Capítulo Único

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N.A.: Enquanto não atualizo "A Cidade" fiquem com esse conto curtinho, espero que gostem.

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A caminho de casa, uma jovem vê algo estranho do outro lado da rua, um garoto de aparentemente uns 17 anos com cabelos brancos, até aí tudo bem, ele poderia ter tingido ou ter alguma condição rara, mas o bizarro é que ele não tinha orelhas humanas, havia enormes orelhas de coelho no topo da sua cabeça, e parecia que mais ninguém via aquilo, questionando a sua sanidade ela retirou o celular do bolso e discretamente tirou uma foto do ser peculiar, na foto ele estava da mesma forma que ela via andar do outro lado, cabelos brancos e orelhas semelhantes as de um coelho, bom, com apenas ela vendo não vai adiantar, ela precisa mostrar essa foto pra alguém que comprove que ela está ou não louca, mas não seria uma boa ideia parar alguém na rua e perguntar,  o que ela falaria? "Ei, com licença, desulpa incomodar mas você está vendo um garoto com orelhas de coelho nessa foto?" acabaria realmente num hospício, tinha que mostrar a foto para alguém de confiança, que a acharia estranha mas não questionaria muito, afinal amigos tendem a contar maluquices e brincar uns com os outros, sim, é melhor mostrar pra uma amiga, alguém que não ligaria pro hospício de primeira, talvez ela até fique empolgada com seres mágicos sendo reais, ou talvez ela não consiga ver nada e a jovem pode usar a desculpa de que era uma pegadinha ou algo do tipo.

Dando uma última olhada pra foto ela guarda o celular no bolso e ao olhar para o outro lado da rua o garoto-coelho havia sumido, ele deve ter ido pra casa e é o que ela vai fazer agora, não adiantaria correr na rua perguntando se alguém viu um cara com características de coelho por aí, não, ela não queria passar o resto da vida no manicômio.

Enquanto andava para sua casa coisas estranhas começaram a acontecer, ela começou a ser perseguida por um cara muito suspeito de capuz, mas de alguma forma conseguiu dar um perdido nele, em compensação bateu a cara em um poste, um cervo apareceu do completo nada e a ficou encarando parecendo revirar sua alma, depois simplesmente foi embora, sumiu da mesma forma que surgiu, foi muito bizarro mas ela continuou seu caminho,  quando estava virando a esquina pra sua rua um caminhão de sorvete quase a atropelou, assustada se sentou no asfalto, confusa e com medo, ela então viu que do outro lado da rua vinha em sua direção o homem suspeito de capuz, certo algo definitivamente está errado, uma ou duas coisas estranhas acontecendo pode ser azar mas uma série delas, isso não pode ser real, o homem se aproximava enquanto sua mente divagava sobre o quão impossível isso era, mas o ser que ela tirou a foto também era algo impossível, ao chegar mais perto ela notou que os olhos de seu perseguidor eram vermelhos e conseguiu ver alguns fios de cabelo branco  saindo do capuz, era ele! Ele a havia notado? Estava aqui para apagar sua memória com uma caneta?

De repente ela percebeu algo, tudo isso só começou por um motivo. A foto! Talvez se ela apagasse a foto essas coisas bizarras devem parar de acontecer. Com urgência ela tira o celular do bolso e por ter sido a última foto que tinha tirado foi fácil encontrá-la, assim que apagou a imagem o encapuzado parou diante dela e quando ela levantou o rosto para olhá-lo, seus olhos eram castanhos claros e os cabelos pretos, ele então virou para a esquerda, atravessou a rua e foi embora como se nada tivesse acontecido. 

Depois disso não houve mais nenhum acontecimento bizarro no resto do caminho, a garota passou a noite inteira acordada pensando no que havia acontecido, talvez ela de fato precisasse ir para o hospício, mas ela sentia de alguma forma que tudo aquilo foi real, e que tudo que precedeu seu encontro com o garoto-coelho foi um aviso de que o que quer que ela tenha visto, não deveria ser compartilhado, talvez ela não deveria ter esse conhecimento, não deveria ser capaz de ver aquilo, mas o que exatamente era aquilo? O que diabos ela tinha descoberto? Sua mente não conseguiu descansar com as incríveis teorias que pensava, agora que ela sabia que nem tudo é o que parece, um outro mundo foi aberto para os seus olhos.

Fim ou talvez não...

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N.A.: Espero que tenham gostado do sonho muito brisado que tive, claro que alterei algumas coisas pra fazer um pouco mais de sentido que no sonho kkkk mas se esse conto tiver uma boa resposta talvez adapte pra uma história mais longa ksksk tenho umas ideias, vamos ver se rola kkk. 

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