Cap 13

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- Me desculpa, de verdade.

- Tudo bem dessa vez. feliz que você está melhor - ele não tinha culpa de a internet ter caído. Já era umas 15pm quando ele me ligou e chegaram várias mensagens dele.

- Também estou. Queria tanto te ver... Vamo mudar pra chamada de vídeo? - sugeriu.

- Você louco?! - dei um pinote na cama e com uma das mãos comecei a colocar meu cabelo atrás da orelha - Sem chances. Estou toda bagunçada.

- Ah, Sam! Por favor... - pediu daquele jeitinho fofo que me faz lembrar de sua timidez e como eu poderia recusar?

- bom. Espera só um minuto - deixei o celular em viva voz e pulei da cama pro espelho mais próximo, soltei o cabelo, abri a gaveta da penteadeira atrás de um batom e peguei o primeiro que vi.

- Sam? Ainda aí?

- Uhum! - emiti o som com a boca fechada, enquanto alinhava o batom na parte superior.

Limpei o canto da boca e avaliei o tom rosado em meus lábios.

- Vamos? - chamou.

Empurrei a gaveta com mais força que o necessário. E pulei na cama outra vez.

- Pronto - avisei me olhando na tela do celular e esperando a solicitação para trocar a chamada.

- Nossa... - ele estava deitado em sua cama também - Está maravilhosa.

- Para - ri -, toda bagunçada - olhei pra minha penteadeira.

- O que foi aquele barulho mesmo?

....°....

- Filha? - meu pai chamou enquanto tomávamos café da manhã.

- Hm? - respondi com a boca cheia de torrada.

- Aquele rapaz é o seu namorado?

- O Luca? - engoli e pensei por alguns instantes.

É, Samantha.

Responde.

O que o Luca é pra você?

Colega de classe? Nem pensar. Não somos só isso. Não depois dos últimos dias.

Amigo? Não, não podemos ser definidos apenas como amigos.

Um paquera? É... talvez.

Ficante. Talvez essa fosse a definição para o que nós éramos.

Gostávamos do carinho um do outro e os amassos são pra lá de gostosos.

- Estamos nos conhecendo - optei dizer apenas isso e meu pai começou a rir. Se de desespero ou porque achou engraçado, eu não sei dizer.

- No meu tempo as coisas eram diferentes - comentou mordendo mais uma vez sua torrada quase acabada.

- Nem vem, papai! - semicerrei os olhos - Vocês vem com essa de que "no meu tempo era diferente", quando na verdade vocês apenas não assumiam. Mas não me diga que quando casou com a mamãe vocês nunca haviam se beijado ou dormido juntos.

- Também não estou dizendo que a gente vivia no Marrocos, Sam - levantou as mãos em rendição.

- Pois pronto - dei de ombros.

- Só... - esticou a mão para segurar a minha - Só tenha cuidado, minha filha. Não quero que se machuque ou que faça besteiras sem pensar. E além do mais, quero ter uma conversa com o enfarinhado! - disse subitamente - Não pense que eu não vi que ele estava se aproveitando de você enquanto estavam na cozinha. Se fez de sonso quando chegamos, mas aquela carinha de santo não me engana - era engraçado e sério seu tom de voz.

- Tá tudo bem, pai - sorri para o mesmo, que olhou as horas e me sorriu também.

- Eu tenho que ir, filha. Vamos?

Durante o trajeto até a escola me vi sorrindo, lembrando do que meu pai disse sobre o Luca. Se ele soubesse que eu havia sido a primeira e única garota que o Luca havia beijado até agora... talvez não acreditasse.

Fiquei na porta da escola e avistei Fany ao lado de Luca que acenaram pra mim, assim que me viram.

Respirei fundo, e sorri começando a andar em direção aos dois. Eu estava louca de saudades do garoto de óculos.

Meu paquera.

Meu Luca.

Ooiii, gente!
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⏰ Última atualização: May 19, 2022 ⏰

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