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Sina Deinert Loukamaa

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Sina Deinert Loukamaa

Me separei de Noah por alguns minutos, dando a desculpa de que eu ia no banheiro rapidamente.  Ao chegar lá, senti as lágrimas escorreram desesperadamente e minha garganta se fechar. Não conseguia respirar, bati várias vezes no meu peito para tentar regular minha respiração, mas não adiantou de nada, e ainda ouso dizer que só piorou.

— Sina? Sina! — Joalin entra no banheiro e se aproxima correndo até mim. Senti minha visão ficar turva e os seus braços me envolvendo delicadamente e me colocando no chão devagar.

— Heyoon! — Joalin saiu correndo procurando pela garota de cabelos escuros, e  voltando logo em seguida com a coreana ao seu lado, a expressão das duas era a mesma. Aterrorizadas e sem saber o que fazer, o que eu achei totalmente compreensível devido as circunstâncias.

— O que aconteceu? — a baixinha se ajoelhou ao meu lado e passou a mão por meu rosto delicadamente, me olhando com certo desespero.

— Por Deus Sina! Você está queimando! Como isso foi acontecer? Você estava bem há três minutos atrás!

— Meus remédios, por favor. — digo em um fio de voz. Joalin tira tudo da minha bolsa para fora e pega os comprimidos logo em seguida.

— Droga! Tem muitos aqui, qual deles é o certo? — percebi que ela se atrapalha na hora de procurar os remédios, então respiro fundo para conseguir falar.

— Comprido, metade branco, metade verde. — ela me entrega o comprimido e eu o engulo, sinto-o prender em minha garganta, então faço esforço para engoli-lo.

— Você está bem agora? Como você está se sentindo? — Heyoon passa as mãos pelos meus cabelos. Respiro fundo, tentando me acalmar. 

— Os efeitos não são imediatos, mas mesmo assim, acho que o fato de eu saber que o remédio já está no meu corpo me acalma. Obrigada por se preocuparem. — entramos em um abraço coletivo. 

— Agora vamos, temos um julgamento para ir. — Heyoon me ajuda a levantar e assim eu faço. De vez em quando eu acabava tendo esses problemas de ansiedade, na verdade, sempre os tive e depois que perdi o meu bebê, as coisas acabaram ficando bem piores.

As pessoas acabavam me julgando desde sempre, principalmente os meus pais. Sei que eram eles que faziam as pessoas pensarem assim. "Deixe de frescura, Sina!", "Pare de tentar chamar atenção!", "Você gosta de fingir, não é?".

Tive que conviver com isso. Com as pessoas achando que eu forçava tudo aquilo para chamar atenção, quando na verdade eu estava apenas chamando por ajuda, eles que não viam, ou melhor, se recusavam a ver o que já estava explícito a eles.

Pedi para as meninas irem na frente e me deixarem um pouco sozinha. Respirei fundo e andei devagar, controlando a minha respiração. Eu tinha que conseguir me controlar e por mais difícil que fosse, não me deixar abalar por isso.

𝑵𝑶 𝑴𝑶𝑹𝑬 𝑺𝑬𝑪𝑹𝑬𝑻𝑺 𝑽𝑶𝑳.𝑰𝑰 • 𝘯𝘰𝘢𝘳𝘵Onde histórias criam vida. Descubra agora