Mudanças ( Cap. 9)

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Toda mudança positiva - todo salto para um nível maior de energia e consciência - envolve um ritual de passagem. A cada subida para um degrau mais alto na escada da evolução pessoal, devemos atravessar um período de desconforto, de iniciação. Eu nunca conheci uma exceção.

(Dan Millman)

Boa leitura 🤍

- Deveria mesmo Juliette.

- HAN? QUE? COMO ASSIM?. - meu surto ficou um pouco mais exagerado do que eu pensei que tinha sido. Carla estava parada ao meu lado com os olhos arregalados e um sorriso de surpresa.

- Eu falei algo de errado?. - Falou a loira franzindo a sombracelha olhando em nossa direção.

- Na verdade não falou não, mas realmente ouviu do que estávamos falando?. - Carla falou com a mesma cara de que não estava acreditando no que estava acontecendo.

- Era sobre o contrato não é mesmo? Eu mesma revisei Juliette e é uma ótima proposta e ficarei contente em te-la trabalhando conosco se você aceitar é claro.

- Não era sobre iss..

- Era sim, claro, o contrato estávamos falando sobre ele mesmo. Vou pensar e até amanhã a tarde terei uma resposta. - Interrompi Carla antes que essa conversa tome o rumo que eu não queria.

- Não se sinta pressionada ou tenha pressa, tudo no seu tempo doutora.. e eu não vou mais atrapalhar vocês, vim só ver se tinha esquecido meu celular por aqui e já vi que não está, então vou me retirar e descansar, boa tarde. - Falou e saiu andando em direção as escadas.

- Carla sua boca aberta, o que ela ia pensar se ela tivesse ouvido?. - Falei olhando pra ela indignada.

- Ia pensar o óbvio que você entra em pânico em qualquer assunto que envolva ela, é meu entretenimento favorito Ju a cara que você faz é impagável. - Falou dando risadas.

O tempo passou tão rápido já fazia 4 meses que eu tinha assinado o contrato com a Andrade's Corporation, essa é uma empresa de grande porte e bastante conhecida então posso dizer que estou me sentindo realizada, recomecei do zero e com o pé direito, tenho um emprego que ganho bem e tenho quem eu amo por perto e ligo constantemente pra mãinha planejo trazer ela pra pertinho de mim o mais rápido possível que saudade que eu tô dela... sigo sempre com pensamentos positivos por que sei que tudo que é meu está por vir, eu sinto isso! Comprei um apartamento em um bairro bem tranquilo e próximo da empresa apenas alguns minutos de metrô e prontinho cheguei, eu realmente não tinha o que reclamar estava tudo correndo muito bem.

Tem pouco mais de uma semana que Flayslane começou a trabalhar na empresa e a sala dela é ao lado da minha, ela cuidava da publicidade e das mídias sociais, já nos conhecemos de outros carnavais eu me identificava muito aliás eu era madrinha do Bernardo, meu bonequinho eu amava muito aquele pequeno e eu espero que em breve, quando eu estiver bem estabilizada e preparada eu possa ter um pedacinho meu correndo pela sala.

Me encontro agora atolada de trabalho com vários contratos para serem reavalidados pela parte jurídica e passando todos meus relatórios a limpo, concentrada escuto batidas leves na porta

- Pode entrar. - Observei Flay entrar e se sentar em um sofá no canto da minha sala. - O que devo a honra da sua presença hein dona Flayslane?.

- Eu nem ia vim sabe? Mas aí lembrei que a jumenta aí vulgo Juliette Freire não tomou café da manhã e como sou uma pessoa que adora fazer boas ações te trouxe um café, toma aqui. - Falou levantando e erguendo a bebida em minha direção.

- Seu jeito carinhoso me encanta visse? Tô aperreada com isso tudo aqui, eu tinha terminado tudo isso ontem! Pediram pra reavaliar tudo de novo acredita?.

- Acredito, parece que essa Sarah vive estressada e é muito caprichosa ave maria, se ela disser que a água é rosa tem que ser rosa e pronto. - Disse gesticulando com as mãos e fazendo expressões de indignações.

- Credo Flay dessa vez nem foi ela acredita? Foi o Caio do setor financeiro esse homem inferniza meu juízo! Implicância besta essa dele ainda não entendi esse jeito dele comigo.

- Talvez ele não goste de você ou seu jeito, ele é da mesma forma comigo e isso me dá nos nervos. - Falou revirando os olhos.

- Eu só tô absorvendo, não vale a pena perder tempo com gente assim não Flay ele fala fala e eu nem ligo a maioria das vezes.

- Pois comigo não funciona assim Juliette e você pare de ser besta! Quem tem boca pra falar vai ter que ouvir também, vou deixar um calvo daquele me diminuir? Mais nunca visse!

- Sem confusão Flay. E é claro que não vou deixar ele me diminuir não tô nem doida, só quero evitar problemas. - Falei de forma calma.

- É assim que se fala Juju, eu e o Gil estamos te esperando daqui a uma hora no restaurante no final da rua pra almoçar.

- Pode deixar, e você não devia estar trabalhando não bonita? Só arranja um pretesto pra fugir né Flay. - Falei rindo da cara que ela fez.

- Quanta ingratidão Ju, vim aqui sem nenhuma segunda intenção proucupada e te trouxe até um café e você me fala uma calúnia dessas. - Falou cruzando os braços e balançando a cabeça em falsa indignação.

- E eu nasci ontem Flay, conta outra! Vamos trabalhar que a gente ganha mais. Vou te acompanhar até sua sala e aproveitar e pegar algumas pastas que ainda ficaram na sala de finanças. - Falei me levantando e andando em direção a porta sendo seguida por Flay.

- Bem que a gente podia ter conversado mais um pouco né Ju pra que tanta pressa mulher? A vida é um sopro sabia?. - Falou fazendo drama ao meu lado.

- Quanto drama Flay, podemos fazer isso no almoço né. - Falei rindo e deixando ela em frente a sala dela.

- Sua sem graça, vai ganhar prêmio de funcionária do mês. - Falou rindo e entrou.

Andei em direção a sala de finanças e observei pelas vidraças que ia chover em breve o tempo estava fechando, entrei e peguei as pastas que eu precisava e andei em direção da minha sala lendo algumas pastas quando acidentalmente esbarrei em alguém e todas as minhas pastas foram pro chão.

- Nossa desculpa eu sinto muito. - Falei pegando uma das pastas e levantando minha cabeça. 

- Não olha por onde anda não garota? Sua atenção tá aonde? Não consegue nem andar direito?. - Caio falou em tom grosso e alto observei seu terno sujo de café que derramou quando nos esbarramos.

- Eu já pedi desculpas e se você não percebeu foi um acidente. E você trate de falar direito comigo acha que eu sou sua filha pra falar assim comigo?. - Rebati em tom alterado.

- Você sabe quem eu sou? Quem você acha que é pra falar assim?. - Falou e observei seu rosto ficar vermelho de raiva e algumas pessoas pararam no corredor.

- Sei exatamente, você é um funcionário igual a mim e a qualquer pessoa que tem aqui. Então se coloque no seu lugar, mesmo que fosse até o  dono isso não te dá o direito de me tratar da forma que quiser!

- Que intolerância, saia das minha frente antes que..

- Antes que o que?. - Percebi de relance  que todos ficaram sérios ao redor e já pude reconhecer de quem era aquela voz.





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Volteeei antes tarde dq nunca né? Postei esse cap em comemoração ao meu termino KKKK e pra avisar que eu vou aparecer com mais frequência por aqui ok? Tô muito feliz que a fic bateu 1k de visualização❤

Ps: eu adorooo quando vocês comentam e interagem na fic então sintam-se à vontade pra comentar qualquer coisa.

Cap não revisado, então desculpem qualquer erro.

Até a próxima atualização, bjoo :)

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