Capítulo 2 - Interview

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- Vamos lá, Rosie. Sente-se aqui - Miyeon bateu na cama, me tirando de meus pensamentos.

Respirei fundo e me sentei, enquanto a via se levantar e pegar meu notebook, que estava em cima da mesa no meu quarto. Ela voltou a se sentar ao meu lado, ligando-o e abrindo o Google. A vi digitar o nome de Lalisa Manoban e logo uma longa listas de links apareceu, cada uma mais estranha que a outra. Havia vários nomes de filmes pornográficos ligados a ela, e uma barra com imagens abriu logo acima. Ela é realmente bonita, não havia dúvidas.

Tinha o cabelo preto e um pouco curto. Seus olhos eram extremamente verdes e muito intensos, que combinavam perfeitamente com sua pele que era espantosamente branca. Ela não era nenhum pouco como eu imaginava, corpo bombado e tudo mais. "Ela é mulher acima de tudo, Rosé, não esquece disso". Eu sei, eu não pude deixar de imagina-la desse jeito. Ela é forte naturalmente, tinha o corpo magro e músculos delineados, sem falar em suas curvas esbeltas, a boca desenhada perfeitamente e uma cara de bad girl que faria qualquer mulher molhar a calcinha.

Eu ainda estava prestando atenção em suas fotos, quando Miyeon clicou em um dos links do Google e fomos direcionadas a outra página.

- Vou te mostrar uma entrevista dela e você vai ver como ela é maravilhosa. - ela sorriu, animada.

A página se abriu e logo uma foto dela apareceu. Ela sorria de lado e olhava fixamente para câmera. Puta merda, ela sabia seduzir e isso era apenas uma foto.

Ela abaixou a barra da web e logo a entrevista dela apareceu.

Lalisa Manoban, a estrela pornô mais conhecida do momento. Querido pelas mocinhas e mulheres mais maduras, Lalisa se mostrou totalmente à vontade em nossa entrevista. Estávamos em seu apartamento e ela nos recebeu vestindo apenas uma calça desbotada com um top de malhar, sem falar no sorriso fácil em seu rosto, se mostrou totalmente simpática com nossa produção.

Depois de um bate-papo rápido nos sentamos em sua sala de estar e comecei a fazer minhas perguntas.

- Qual sua idade e como começou a se interessar pelo mundo pornográfico?

"Tenho 27 anos, mas conheci o mundo pornográfico bem cedo, como qualquer adolescente. Eu tinha 13 anos, quando vi o primeiro filme pornô da minha vida. Meu pai tinha vídeos cassetes em casa e eu me lembro de ter achado um deles enquanto mexia em seu armário. - ela riu - Desde então, eu me interessei nisso. Quer dizer, não fiquei viciada em pornô, mas o sexo me chamou atenção. Perdi minha virgindade duas semanas depois de ter visto aquele filme".

- E quando soube que era isso que queria para você?

"Foi algo natural, digamos. Por exemplo, quando se está no final do ensino médio, você já tem em mente o que quer ser no futuro. Comigo foi a mesma coisa, mas ao invés de ser médica, eu decidi ser atriz pornô. - ela riu novamente - Não teve muito mistério. Eu sempre gostei de sexo, era o que eu sabia fazer de melhor, então pensei: 'por que não levar isso para o lado profissional?'. Com ajuda da internet, eu comecei a pesquisar sobre isso e me lembro que uma produtora estava abrindo novas vagar para atrizes. Eu tinha 18 anos na época, então minha idade não foi um problema. Me inscrevi e no dia marcado eu e várias outras garotas tivemos que nos sentar em uma sala, enquanto uma cena de orgia passava na TV. O objetivo era se masturbar durante uma hora sem gozar, enquanto assistia ao vídeo. Eu gozei uma hora e vinte minutos depois, e ganhei um contrato para uma cena. Desde então, nunca parei".

- Eu sei que você responde muito a isso, mas como foi que a produtora reagiu quando você disse que era intersexual?

"Ahn... Por sorte ou não, eu encontrei a produtora certa logo de cara e ela adorou o fato de eu ser - ela fez aspas com os dedos, sem tirar o maldito sorriso do rosto - 'diferente' e passou a produzir vídeos curtos meus e mesmo tendo um pênis sendo mulher, isso nunca incomodou as garotas que contracenavam comigo, algumas realmente se recusavam por serem lesbicas legitimas, mas a maioria aceitava. E a resposta do público foi um sucesso. É claro que sempre havia alguns que faziam comentários maldosos, mas eu nunca liguei para isso. Nunca liguei quando era mais jovem, não iria ser logo no começo de minha carreira que iria me importar. E depois de mim, surgiram outras como eu e agora nossa produtora é mundialmente conhecida por produzir filmes somente com intersexuais e lesbicos".

- O que mais lhe agrada na hora em que está em cena?

"O olhar feminino. Há muitas mulheres que estão iniciando uma vida no meio pornográfico e eu já perdi a conta de quantas mulheres com medo das câmaras, eu já conheci antes de contracenar. Eu, particularmente, gosto de conversar com elas antes de cada cena, seja a nossa primeira vez ou não. Gosto de prepara-las e avisar que não sou qualquer atriz. Sei que há atrizes muito boas, jamais desmereceria o trabalho das minhas colegas de profissão, mas eu gosto de dar prazer. Eu só fico extremamente satisfeita quando faço a mulher gozar e é por isso que eu gosto tanto de olhar. Se ela olhar para mim enquanto estivermos transando, ela esquecerá que há mais de cinquentas pessoas ao nosso redor. Se ela apenas me olhar, ela sentirá tudo o que eu posso dar a ela e gozará sem precedentes. E posso dizer com orgulho, que depois de mais de duas mil cenas, nenhuma mulher saiu do set de filmagem sem estar totalmente satisfeita.

O pornô é isso. É fazer com que não só a pessoa que esteja assistindo tenha prazer, mas também quem está fazendo tenha prazer. O mundo pornográfico sempre foi dirigido ao homem, mas estamos no século XXI e muitas mulheres assistem filmes pornôs, então, por que apenas o homem tem de gozar? O orgasmo feminino é maravilhoso. A mulher se transforma quando goza plenamente, então, por que negar isso a elas? Se um homem soubesse o que o orgasmo é capaz de fazer com uma mulher, ele viveria para fazê-la gozar".

Santo Deus! Não consegui mais ler. O quarto ficou muito quente de repente e eu expulsei a coberta que estava usando para cobrir minhas pernas. Que mulher era aquela?

Nunca neguei meu interesse por mulheres, lembro-me muito bem dos minutos de amassos nos banheiros femininos enquanto eu fazia o colegial. E anos depois, estamos voltando para as raízes. Porém, num terreno totalmente desconhecido por mim.

- Acho que alguém gostou da entrevista da Lalisa gostosa - Miyeon riu alto - Viu? Ela é maravilhosa, Rosé.

- Eu... Eu não gostei de nada. Ela é igual esses caras que querem impressionar as mulheres. Isso tudo é jogo de marketing, para as viciadas em pornô, comprarem mais filmes dela. Acha que isso tudo que ela disse não foi ensaiado antes?

- Eu acho que não. Você está falando isso porque nunca viu um vídeo dela Rosie, em todos eles... Ela faz a mulher gozar!

- Ah, pelo amor de Deus! Eu não quero mais saber dessa história de filme pornô, chega! - falei, me levantando da cama e indo direto para o banheiro. Lavei o meu rosto para tirar o suor que estava começando a despontar em minha testa e voltei para o quarto com uma toalha na mão. - Aquela mulher disse que eu tenho potencial para fazer essas... Coisas. Fala sério, o que uma mulher precisa ser para ter potencial par afazer filmes pornôs? Ficar gritando e gemendo de um jeito irritante e revirar os olhos para fingir que está tendo um prazer maravilhoso? EU NÃO NASCI PARA ISSO!

Miyeon riu alto, colocando meu notebook de lado e saindo da cama.

- Eu não sei... Só sei que com Lalisa você vai fazer tudo, menos fingir orgasmos, como costumava a fazer com Jimin.

Revirei os olhos e entrei no banheiro, resolvendo tomar outro banho e tentar esquecer aquela história por ao menos um mísero minuto.

PornStar (Chaelisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora