Cap 10

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- Queira entrar, por favor, senhor Stone - minha formalidade era cômica e ele riu entrando na brincadeira.

- Mas com todo prazer, senhorita Allender - me entregou uma caixa embrulhada toda fofa e eu soube que era chocolate quando a peguei.

Ele entrou e eu fechei a porta.

- Obrigada, senhor... - fui impedida de falar por um beijo quase que inesperado por mim.

Larguei a caixa de chocolate no chão, as mãos de Luca em minha cintura e rosto, levantando um pouco meu vestido e me fazendo ficar na ponta dos pés.

O foda é que Luca não era assim na frente dos outros. Eu que era a que o deixava com vergonha na frente de todo mundo e a sós, agora, ele me deixa sem ar. Levei minhas mãos à suas costas a arranhando levemente. Sua mão em meu corpo me apalpando, me espalhando aquela dose de tesão que tu sente quando está perto demais de uma pessoa e a mesma te beija, te deseja.

Eu precisei de ar, olha só que ironia. Ele é o quase inexperiente e eu que preciso de ar primeiro.

Eu ainda não havia aberto os olhos quando ele começou a falar.

- Te amo, Samantha Allender.

Eu não sabia o que dizer. Eu gostava do Luca, mas não sabia se o amava. Abri os olhos gradualmente e, sem mais o que fazer, os fechei outra vez e procurei sua boca.

Beijos e mais beijos foram trocados na entrada da porta da minha casa e eu estava conhecendo um Luca mais solto.

- Eu passei anos da minha insignificante vida esperando por o momento em que eu podesse fazer isso - comentou entre um beijo e outro. Os beijos se transformaram em selinhos. Minhas mãos estavam sentindo seu tórax e eu percebi seus músculos naquela área, me causando leves arrepios. E mordi meus lábios entre pensamentos - O que foi? - perguntou rindo ainda me dando beijinhos em várias partes do meu pescoço e voltando a minha boca.

- Você é gostoso -  sorri, mordendo o lábio mais uma vez, deslizando minha mão por seu corpo e vendo seus olhos de satisfação ao me ver morder o sorriso e apertar sua calça sentindo ele. - E grande... - algo estremeceu dentro de mim. Algo estremeceu em um ponto delicioso dentro de mim.

Ele segurou meus cabelos, os afastando e se enfiando em meu pescoço, deixando pela primeira vez, que eu sentisse a sensação de seus lábios e sua língua  em minha pele. Usou uma mão para apertar um de meus seios e eu deixei escapar um suspiro e um pequeno gemido. Sentindo meu corpo se aquecendo ao seu toque.

Meu celular tocou.

- Ai... droga - praguejei. Apenas uma pessoa costuma me ligar e eu não podia ignorar. Luca parou o que estava fazendo e foi horrível para mim o afastar. - Tenho que atender... - ele assentiu e eu era quem eu pensava.

Depois de alguns poucos minutos eu estava desligando o telefone.

- Era minha mãe - informei a ele. - ela quer que eu faça o jantar. Parece que meu pai vem jantar hoje aqui.

- Seu pai... - ele sussurrou.

- É... Eu tinha esquecido que no fim de semana eu vou pra casa dele...

- Vou te ver só no colégio agora? - quis saber e eu conformei. - Vou te ajudar com o jantar - olhou a hora. - Acho bom a gente se apressar - sorriu.

Tesão frustrado é uma merda, mas quando se tratava de Luca, o clima estava sempre bom quando eu estava com ele...

- O que vamos fazer? - ele perguntou e já estávamos na cozinha.

- A minha mãe mandou fazer arroz branco e deixar queimar, e cozinhar ovos - dei de ombros, rindo.

- Eles não têm uma boa relação, não é?

- Não... - eu neguei e ele ajeitou uma mecha de cabelo meu atrás da minha orelha.

- Vamos fazer pizza? - sugeriu.

- E porque não pedir pronta?

- Não tem a mesma bagunça que quando feita em casa com a namorad... - parou - crush. - corrigiu-se.

Sorri para ele.

Eu havia dito na noite anterior que iria pensar em seu pedido, mas não o prometi nada, apenas a chance de me conquistar o que não estava muito longe de acontecer.

Luca era encantador.

Com seu jeitinho fofo e tímido.

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