capitulo 7

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  — Não esperava ve-lo aqui tão cedo — Disse-lhe, Daniel reconhecia aquela voz, uma ao qual não esqueceria por tão cedo — vejo que se divertiu matando aqueles seguidores.

  — Lúcifer...

  — O próprio — Falou com um certo sarcasmo no tom da voz — bem vindo ao meu local sagrado.
Daniel olhou a sua volta, o salão ao qual se encontrava havia vários quadros de pessoas diferentes. Lúcifer encontrava-se sentado em uma cadeira de estofamento avermelhado e alguns acabamentos pintados de preto.
O estralar das brasas faziam algumas fagulhas flutuarem sobre a lareira, porém, o que queimavam não era madeiras comuns ou carvão, eram diferentes tipos de ossos.

  — Estamos no inferno?
Daniel perguntou ao voltar toda a atenção para Lúcifer.
  — Bem, você está e não está compreende?
  — Poderia ser mais específico?
  — Você está no Plano Astral — Lúcifer respondeu ao levar a taça de vinho até os labios para saborear — porém seu corpo físico continua na terra.

  — O que aconteceu comigo?
  — Poderes demoníacos, você não está acostumado com eles e eles não estão acostumados com seu corpo — Lúcifer explicou, colocando a taça ao lado da cadeira caminha em direção a Daniel — Mas estou impressionado que tenha invocado um Escravo, feito um exorcismo entre outras coisinhas há mais
  — Quer dizer que sempre que eu utilizar desse poder desmaiarei?

  — Não necessariamente, em seu caso basta concentração naquilo que deseja usar.
  — Apenas isso?
  — Apenas — Lúcifer respondeu — além do mais adorei o que fez com as asas, trasforma-las em tatuagem deve requerer o maximo de concentração possível.
  — Como você as esconde?
  — Minhas asas são translúcidas, invisíveis para qualquer pessoa comum.

  — Você poderia ter me ensinado a deixa-las translúcidas antes...
  — E perder a graça da piada? — Perguntou Lúcifer divertidamente — de qualquer maneira você estava testando os limites de seu poder, e percebeu não percebeu?
  — Sim, eu percebi — Disse Daniel — a propósito os Seguidores estavam tentando te...

  — Invocar? — Respondeu Lúcifer arqueando uma das sobrancelhas — eu sei, a razão de você ter ido em meu lugar é o fato de ser meu representante, a além do mais matar crianças e virgens não me beneficiaria em nada.
  — Por que eram inoscentes?
  — Exato — Respondeu Lúcifer voltando para a cadeira e sentando-se — quando um inocente puro morre, ele não vem para cá, ele vai para o Reino Celeste, provavelmente meu pai deve estar irritado agora, mas isso não lhe convém.
Disse Lúcifer levantando-se novamente e caminhando em direção a Daniel, só que dessa vez havia um espaço minimo entre os dois no que deixava um certo desconforto.

  — Lembre-se, quando seu assunto acabar e chegar a hora... Deverá cumprir com a sua parte do trato.
Lúcifer sussurrou para Daniel.
Algo o havia acertado e uma dor aguda havia invadido seu estomago, ao olhar para baixo Daniel vira a lamina de uma adaga enterrado sobre sua barriga, uma das adagas que pertencia ao próprio Lúcifer, e ao encara-lo o vê acenando com a mão.
Caindo ali mesmo ao chão começa a tremer, como se um frio intenso estivesse congelando sua pele, a adaga ainda estava alojada sobre sua barriga, as pálpebras mau continham forças para deixa-lo acordado, a visão foi escurecendo e tudo o que pensava no momento era xingar Lúcifer, mas a própria voz se perdera no silêncio, não havia mais o que fazer, até que sua visão escureceu.

Asas de demônioOnde histórias criam vida. Descubra agora