Rao salve a Rainha! | Supercorp

Cap I - Fogo e Gelo

"Rao, deus do Calor, do Fogo e da Vida."

Rao era uma poderosa divindade cósmica do sol. Era considerado a divindade suprema do panteão dos deuses kryptonianos, deus supremo do Raoísmo.

Nos tempos antigos, Krypton foi assolado por um inverno sem fim criado pela deusa de gelo Cythonna. Ela foi ante Rao e professou que o amava, embora ele logo percebesse que ela não sabia o que era o amor, descobriu também que ela queria apenas se acasalar com ele e criar uma raça de monstros.

Após isso, ocorreu a Guerra de Fogo e Gelo, uma guerra entre Rao e seus aliados contra Cythonna e seu exército de monstros e mulheres-guerreiras. No final Rao conseguiu vencer Cythonna e aprisionou-a em uma dimensão paralela, ela jurou vingar-se de Rao e toda sua linhagem.

Durante a guerra civil causada pelo Zero Negativo, Rao teve um filho com uma kryptoniana chamada Dra-Ul. Temendo pela maldição lançada por Cythonna, Rao ordenou ao Sumo-Sacerdote de Krypton, que era conhecido como a "Voz de Rao", que usava uma máscara vermelha brilhante para esconder seu rosto e participava do Conselho Interno de Krypton, que criasse o pequeno Sur-El como sendo seu filho, e nunca, em hipótese alguma, revelasse tal segredo. As vistas de todos a Casa de El, a casa da voz real de Rao, teria em oculto a linhagem divina de seus pertencentes...

O inverno se foi e com ele a memória do que havia, de fato, acontecido. A épica batalha acabou por se tornar em um mero conto, passado pelas gerações de kryptonianos.

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Os olhos azuis já cansados, pousaram sob o pequenino floco de neve trazido pela brisa fria, e a face tão séria se fechou em confusão.

"Está a nevar? Depois de mais de mil sois?"

O floco se desmanchou no exato momento em que foi tocado pelo dedo dourado, se evaporando numa fina fumaça. O ser divino ainda se perdia em conjecturas e especulações, quando a majestosa porta de ouro foi aberta, e uma figura de cabelos dourados, adentrou pela sala, deixando seus passos apressados ecoarem pelas paredes adornadas com desenhos que contavam a história de cada ser que já viveu sob a face de Krypton.

- Senhor, perdoe meu rompante e atrevimento em vir a sua presença desta forma, mas trago notícias conturbadoras. – A reluzente armadura brilhava a luz natural exalada pelo imponente ser a sua frente.

- Não há o que temer, minha criança. Diga-me o que tanto a aflige. – A voz era terna, e poderosa. Forte e doce.

- Recebemos um alerta da Zona Fantasma... – A mulher lutou para engolir a saliva, quando teve sobre si as duas fontes de luz, que abrigavam nas orbitas do ser celestial, que tinha toda sua atenção voltada para a mulher de cabelos dourados. E tomando de uma profunda respiração, terminou de cumprir sua missão. – Cythonna escapou.

- Una-se a Kal'El, vá ter com a casa de El. – A divindade já ca     minhava para fora do suntuoso ressinto.

- Mas Senhor...

- Sem mas, Zor'El, preciso que guardem minha herdeira, Cythonna está a caminho, e temo que desta vez ela cumpra com sua maldição.

Não deixando margens para contestação, a mulher apenas se rendeu as ordens de seu Senhor e se foi deixando para trás as tropas do Senhor do Sol, se preparando para o que seria o fim de uma hera...