A tour pela escola tinha sido um desastre e eu meio que já esperava por isso. Cerol e PH passaram a visita às casas quase que inteiramente brigando e falando coisas que se resumiam ao bolsista de língua afiada. Tinha prometido à minha mãe que não ia falar mais nada e nem brigar, porque agora um cara — que acho que seja um coordenador — também estava nos acompanhando e isso meio que me assustou. Ele fazia anotações à medida que Cerol e Bruno me apresentavam tudo e por muitas vezes ele corrigiu os dois, mas era apenas isso.
Eu estava caminhando agora sozinho com meus pais rumo a secretaria que ficava no prédio principal do campus. Era uma construção bonita, na parte da frente parecia uma igreja e atrás dela dois prédios mais modernos formavam um contraste bonito. Podia ver acesso entre os três prédios e isso me deixou curioso para saber todos os detalhes da obra. Caminhamos rápido e de forma alegre, ou pelo menos meus pais estavam. Eu estava respirando fundo tentando acalmar meu coração e falhando na tentativa de não roer as unhas de nervosismo.
Ainda não sabia qual seria a minha casa e isso estava me deixando um pouco nervoso.
Eu não quero acabar em uma casa muito ruim, mas agora depois de praticamente cuspir na cara de dois membros importantes e das maiores casas, duvido que vá fazer parte delas.
Minha mãe e meu pai acabam um corredor antes de mim, só então eu passo por essa volta e chego onde eles pararam. Uma porta grande está fechada e em um balcão duas moças conversam sobre as férias que acabaram de pôr irem embora.
— Em que posso ser útil? — Diz uma das mulheres no balcão quando nos percebe, seu cabelo com mechas brancas se movimentando próximo aos fios ruivos da outra.
Minha mãe estende a mão e a moça aperta sorrindo, assim como meu pai que também sofri muito aberrante para ela.
— Meu filho é o novo aluno, o bolsista. — Diz minha mãe.
— Nossa mãe, você literalmente me rotulou. — Digo piscando e ela revira os olhos.
— Bruno Goes? — Pergunta ela me olhando.
— Esse é o nome que minha mãe me deu. — Coloco as mãos embaixo do queixo e dou um sorriso meigo.
Minha mãe revira os olhos.
— Graças a Deus! — A mulher grita do outro lado do balcão nos assustando. — Você é o último bolsista a chegar, estávamos achando que você tinha desistido.
— Não me matei para desistir. — Estufo o peito e a outra mulher crispa os lábios.
— Isso é fofo, mas você está atrasado e deve correr para sua casa. — Ela vem empurrando minha mãe, meu pai e eu.
— Ei! Não sei a minha casa ainda. — Abro meus braços impedindo que ela nos bote para fora da porta.
— Não sabe? — Ela pergunta assustada.
É nesse momento que a porta se abre e uma mulher de cabelos grandes saí da sala da diretora, andando em passos lentos até metade do cômodo que estamos, sorrindo e segurando uma pasta que ela encara por um momento.
— Não, não sabe. Glória. — Diz a mulher.
— Senhora diretora eu sinto muito, achei que todos já estavam cientes de suas casas.
— Bruno é uma exceção, como adiantei. — A diretora diz, as mulheres abaixam a cabeça e ela continua: — Meu nome é Artina, sou a diretora.
Meu pai é o primeiro a se pôr diante da mulher e apertar sua mão retribuindo o sorriso que ela dava. Em seguida a mulher deu dois beijos nas bochechas de minha mãe que parecia muito entusiasmada e falava sem parar o quanto sentia orgulho de estar ali e ter um filho menor dessa escola.
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Regulars | Nobru & Cerol
FanfictionNobru é um novo bolsista em uma renomada escola só para garotos. Dividido entre repúblicas populares e as que seriam uma mancha para seu ciclo social, o garoto tera que viver em um ambiente nada fácil para pessoas como ele. Ao mesmo tempo ele conhe...