e agora não sei como consertar — falei para o além, deixando mais lágrimas escaparem. — Eu não queria ser desse jeito...

Molhei meu rosto e voltei a me sentar na areia seca. Respirei fundo sem uma solução em mentes e me frustei mais ainda. Deitei-me e, sem ligar se meu cabelo ficaria ou não cheio de areia, comecei a cantar. Era meu refúgio, algo meu que eu sempre fazia. Aquilo me salvara tantas vezes que eu não tinha mais ideia.

When you say give me your hand baby, I'm falling. I hope you catch me when I land I think I'm in love again

Fechei os olhos e logo uma nuvem cobriu o Sol, sequei algumas lágrimas que escorriam do meu rosto para areia e ouvi uma voz atrás de mim.

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⏰ Última atualização: Oct 27, 2021 ⏰

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