PARALLELS

03.

A PROMESSA
2015

[Canônico]

Depois de se despedir de James Darwin no setor de pesquisas, você rondou a instalação gigante dos Vingadores para encontrar Natasha. Aquela cabeleira ruiva entrou em seu campo de visão e foi inevitável não sorrir para ela, que devolveu o ato.

Horas atrás Natasha tinha te convocado com um pretexto misterioso.

Enquanto você fazia piadas sobre não ter saido da linha, ela revirou os olhos e a chamou até uma sala.

– Só preciso te entregar uma coisa.

Calada, você ficou observando ela acionar um compartimento na parede e um traje preto com detalhes azuis surgir diante de ambas. Aquele momento se tornou um dos melhores de sua existência.

Depois de agradece-la e quase chorar de emoção, havia chegado a hora de experimentar.

– Deixe-me ver como ficou. – ouviu a voz abafada de Natasha do outro lado da porta.

Após suspirar, você saiu e encarou ela, que lutava contra um sorriso satisfeito. Seus braços se abriram e você esperou um feedback de sua mentora.

– E então? – você girou.

– Do jeito que imaginei que ficaria.

– Eu amei... – você falou se olhando no espelho. As mãos da ruiva pousaram em seus ombros.

– Agora é oficial, aparecerá nas manchetes com um uniforme digno de uma heroína. Já imaginou?

– Muitas vezes.

– Bom! – ela se afastou chamando a atenção. – Temos tempo antes da próxima missão. Vamos mudar a rota antes disso. – ela disse vestindo a jaqueta. – Você vem?

– Aonde?

[...]

Sua visão estava começando a te trair e seu sangue estava quente com a agitação do lugar e da música inebriante, mas não tão alta. O cheiro do álcool contribuía para tal coisa em seu sistema.

Seus antebraços descansavam no balcão e você olhou para Natasha ao seu lado, que parecia normal e nada abalada com os copos que tinha virado anteriormente. Você riu e balançou a cabeça negativamente.

– Você precisa se permitir, Sn. – murmurou a ruiva. – Pode fazer o que quiser.

– Posso é? – você murmurou de forma nada madura e sorriu, fechando os olhos.

Natasha te encarou de cenho franzido, não crendo que você ja estava se deixando levar pelo efeito do álcool tão rápido. A ruiva soltou um riso nasal e fez um sinal para o barman recolher os copos. Mas não sem antes enviar um olhar mortal a outro homem que te encarava com intenções nada boas. 

Corajoso, ela pensou.

– Sabe que não posso voar nessas condições... ainda estou aprendendo isso.– você resmungou olhando para a ruiva e por instantes vendo duas dela.– M-mas o que...

– Olha, eu esperava outra versão sua sob o efeito do álcool.

– Que álcool? – você perguntou descaradamente, enquanto apoiava a cabeça no ombro da espiã. – Você é ilaria, Nat!

– Vamos indo, vou te deixar segura agora.v– a ruiva disse ignorando seus assuntos de bêbado.

– Você também é incrível.– você prosseguiu ignorando a fala dela.– É totalmente oposta ao que todos dizem, é forte e se importa com todos ao seu redor... Não é atoa que se tornou heroína...– você abriu um sorriso largo ao falar e não ousou retirar a cabeça do ombro da ruiva que escutava.– Eu te amo por isso...

Você suspirou e esqueceu o estabelecimento ao seu redor, eram só vocês e suas confissões.

Então você segurou seu copo com força e tomou coragem para dizer as próximas palavras.

– Me promete uma coisa? – você murmurou baixo e a mulher levantou a cabeça para te olhar.

– Qualquer coisa.

– Me faça o favor de nunca partir.

Por instantes Natasha ficou sem saber o que responder e a pose de uma mulher durona foi se esvaindo ao olhar em seus olhos, que ansiavam por uma garantia dela. Então Romanoff sorriu de lado.

– Eu prometo, menina. – ela respondeu e fez outro sorriso bêbado brotar em seu rosto. – Mas tem uma exceção para essa promessa ser quebrada.

– Qual? – você perguntou mais rápido do que deveria e ela voltou a ficar séria.

– Se for para proteger você.

Você não concordava, mas não deixou que ela soubesse. Ao invés disso você voltou a descansar a cabeça no ombro dela, e desta vez, Natasha também apoiou a dela na sua.