Lilith jamais imaginou que pedir ajuda ao Coven da Família Spellman despertaria seu lado mais humano esquecido a séculos. E Zelda, jamais imaginou que amparar Lilith e seu bebê se tornaria algo muito além de um simples apoio a uma "irmã bruxa".
O...
Depois da expulsão dos reis do inferno, Zelda fez uma pequena reunião com as bruxas em seu escritório, a fim de discutir sobre a permanência da demônia na academia como a medida mais segura por hora.
Todo o coven, de forma unânime, aprovou a continuidade de Lilith e o bebê. E Zelda com o desejo de descansar depois da rapidez dos acontecimentos do dia, pediu que a irmã a acompanhasse para dá a notícia a mãe dos demônios.
Hilda saiu saltitante na frente com um sorriso enorme no rosto e Zelda tinha o intuito de seguí-la se Marie não a tivesse impedido, pegando sua mão para um beijo antes que ela chegasse à porta.
— Ma chérie... Quando a terei só para mim hoje?
Zelda se permitiu sorrir pela primeira vez naquela noite com as palavras da namorada. Rodeando seus braços nos ombros da outra mulher, Zelda coloca um selinho demorado em seus lábios.
— Muito em breve, meu amor.
— Você parece cansada. - Marie falou analisando as expressões no rosto da Spellman, passando os dedos suavemente no contorno de sua face. - Pretendo passear por seu corpo com uma deliciosa massagem.
— Eu aprecio muito o seu gesto. Estou realmente exausta. - Zelda a beijou sedutora, para depois falar encarando seus olhos negros. - Só quero terminar de resolver essa situação e descansar de verdade.
— Você se importa muito com essa Lilith...
Zelda elevou uma sobrancelha desconfiada, pela posição de Marie sobre a demônia e também de não gostar do efeito que as palavras a fizeram se sentir. A ruiva não gosta de ser lembrada que porta desse sentimento, que se importa com a ex-rainha do inferno.
— Pelo pouco que sei dela, que não é coisa boa, é realmente surpreendente vê você agir assim. - Marie completou encarando os olhos verdes da bruxa em seus braços.
— O que você quer dizer com isso, Marie? Se tinha algo contra Lilith, deveria ter exposto na reunião que acabamos de ter.
— Apenas comentando, ma chérie. Não se preocupe com isso. Eu confio em você, mas quero que saiba que nela não.
— Conversaremos sobre isso mais tarde. Hilda está me esperando agora.
— Como você quiser, minha querida. Estou indo para casa.
— Eu encontro você lá em algumas horas.
Zelda deu um último beijo na bruxa antes de sair do escritório martelando em sua cabeça os motivos por trás das palavras de Mambo Marie.
*****
Início da cena da série situada no Ep.3 da Part.4...
— Lilith! Desculpa te incomodar com o bebezinho, nós só queríamos que soubesse...
Uma Hilda sorridente entrou no quarto falando, seguida por uma Zelda ansiosa, que não demorou para interromper a fala da irmã, querendo ser a portadora das boas notícias até o momento.
Lilith estava brincando com o filho sentada no centro de sua cama, depois de alimentá-lo quando as bruxas entraram.
— Não precisa se preocupar com os reis do inferno. Um está morto e o outro está provavelmente, ... morto. - concluiu Zelda.
— E o coven decidiu que você pode ficar na academia, se precisar. - Hilda completou sua fala interrompida.
Lilith ficou surpresa com o convite, ela passou as últimas horas - depois de decidir o nome de seu filho – pensando no que iria fazer para manter sua segurança. A demônia não sabia se poderia continuar a contar com a ajuda do coven, por isso precisava de um plano. Contudo, a respostas de suas indagações acabaram de aparecer inesperadamente.
— E a ira do senhor das trevas? - Lilith quis ter certeza se elas estavam cientes do real risco em abrigar ela e seu filho.
— Já sofremos a ira dele antes. Nós vamos dá conta. Você aceita a nossa hospitalidade ou não?
A ex-rainha do inferno não seria louca de dizer não, disse para si olhando o pequeno demônio vibrante em seus braços.
Colocando um sorriso fino de lábios vermelhos em suas expressões e levantando os olhos azuis para encarar os verdes da suma sacerdotisa, a morena deu sua resposta para a tranquilidade do coração de Zelda.
— O Adam e eu aceitamos. - Lilith respondeu, olhando rapidamente para Hilda, afim de voltar ao olhar da ruiva em sua frente. - Obrigada!
Lilith admite para si que ficaria a noite toda encarando as írises verdes da bruxa em sua frente, simplesmente por está encantada com o fato de a ruiva não demonstrar temer o senhor das trevas com tanto otimismo e garra. A verdade é que Lilith nunca esperou menos da tia de Sabrina.
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Zelda depois de ter sua resposta seguida de um agradecimento, começou a sair do quarto dando uma última olhada no bebê que ela descobriu se chamar Adam, fazendo questão de não direcionar sua atenção para Lilith novamente, por saber que a morena estaria com seu perigoso sorriso vermelho e olhar intenso direcionados a ela. Simplesmente para não alimentar o pensamento de que a ex-rainha do inferno estava a apreciando de alguma forma, além da gratidão pela proteção dela e de seu filho. Zelda conhecia um olhar de segundas intenções, e Lilith tem portado de vários desde que entrou em sua vida com mentiras que só lhe dão dor de cabeça, atentando seus sentidos como a verdadeira demônia que é.
— Que fofinho! - Hilda fez graça querendo se achegar no bebê, mas Lilith o afastou protetora, fazendo a bruxa baixinha recuar e se juntar a irmã na saída.
— Aa-a! - resmungou a demônia.
Lilith ficou encarando a porta até ter certeza de que está sozinha, para então olhar para seu filho com um sorriso presunçoso.
— Ouviu, pequeno Adam? Vamos ficar seguros aqui. Seguros na medida do possível...
Lilith levou seu dedo para fazer um carinho no nariz do pequeno, Adam o mordeu como o verdadeiro demônio é.
— AAuuu! - Lilith se divertiu com a ação macabra do menino - Você é tão malvadinho...
A morena sorriu provando o próprio sangue no dedo com um sorriso maléfico, ciente que seu pequeno Adam é uma cópia fiel dela e de seu pai, Lúcifer.
