XIV - Rebote

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Era uma bela tarde, com o sol alto no céu beijando a pele das duas meninas, e os sons de pessoas e carros agora eram familiares para menina que cresceu fora da cidade. Jeongyeon ainda se recusava a dizer à namorada onde ela as estava levando no primeiro encontro, mas Mina confiava nela para qualquer coisa. Ela tinha certeza de que eles iriam se divertir, mesmo que acabassem comendo em um food truck e conversando por horas.

Mina semicerrou os olhos com a claridade - ela deveria ter trazido seus óculos de sol. Nem um segundo depois de colocar a mão para bloquear o sol, ela sentiu algo na cabeça. Jeongyeon sorriu, admirando como seu boné ficava em sua namorada. "Uau, na verdade combina muito bem com a sua roupa."

Mina deu uma risadinha, aproximando-se dela. "Mas então seus olhos vão doer."

"Isso não me incomoda", Jeongyeon encolheu os ombros. "Estamos quase lá, de qualquer maneira."

"Isso é sério..." Mina não conseguia nem fingir estar brava com sua teimosia; era muito charmoso. Ela olhou para suas mãos dadas com um olhar de afeto. "Então ... como você conheceu este lugar misterioso? É um lugar onde possamos fazer algo juntas ou vamos dar uma volta por ai? Não que andar por aí seja uma coisa ruim!"

Jeongyeon respondeu com uma risada. "Calma, nós vamos estar lá em um minuto!" Ela não podia deixar de pensar que esse lado ansioso e curioso de Mina era incrivelmente fofo.

"Só estou perguntando porque preciso aprender a escolher lugares para encontros no futuro", ela respondeu casualmente, como se não estivesse morrendo de vontade de saber, mas Jeongyeon apenas estendeu a mão para a ponta do boné e a empurrou para baixo, bloqueando a visão de Mina. Ela riu, ajustando-a de volta ao lugar. "Ei!"

"Chegamos."

Mina piscou e olhou para frente, arregalando os olhos para o prédio que conhecia tão bem. O museu ficava perto do campus, e todos os alunos estavam cientes de suas exposições atuais. Era um lugar os professores tomaram todos os alunos do primeiro ano para visitar, e sempre disse a eles para se certificar de vir com freqüência - não porque ele era famoso, mas porque o fundador da escola também fundou o museu. Os alunos dessa faculdade em particular sempre podiam entrar de graça.

"Como você sabia que eu ainda não tinha visitado esta exposição?" Mina perguntou, desconfiada.

"Eu perguntei a Sana," Jeongyeon tentou esconder o rubor. "Ela me disse que tinha quase certeza de que não? Eu aproveitei porque é um lugar tão legal. Acho que tive sorte. "

O fato de Jeongyeon ter pedido a sua melhor amiga uma dica sobre onde levá-la para um encontro fez o coração de Mina disparar, e ela ficou na ponta dos pés para beijar sua bochecha. "Eu amei, Jeong."

O pulso de Jeongyeon acelerou com o gesto, e ela esfregou os nós dos dedos da garota. "Vamos, eu quero te mostrar uma coisa."

Eles entraram de mãos dadas e com corações felizes.

O museu não era grande - que tinha três andares e sem elevadores, sendo um edifício antigo com não muitos recursos para começar. Os papéis de parede pareciam gastos e empoeirados, e você podia ver as marcas na parede onde pinturas mais antigas costumavam ser penduradas. Para os visitantes habituais do lugar, isso só aumentava o charme de tudo; cada imperfeição fazia parte da identidade do museu, e os alunos as estimavam.

Jeongyeon guiou Mina por corredores e escadas até o último andar certificando-se de protegê-la da multidão. Mina se perguntou se ela estava mesmo ciente de sua natureza protetora para com os outros. Provavelmente não - isso a deixava feliz, de qualquer maneira.

We're a mess (let's finish what we started)Onde histórias criam vida. Descubra agora