CAPÍTULO 18

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Aurora:
Acordo sentindo o peso de Adam na minha cintura.

Ontem ele chegou super tarde e quando deitou simplesmente apagou.

No meio da noite ele acordou querendo mamar.

Me levanto devagar e coloco o travesseiro para ele agarrar.

Adam remexe um pouco mas não acorda.

Saio do quarto sem fazer barulho.

Hoje o dia não tinha nada de interessante.

Só ficaria em casa como a maioria das vezes.

Minha mãe me ligou ontem, dizendo que Jose tinha brigado com Carla. E por isso estava estressado.

Eu não queria saber muito, queria apenas que eles se resolvessem.

Era nítido que eles se amavam.
E eu admirava isso.

. . .
Assim que termino de preparar o café escuto um choro vindo do quarto de Adam.

Franzo a testa e vou até lá.

Vejo Adam sentado na cama com as pernas cruzadas e a cabeça baixa.

Vou até ele e me sento ao seu lado.

- Adam?- ele levanta a cabeça.

Vejo seus olhos marejados e os lábios tremendo.

- O que foi bebê?- ele não diz nada, apenas me abraça.- Acho que temos um neném aqui. Oi André!

- Oi.- susurra escondendo a cabeça no meu peito.

Que fofo.

- Finalmente apareceu neném. Achei que não gostasse de mim.- digo.

André levanta a cabeça e nega rapidamente.

- Eu pensei que você não queria me ver.- diz de seu jeito fofo e infantil.

- Neném eu estava morrendo de ansiedade para te ver.- digo.

- Mama... Aurora eu posso mamar?

Impressão minha ou ele ia me chamar de mamãe?

- Vamos comer primeiro, aí eu prometo que você pode mamar quando quiser.

- Mas eu quelo.- diz fazendo bico.

Se controla para não morder Aurora, se controla.

- Amor, precisa comer primeiro. Come a comidinha e depois você pode mamar o tempo que quiser.-digo.

- O tempo que eu quiser?- assinto.- 'Tá bom!

Pego sua mão e o levo até a cozinha.

Ele olhava tudo com um olhar curioso, o que chegava a ser muito fofo.

Me sento na cadeira e ele se senta na outra.

Pego algumas frutas e coloco no prato dele.

- Fruta não!- exclama.

- Se não comer, não vai mamar.- digo.

Ele me olha com os lábios tremendo e a carinha de choro.

- Mas mamãe...- ele arregala os olhos e tapa a boca rapidamente.- Dicupa eu não quelia...

Respiro fundo absorvendo a informação.

Não é hora de surtar.

- Ei meu amor.- toco seu rostinho vermelho.- Não tem problema meu anjo.

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