Capítulo Único

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Os textos gravados entre parênteses ("...") representam o início e final de casa  flashback.

A lua cheia iluminava os corredores mórbidos da sala de espera do hospital. Médicos e enfermeiras andavam de um lado para o outro, aquela era uma madrugada turbulenta para Sunagakure. Dia 19 de Janeiro, o dia do nascimento do terceiro filho do Yondaime Kazekage, mas para muitos, marcava o dia do  nascimento de uma das maiores armas que uma grande nação poderia ter em suas mãos: um Jinchuuriki.
O parto já havia acontecido, a criança parecia saudável apesar de ter nascido prematuramente. Porém, o verdadeiro motivo do tumulto era por causa da esposa do Kazekage, que parecia perder o ritmo cardíaco a cada segundo dentro da sala de cirurgia. E agora, todos lutavam para manter a jovem Karura viva.
Enquanto os médicos trabalhavam, Rasa tinha sido removido da sala de cirurgia, junto do seu filho recém nascido, que foi levado para uma incubadora neonatal. 
O bebê Gaara chorava de doer os pulmões, provavelmente tinha sentido toda a agitação dos ninjas médicos ao seu poder. O pequeno Sabaku estava assustado com o novo mundo que ainda estava conhecendo, mal conseguindo abrir os próprios olhos. 
Rasa se aproximou do pequenino ser, colocando seus braços dentro dois buracos da incubadora feitos exclusivamente para que os pais pudessem tocar e ver os filhos recém nascidos sem causar nenhum problema ao sistema imunológico fraco do bebê. Como se conseguisse sentir a presença de seu pai, a criança abriu seus olhos curiosamente revelando duas belas orbes verde-água. 
— Você tem os olhos de sua mãe. — O Kazekage comentou, acariciando com os dedos a minúscula cabeça ruiva do bebê à sua frente. — Não a cor, mas o seu olhar lembra muito o dela. — continuou a conversar, puxando um banquinho para se sentar mais perto da incubadora. — Logo você poderá conhecê-la. 
Gaara parecia cada vez mais curioso sobre a figura masculina que conversava consigo, surpreendendo-o quando segurou o dedo mindinho do mais velho, mesmo sem muita firmeza .
— Yashamaru está com ela. Pode não parecer, mas eles passaram por bastante coisa, com certeza vão conseguir superar isso.


" Sangue espalhado pelos arredores do minúsculo apartamento, evidências de uma grande luta marcava todas as possibilidades do que poderia ter acontecido naquele lugar. Três cadáveres caídos sobre o chão eram analisados pela perícia de Suna, os dois ninjas responsáveis por investigar o caso vasculhavam cada um dos cantos da sala onde a cena do crime estava.

— Apunhalada no coração direto pelas costas. — Um dos shinobis comentou, analisando de perto a faca fincada nas costas de um dos cadáveres. 

— Como aquelas crianças conseguiram fazer isso sozinhas? — O companheiro do shinobi perguntou, perplexo. Iluminando a cena do crime com uma lanterna.

Rasa, Karura e Yashamaru estavam reunidos no mesmo parquinho onde se conheceram pela manhã. Os gêmeos estavam sentados em um banquinho abraçados, tentando se aquecer, enquanto o Sabaku estava em pé na frente dos mesmos.

— Vocês estão bem? — Rasa perguntou, colocando ambas as mãos no bolso.

—  Sim, e mais uma vez, obrigado por ter nos salvado. — Karura agradeceu, se aninhando confortavelmente nos braços do irmão.

— Fiz o que achei certo. — O ruivo virou o rosto, tentando disfarçar um fantasma de um sorriso se formando em seu rosto. 

— Você é o herdeiro Sabaku, não é? — Yashamaru se pronunciou, após um bom tempo em silêncio, sem nem mesmo esperar uma resposta afirmativa de Rasa. — O que você estava fazendo na área civil? 

Áreas civis, como o proprio nome dizia, era onde boa parte dos civis da aldeia viviam separados dos enormes complexos de clãs shinobis. Foi a forma que sunagakure encontrou de proteger os aldeões caso ocorra conflitos internos entre os clãs.

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