That's when I met you

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Draco Pov

É realmente infernal ser eu. 

Todos os dias obrigatoriamente preciso contatar novos aurores, o que é extremamente difícil porque a maioria são uns imbecis. Preencher papeladas, dar entrevistas e as vezes um breve discurso.

Não é de todo o mal, mas realmente é irritante ter que socializar com pessoas insuportáveis que não tem nada a ver comigo.

Para meu desgosto próprio, hoje é um dia péssimo. Precisei tirar um dia de folga do trabalho porque Narcisa havia me mandado uma coruja no trabalho, perguntando se podia vê-la. Ao chegar na mansão, não deu nem para eu bater na porta quando minha mãe apareceu.

—Draco! — Deu um pequeno gritinho e se jogou em mim, me abraçando com vontade. Suspirei fundo e tentei retribuir.

— O que é tão importante que eu tive que tirar folga do meu emprego? — Questionei, porque era verdade. Eu tinha novos aurores para apresentar. 

— Só quis te ver — Novamente ela comentou, mas agora com uma voz baixa parecendo não querer que meu pai ouça algo. Obviamente está mentindo, quer me contar algo, mas escondida dele.

— Não invente mentiras — Não evitei e revirei os olhos — Eu sei que quer algo, diz logo para que eu faça 

— Eu.. preciso ir ver meu primo Black, faz muito tempo que não nos vimos, e preciso ter uma conversa comente com ele 

— Black? — Franzi o cenho tentando me lembrar e arqueei uma das minhas sobrancelhas ao se lembrar. 

Os Black são uma família antiga da minha mãe, antes de ela colocar Malfoy e os esquece-los totalmente. Bom, talvez tenha sido azar dela escolher logo um sobrenome desses. 

— Tome. — Ela me deu um papel que continha uma foto do local onde esse tal Black morava. 

— Sugere que eu fale com ele? Não é você que precisa conversar? — Falei impaciente. 

— Sim, avise ele e peça imediatamente para ele me encontrar no Beco Diagonal, acompanhe ele até lá — Disse e eu assenti, sem deixar chance de resposta para ela, aparatei até o meu local de trabalho. 

Andei por lá procurando pelos novos recrutas, mas ao que indica todos já foram instruídos pela Granger e encaminhados para seus devidos departamentos. 

Me pergunto onde está aquele ruivo idiota, ele vive no meu pé. Mas na verdade é um alívio não o ter por perto, me questionando mil coisas sobre minha vida que eu sempre insistia em esconder de todos. 

Sentei na minha cadeira no meu escritório e joguei a foto para o lado, depois eu vejo isso. Peguei um tal notebook (Que é como os trouxas chamam) e comecei novamente a minha pesquisa para um apartamento. 

Preciso de um outro lugar para morar, a mansão já não é minha casa desde que eu entendi com o que meu pai costumava trabalhar e com quem costumava andar.

Quando eu era menor era realmente assustador ver várias pessoas estranhas e encapuzadas na minha casa, me dizendo que eu deveria torturar e até matar pessoas, e quando eu recusava, me torturavam com Crucio para que eu aprenda a ser forte, frio e cruel. E para que eu nunca abrisse minha boca, ameaçavam minha família caso eu contasse. E obviamente isso nunca veio ao caso, eu nunca havia contado a ninguém sobre mim e nem nada que me envolvesse. 

A indiferença que meus pais faziam diante a mim desde pequeno era algo péssimo, eu sempre fui muito frustrado. Após ser selecionado para a sonserina, eu consegui alguns amigos e pude me afastar mais do meu inferno pessoal. O maior tormento era sair nos feriados, indo para minha casa, e continuar vendo o rosto daquelas pessoas que tanto me faziam mal. Desde os meus doze anos havia se tornado um hábito me esconder em alguns cantos da mansão, para que ninguém mais me torturasse ou me ameaçasse. 

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