━━━Capítulo 4

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(Perdão a demora, confesso que acabei dormindo sem querer enquanto escrevia esse capítulo. Já vou logo dizendo, não acho que tenha ficado muito bom kk)

Pov you.﹞

Sempre que olho para o céu à noite eu sinto um vazio enorme no meu peito e acabo me perdendo naquela imensidão. Nesses momentos eu me sinto muito pequena, a tristeza vem e começa a tomar conta de todo o meu ser. Lembro de quando eu ficava deitada ao seu lado e com os braços atrás da cabeça enquanto tentava contar as estrelas do escuro céu.

Lembro de meu pai.

Sempre tentando compreender as bolas brancas e brilhantes junto a mim.

Será que se eu estivesse lá no momento em que ocorreu o incêndio... Talvez eu pudesse tê-lo salvo do fogo?

Acho que não, afinal eu era uma bebê chorona. Uma bebê chorona que não sabia nada da vida. Mas olha só onde eu estou agora. Numa gangue de motoqueiros. Acabei com o mesmo destino do meu pai, já que o mesmo também abandonou tudo para entrar em uma gangue e ao mesmo tempo conseguia cuidar da pirralha chorona que eu era na época.

De repente, senti algo em minha bochecha. Acho que eram lágrimas e pra ser sincera, estavam tão quentes. Um quente em minha pele que lembrava de meu pai e de seus abraços de conforto que já não os sinto há um bom tempo desde que deixou esse mundo. O meu mundo. Um mundo onde eu acho que está prestes a se desfazer a qualquer instante.

Não entendo o do porque você teve de ir...

Pai...

Era alguma briga?

Então deixe-me terminá-la com os meus próprios punhos, sim?

Suspirei fundo quando percebi que não poderia evitar o meu desabar em lágrimas novamente.

Como sempre... bebê chorona!

Na verdade, eu também não entendo o porquê de odiar as gangues atuais. Talvez eu tenha um certo receio quanto ao que fizeram com meu pai, mas as vezes eu sinto que Toman evita essa repulsa que fica no peito.
Draken, Mikey e Hanagaki me trazem uma sensação boa. Boa de mais para ser verdade.

Será que estou me deixando levar pelas emoções juvenis animadas da minha idade? Será que é um risco estar com eles e acabar virando uma outra pessoa? Uma pessoa na qual meu pai não se orgulharia. Eu acho...

Então é aí que eu me atrevo a procurar entender as estrelas, sem sucesso, me junto à elas que me acolhem sem nenhum êxito.
Sento no quintal onde a vista pro céu é mais clara e fico ali, sozinha, com a solidão que me habita. Lembro-me de meu pai que partiu e fico o imaginado nas estrelas mais brilhantes e assim a solidão vai passando aos poucos.

▋𝐁𝐀𝐃 𝐊𝐀𝐑𝐌𝐀 𝐀𝐍𝐃 𝐃𝐎𝐑𝐀𝐘𝐀𝐊𝐈𝐒 ᯇ𝘛𝘰𝘬𝘺𝘰 𝘙. 𝘢𝘯𝘥 𝘳𝘦𝘢𝘥𝘦𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora