A Bailarina

021

Sabina narrando

Se eu não morri agora eu não morro nunca mais. Uns cinco minutos depois eu e Sofya descemos pra cozinha pegar o celular de Joalin para podermos terminar o filme no quarto. O problema é, nós conseguimos ir até a cozinha e pegar o celular, mas quando nós estávamos terminando de subir a escada escutamos um barulho da porta, estava alto então não era Joalin. Se Joalin tem a chave, Sofya e eu estamos aqui... quem está la embaixo?

-ouviu isso? (Sofya diz e nós corremos e abrimos a primeira porta que vemos, era o quarto dos meninos, eu entro no guarda roupa com Sofya, é bem grande, cabe nós duas)

Sabina narrando

Alguns segundos depois ja não estávamos mais nenhum barulho

-será que foram embora (Sofya pergunta baixo)

-acho que sim, eu vou lá ver, fica aqui

- não vai por favor, estou com medo

- eu sei que está com medo eu também estou, mas vc precisa ficar aqui

-não demora

Sabina narrando

Tiro meu relógio e dou em suas mãos

-quando eu fechar a porta vc conta 30 segundos

-e se vc não chegar até lá?

-ligue pra polícia (dou o celular de Joalin a ela)
mas antes disso não sai daqui

- tudo bem, te amo

-também te amo (dou um beijo na testa dela)

-Saby... vc promete que vai voltar?

-prometo (digo e abro a porta do guarda roupa)
Comece a contar (saio do guarda roupa e do quarto)

Sabina narrando

Estava tudo escuro, pego uma lanterna em um armário que fica encostado na parede do corredor, acendo e consigo ver melhor, desço um degrau e vejo a sala completamente destruída, a TV está no chão, vasos e quadros quebrados. Desço mais um degrau e não vejo ninguém na sala, desço mais alguns degraus e a lanterna começa a falhar, término de descer a escada sem prestar muita atenção se tinha alguém vindo, vou até a cozinha e a lanterna apaga, sinto uma mão prendendo minha boca, e alguém diz

-se gritar eu te mato! (Solta minha boca e eu dou alguns passos para frente)
Onde está a outra garota?

-(não respondo nada)

-fala! (Ele grita)

-o que quer com ela?

(Spoiler: esse acontecimento ruim é o primeiro de muitos)