O Quadro

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Um pedido de desculpas e uma entrevista para a imprensa foi o necessário para que Hye Jin voltasse com sua vida de atriz, como se nada tivesse ocorrido. Claro que não trabalhava mais como antes, fazia tudo calmamente e não arriscava mais a própria vida com suas rotinas malucas, era uma nova mulher depois de tudo. Devia boa parte dessa mudança para Nam Joon, se não fosse por ele, continuaria vivendo da maneira mais deprimente possível, deixaria que a fama a consumisse por inteiro.

Estava feliz pelo Diretor Kim – vulgo seu novo sogro – continuar querendo que a mesma protagoniza-se o drama. Alguns não concordaram no começo e várias pessoas tinham criticado sua pessoa, mas não durou muito, pois seu carisma e os episódios ótimos que transmitiam faziam todos se calarem. E também, estava prestes a entrar no julgamento contra Si Woo, suas mãos tremiam de nervosismo e ela rogava para que tudo desse certo. O Detetive tinha ótimas provas, mas sabia que o dinheiro do homem compraria qualquer um, porém não deixaria que aquele caso não fosse julgado corretamente.

Enquanto andava até a mesa separada onde já estava Young Cho e um advogado de sua confiança, a mulher sentia seus nervos a flor da pele. Ao seu lado, em outra mesa, estava o ator com os braços cruzados e dois homens, sem contar nos seguranças ao seu redor. No começo ficou surpreso que Ahn Hye Jin levantou um processo judicial contra ele, a coragem da mulher o deixava irritado, estaria tudo arruinado se ela vencesse. Mas, já tinha feito tudo o que podia para subornar qualquer um que participasse daquele julgamento.

— Senhoras e senhores, o julgamento irá começar! — um policial disse, assim que o juiz entrou.

A mulher olhou para trás e viu seu namorado sentado em um dos bancos de madeira, fez uma expressão apavorada para ele, recebendo um aceno positivo e um “vai ficar tudo bem” baixo. Virou-se para frente de novo e respirou fundo, observando o juiz falar sobre o caso que iriam começar para o júri.

— Tragam a primeira testemunha. — pediu o mesmo.

Para a surpresa de Si Woo, a garota bonita e esbelta que esteve com ele naquela noite, passou pela porta. Ela caminhou despreocupada até a mesa ao lado do juiz, fez o juramento de dizer somente a verdade e observou de longe as pessoas presentes. A expressão do grande idiota – assim como tinha o apelidado – era impagável, adoraria vê-lo implorando para que não o condenassem. O advogado de Hye Jin começou com suas perguntas sobre tudo o que aconteceu na noite em que foi a acompanhante do homem, ela contou em mínimos detalhes e não escondeu nada.

— E então, você encontrou esses papéis na mesa do ator Pyo Si Woo... — ele pegou os mesmos e se aproximou do juiz — Posso?

O homem fez um sinal de concordância com a cabeça, por isso o advogado levou os papéis até suas mãos, aquelas eram provas importantíssimas. O mesmo averigou o que estava escrito por breves segundos e voltou sua atenção as perguntas do advogado para a agente. Os pés de Si Woo batiam rápidos no chão, ele não fazia nem ideia de que tivesse sido enganado por um rostinho bonito, seu ponto fraco por mulheres o deixou cego.

Seu advogado contratado também fez algumas perguntas contrárias, mas não chegaram a nenhum consentimento concreto, o que fez o ator ter ainda mais medo do que viria a seguir. Era a vez de Hye Jin, ela se levantou e foi até a mesma mesa onde estava Jin Hee, fez o juramento e esperou ansiosa para o questionamento.

— Senhorita Ahn Hye Jin, poderia nos dizer como era sua relação com Pyo Si Woo? — perguntou o homem engravatado. Ela concordou.

— Nós nunca nos damos bem, somente forçamos uma boa relação para não estragar nossas reputações, o público queria um casal perfeito. — admitiu cruzando seus braços.

SASSY BOYOnde histórias criam vida. Descubra agora