XII Quando

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“E quando eu ouvi você gritar que me amava não pude me conter na hora de gritar de volta que era recíproco...”

Era a nossa terceira briga só naquela semana, eu estava estressada por conta da faculdade e dos meus sentimentos enquanto você se sentia sobrecarregado com o time e comigo. As discussões eram por coisas bobas que nós colocamos como se fossem o fim do mundo e por isso acabamos nós afastando, pelo menos até aquele dia...

“— Eu não estou te entendendo, você anda tão estranha e nem está no seu período menstrual... – ele falava sem tirar os olhos do livro que lia.

— Por que o fato de eu estar ou não menstruada sempre entra em pauta quando você briga comigo?! – pergunto me estressando.

— Porque você fica assim quando menstrua.

Argh! Sério Tsukishima vou embora, eu não aguento mais conviver com uma pessoa que se quer se dá ao trabalho de me olhar nos olhos quando eu estou falando! – declaro indo em direção ao meu quarto montar uma pequena mala.

— Onde é que você pensa que vai? – o loiro perguntou me seguindo pelo quarto.

— Eu não estou pensando, eu vou. – falo ao passar por ele.

— E onde é que você vai, Hitoka? – ele pergunta exaltado.

— Não te interessa! E vê se não traz nenhuma da suas fodas enquanto eu não tiro as minhas coisas do apartamento.

— Primeiro que elas não são uma foda, segundo que eu não sou que nem você que fica atracado com um monte de gente pelos cantos da faculdade! – aí meu Deus, talvez elas signifiquem mais do que só sexo pra ele!

— Isso é completamente diferente – Falo me virando em direção à porta.

— Não é não! – ele se exalta.

Então me diz, por que não é, Tsukishima Kei?!

— Porque eu te amo! – o loiro gritou fazendo com que meu coração parasse por alguns milésimos de segundos e toda a insegura fosse abaixo porque tudo era tão mais intenso e maior...

— E o que eu tenho a ver com isso? O fato de eu também te amar não me dá o direito de opinar sobre suas fodas como você está opinando sobre as minhas! – grito de volta com um sorriso no rosto.

O silêncio se fez presente fazendo com que o caos anterior se dissipasse, agora, olhando nos meus olhos com aquele olhar – sexy – que ele ficava ao analisar os jogadores antes de fazer um bloqueio temi que ele me bloqueasse como sempre faz com seus adversários... Por um segundo, apesar de sua declaração desesperada, eu tive medo de que ele não estivesse dizendo a verdade quando disse que me amava. Mas, todo o temor se foi ao sentir seus lábios rachados por conta do frio serem pressionados contra os meus, talvez tudo ficasse bem no final...”

Miríade [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora