find you • judolffo

Capítulo 5 • Bem recebida.

----------------------------

Eu tava tão ansioso que tenho certeza que acabei com o couro dos meus dedos todo de tanto arrancar. Iza me olhava de 5 em 5 minutos como quem queria falar algo mas nunca falava e Israel ria de algo no celular, provavelmente falando com a Lais.

— Quer parar de mexer essa perna Rodolffo? - minha irmã falou já brava enquanto fazia força pra parar minha perna com a mão dela

— Foi mal. - cumpadi tirou os olhos do celular pela primeira vez e me olhou sorrindo besta

— Que horas ocê marcou com ela aqui? - eu voltei a mexer a perna ao lembrar dela mas Iza a parou mais uma vez ficando séria na hora

— Às 15h40.

— Então ela deve tá chegando, relaxa aí. - se ele pensa que me ajudou falando isso ele tá muito errado, só piorou, ela tá chegando

Quando olhei pra entrada do galpão onde o jatinho nos esperava pra partir, vi os seus longos cabelos morenos sendo levados pelo vento e sua silhueta passando pela porta e sendo parada por um dos que estavam ali trabalhando pra tirar uma foto. Ela voltou a caminhar em seguida e quando seus olhos baterem em mim, ela sorriu. Tão linda, como eu sempre via, e até mais.

— Oi boca de coração. - ela riu e eu tremi ao ouvir de novo essa risada pertinho de mim

— Eaí chupaPéda. - eu a abracei, bem forte, o máximo que podia

Por mim, eu nunca mais saíria dos braços dela. Só hoje, depois de vê-la, eu percebi que realmente estava com saudade, e nada podia tirar minha felicidade ali.

— Ou cês dois, vambora que eu tenho família pra ver também. - Iza riu ao ouvir Israel reclamar e eu tive que me separar dela

— Tá pronta pro mior final de semana que ocê vai ter? - ela riu e me olhou

— Se tu tá dizendo piruca, eu acredito né? Vamo lá. - quem diria que eu amaria ouvir esse apelido de novo né?

----------------------------

----------------------------

Que sensação boa a de abraçar ele outra vez. Era bom ver ele ali, sentado bem a minha frente, com a perna cruzada e o celular na mão, mandando mensagem pra alguém que parecia ser importante já que ele sorria de orelha a orelha.

— Vixi macho, vai ficar com as tuas paqueras aí ao invés de falar comigo? - ele assustou com minha voz e deu uma risada alta e gostosa de ouvir

— Que paquera o quê muié? É meu pai perguntando se você tá indo e se continua bonita igual no programa. - dessa vez eu que ri, já tinha ouvido por aí que o pai dele gostava de mim

— Que amor piruca, gostei do teu pai. - ele assentiu e Iza riu ao meu lado

— Se ele escuta isso, ele tem um surto de alegria Ju. - eu sorri agradecida e fiquei tímida por saber disso

O resto da viagem foi bem tranquila e a gente não falou muito, tanto eu quanto os meninos e a Iza estávamos claramente exaustos da semana de trabalhos que havíamos passado.

Quando chegamos em Goiânia, a viagem até a mansão enorme de Rodolffo foi rápida e sem muito tumulto. Ao entrar pela porta logo vi seu Juarez, como chamava o pai dele, parado de braços cruzados. O vi sorrir assim que me olhou e chegar até mim.

— Juliette! Que prazer é conhecê-la. - eu sorri e trocamos um abraço

— Eu que o diga, seu Juarez. Ouvi falar muito bem do senhor. - saímos do abraço e ele fez uma careta ao ouvir o "senhor"

— O Senhor está no céu, pode me chamar de você. - eu ri de sua fala e Rodolffo apareceu do meu lado

— Olha o chamego aí pai, ou eu vou chamar a mãe. - o mais velho riu e deu dois tapinhas nas costas do filho

— Não se preocupe, ela é toda sua. - eu gargalhei e ouvi Iza me acompanhar enquanto Rodolffo fazia sua cara de poucos amigos

— Juliette, querida. Que honra recebe-la aqui em casa! - a mãe dele entrou na sala ao ouvir nossas risadas e eu sorri para ela

— Ah, piruca, porque nunca me disse que tua mãe é tão linda? - ela deu uma risadinha me abraçando em seguida

— Eu agradeço, você também é muito linda. - antes que eu pudesse agradecer, Rodolffo se meteu no meio e nos apressou para comer logo

A casa de Rodolffo era linda, a família dele é um amor e me recebeu muito bem e a comida então, nem se fala, uma delícia. Eu me senti tão bem recebida e senti todo o amor que eles despejaram ali pra mim.

— Tá gostando bastiana? - eu o olhei e ele deu um sorrisinho

— Aqui é lindo, parabéns pela casa. E sua família é maravilhosa! - ele sorriu largo e sentou do meu lado

— Quer? - ele me ofereceu uma taça de vinho e eu aceitei, mesmo sabendo que isso poderia afetar o resto da noite — Nossos fãs que mandaram.

— É, eles são espertos. - eu ri e ele coçou a cabeça ficando em silêncio, depois de alguns minutos só olhando pra paisagem que era aquele jardim eu decidi iniciar outro assunto — E o famoso quadro?

— Ocê não viu quando chegou? - ele riu enquanto falava e eu neguei - Uai chupaPéda, tá bem ali na escada.

— Eu não acredito que ainda tá ali. - eu levantei rápido e direcionei até a sala vendo o quadro escorado na escada já como parte da decoração

Eu ri da situação mas até que achei fofo ele deixar bem ali, onde todos podem ver. Eu não tinha reparado nesse quadro aqui, mesmo tendo passado umas 4 vezes por ele, só hoje.

— Bonito, não? - ele me tirou do transe que eu tava vendo o quadro

— Realmente, nós tamo um casalzão da porra. - ele sorriu e sentou na ponta da escada, eu o acompanhei ainda com a taça em mão

Olhei pra ele enquanto bebia outro e outro gole. Ele definitivamente era lindo demais e isso tava me perturbando de uma maneira. Por mais que eu negasse pra todos os lados, eu queria.

Queria sentir sua pele, queria sentir sua boca, queria olhar nos olhos dele enquanto tudo acontecesse, mas eu sabia que se fizesse isso, entraria num caminho sem volta.

----------------------------

Desculpem a demora da autora, eu to sem tempo esses dias e escrever um capítulo demora um pouco. Mas, quem tá vivo sempre aparece, então não desistam de mim.

Vamo de spoiler?
Próximo capítulo TEM. Só digo isso e nada mais sei. 🤭