Tudo aquilo que você finge não ver

Submersa no caos

A vida de Lauren Jauregui estava mergulhada em uma atmosfera de dor e desesperança, um ciclo interminável de tormento que parecia não ter fim. A cada dia, ela descia as escadas da sua casa, enfrentando uma tempestade que refletia sua própria tempestade interior. O homem que deveria ser seu protetor, seu pai, estava lá, esperando-a com um sorriso diabólico que escondia sua angústia e sofrimento.

A garota era vítima das mais terríveis torturas, sendo o alvo das frustrações e raivas acumuladas do homem que deveria amá-la. Era como se ela fosse a causa de todo o passado sombrio e doloroso do seu pai. Os pensamentos negativos ecoavam em sua mente, alimentando a ideia de que ela era um erro, uma fonte de tristeza e miséria na vida daquele que chamava de pai.

"Será que sou realmente a culpada por toda a infelicidade do meu pai? Será que minha existência é apenas um erro que arruinou sua vida?" Essas perguntas cruéis assombravam Lauren todas as manhãs, enquanto seus gritos de socorro ecoavam pelos arredores. Mas, apesar de serem ouvidos, eles nunca encontravam solidariedade ou ajuda.

A sensação de insignificância tomava conta de Lauren, fazendo-a sentir-se pequena e impotente diante do mundo. Era como se ela fosse apenas uma peça descartável em um jogo macabro. A cada dia, a escuridão parecia se aprofundar ao seu redor, envolvendo-a em um mistério sombrio e sinistro.

Mas, em meio a toda essa dor e mistério, havia uma centelha de esperança que teimava em brilhar dentro de Lauren. Mesmo que ninguém notasse sua dor, mesmo que seu grito parecesse inaudível, ela sabia que precisava encontrar forças para escapar desse ciclo de sofrimento. Afinal, no coração de toda narrativa de suspense e mistério, há sempre a possibilidade de um desfecho surpreendente, capaz de transformar a vida da protagonista para sempre!
Mas... Será que Lauren era mesmo a protagonista dessa tal narrativa? Ou apenas uma figura descartável dessa história que não significava nada? Será que ela deveria sucumbir a todos os devaneios sombrios de seu pai? Ou esse não era um livro de suspense com direito a reviravoltas esplêndidas e sim um terror macabro da era vitoriana que jamais teria fim?
Perguntas e mais perguntas...
Perguntas sem fim que rondavam seus pensamentos, que gritavam em seu mais profundo ser e que, por hora, não tiveram respostas concretas.

Lauren ficou tanto tempo submersa em seu próprio mar de caos (sua mente), que não reparou que finalmente era a hora de ir a escola, um lugar que para ela significava estar longe de toda dor que a perseguia diariamente.

A escola seria completamente desprezível ao seu ver se não fosse por sua melhor amiga (N/A: Mais tarde falaremos dela) e por uma adorável menina de laço na cabeça que estudava em sua classe, uma menina tão gentil que nem toda aquela podridão a sua volta apagava seu brilho. Jauregui se sentia leve só de olhar para a infinidade de possibilidades que os olhos castanhos de Camila apresentava, era surpreendente o poder que a mais nova tinha de colorir os seus dias com um simples sorriso e por isso Laur havia a apelidada secretamente de galáxia, a sua galáxia.

- Ai os Índios se encontram com os Judeus e foram presos na Babilônia! Você não acha Lolo? - perguntou Camila tirando a outra de seu transe.

- Ah, claro que sim! Concordo plenamente!

- Lauren Jauregui você concorda que os Índios se encontram com os Judeus e foram presos na Babilônia?- disse rindo da expressão confusa da mais velha.

- O que? Índios na Babilônia?

- Sim! E todos dançavam frevo! Não ouviu o que eu te disse?

Lauren estava completamente perdida naquele assunto e ficou paralisada por alguns instantes pensando em como explicaria a Camila que não havia prestado atenção em uma vírgula se quer que ela tinha dito, pois estava absolutamente entretida no quão os olhos dela eram lindos e inebriantes, no quanto os traços singelos de seu rosto eram apaixonantes, em como sua boca era...

- LAUREEEEEEEENNNNNNNN!

- Aí meu Deus! O que aconteceu?

- Você não estava prestando atenção em nada que eu te disse não é? -- disse se divertindo da cara de boba da outra.

- Claro que estava! A Babilônia né? Inacreditável!

- Lo, eu disse que você está linda hoje...

Lauren sentiu o rubor em suas bochechas e se perguntou como era possível que alguém mexesse tanto com seu coração daquele jeito, mas antes que pudesse responder o quanto Camila estava incrivelmente bela o sinal tocou e elas tiveram que ir correndo para a sala.

(...)

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(N.A)

OIOIOIOIOU!!! Tudo bem com vocês? Eu espero profundamente que sim !

Então, essa é a primeira fanfic que eu tenho coragem de publicar e eu espero do fundo do coração que vocês gostem :/

Gostaria também de justificar que esses primeiros capítulos são bem curtinhos mesmo, só para introduzir a história! Mais pra frente eles serão maiores, ok?
Se tiver qualquer erro, por favor me avisem

BEIJO NA BUNDA