Chego em meu condomínio com um táxi, torcendo para que Finn e Lilia não estejam aqui ainda. Não me deixariam em paz enquanto eu não explicasse cada detalhe sobre onde estava, com quem estava, o que estava fazendo, e eu realmente não pretendo contar para eles nada disso.
Entro em meu apartamento de olhos fechados, com medo de abri-los e encontrar meus melhores amigos sentados em meu sofá.
--- Onde estava, bela moça? --- ouço a voz de Finn antes de criar coragem para abrir os olhos, mas assim que o faço, surpresa! Os dois estão sentados no meu sofá me esperando.
--- Por um segundo voltei no tempo e me vi na casa dos meus pais. Minha mãe me esperava a madrugada inteira sentada naquela maldita poltrona da sala. --- digo tentando mudar de assunto, me sentando no meio deles.
--- Sabemos muito bem. Você sempre falava que nunca mais iria sair com a gente, porque bebia muito do nosso lado e quando chegava em casa com o nascer do sol, mal conseguia andar em linha reta, quem dirá inventar um boa história sobre estar na igreja para sua mãe. --- diz Lilia, rindo.
--- E o mais engraçado, tirando o fato de que uma vez você disse que uma galinha estava te perseguindo e por isso você se atrasou, é que você sempre saía com a gente um final de semana depois e a história se repetia. --- Finn relembra rindo e Lilia logo o acompanha.
A história da galinha... Grande dia!
Tirando o momento em que minha mãe disse que eu era seu maior arrependimento e me proibiu de sair por um mês... Grande dia!--- Hilários! --- reviro os olhos e me levanto quando percebo que algo não está mais comigo --- Droga!
--- O que foi? --- pergunta Finn ainda rindo um pouco
--- Eu perdi minha bolsa! --- Digo irritada logo antes de me abaixar para procurar por ela.
--- E o que estava fazendo para conseguir a proeza de perder um objeto daquele tamanho que tem somente as coisas mais importantes de sua vida? --- pergunta com um pequeno sorriso em seus lábios.
--- Nada de mais... --- digo rindo de leve, ainda arrastando pelo chão, procurando minha bolsa.
--- Levanta desse tapete nojento! Sua bolsa não está aqui. --- diz Finn, me puxando para cima com suas mãos em meu ombro.
--- Meu tapete não é nojento, ele cheira à sucesso.
--- Não, cheira macarrão à bolonhesa coberto de queijo parmesão.
--- Isso foi bem... Específico. --- comenta Lilia, sussurrando.
--- Não importa! Está tudo bem. Pelo menos meu celular ainda está comigo. --- coloco a mão no bolso para senti- lo.
Cadê o celular?
Me pergunto, tentando me lembrar dos momentos em que o usei, até guns for hands aparecer em minha mente.Maldita dança! Maldita banda! Agora não vou poder mandar mensagem para Sadie...
Eu me odeio.--- Me deixa adivinhar. Ele não está aí, não é? --- Lilia pergunta olhando para minha expressão de raiva
-- Não, não está.
-- Você é um clichê, Millie Bobby Brown.
Eu até poderia começar uma discussão agora mesmo, que com certeza ganharia por ser boa em argumentos, mas ela tem razão...
Eu sou mais clichê do que eniemes to lovers.-- Eu sei disso.
-- Tão clichê que deve ter ficado bêbada e transado com alguém que nunca tinha visto na vida, e agora nem se lembra o nome da pessoa com quem conscientemente você deixou sua bolsa. Acertei? -- pergunta Finn com deboche no tom de voz.
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songs for you
FanfictionMillie Bobby Brown é uma cantora famosa, rodeada de fãs e pessoas que se importam com ela; Já Sadie Sink é uma estudante de literatura que vive sozinha, sem família e poucos amigos. O que pode acontecer quando dois mundos totalmente diferentes colid...