𝗗𝗜𝗦𝗔𝗦𝗧𝗘𝗥 | EM PAUSA.
Era verdade que todos conheciam a lenda de Ryoumen Sukuna, o rei das maldições. Ou, pelo menos era isso o que os feitceiros jujutsu acreditavam. Diziam que, durante a idade de ouro do jujutsu, era um demônio mesmo que, n...
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Muitos anos haviam se passado. Décadas e séculos passando-se como em câmera lenta enquanto Ruyouna lidava com o peso de sua traição.
Ela sabia muito bem que cada ação possuía uma reação, e que, qualquer que fosse a decisão que pudesse ter tomado naquela época poderia gerar uma grande mudança não só para si, como também para todo o mundo. E também sabia havia seu desejo de poder orquestrando cada passo seu durante a ascenção de seu irmão.
Ryoumen Sukuna não era ninguém menos que o feiticeiro mais poderoso do mundo e Ruy sabia muito bem de onde vinha todo aquele poder. Ela conhecia bem demais o irmão para saber que o mesmo já não era totalmente humano.
E ela queria aquilo também.
Aquela sensação que acomete a maior parte das pessoas, a inveja e o ciúmes que invade cada vez mais o interior da pessoa até sua própria essência deixar de existir.
Medo, inveja, vingança... Ela poderia muito bem pôr a culpa do que fizera em cima de qualquer uma dessas emoções. Afinal, ela era agora uma maldição e nunca chegara realmente a dever alguma explicação para alguém. Sabia que o destino do mundo estava em suas mãos e conhecia muito bem o doce gosto que esse fato trazia a sua boca. Era quase que uma iguaria rara demais para ser desperdiçada para qualquer tipo de paladar.
Ainda podia ouvir seus passos pela enorme escada que subia até os altos aposentos do famoso Rei das Maldições. Senão naquele momento, famoso com o passar dos anos a partir dali. Estava na hora de acabar com todo aquele teatro que começara a encenar.
Ela sabia muito bem o que os outros feiticeiros achavam de tudo aquilo e sabia também que tramavam pela queda de seu irmão. Então, quem seria melhor para tirá-lo do poder, senão ela mesma?
Tudo não passava de um simples teste de sobrevivência e Ruyouna sabia que seria ela a vencedora. Mesmo que tivesse de apelar para a trapaça no final de tudo. Traí-lo e deixar o trabalho sujo para os outros feiticeiros enquanto desaparecia tão misteriosa quanto havia aparecido, levando todos os sinais de sua existência consigo.
Estava segura, o mundo estava seguro. Os vintes dedos que restaram do Rei das Maldições escondidos e espalhados pelos cantos mais inóspitos do mundo na esperança de que a paz continuasse por mais longos e longos anos.
Ela não esquecera e muito menos seu irmão. E, o que ela ainda não sabia com toda a certeza do mundo era que ele voltaria.
E ele voltou. E vai fazer qualquer coisa para se vingar dela.
A sua adorável e amada irmã gêmea.
E não teria piedade.
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