CAPÍTULO 30

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Aurora:
Meu corpo todo doía. Absolutamente todo.

Eu estava fraca pela perda de sangue.

Infelizmente, Isadora e Juan tiveram que assistir Jessica distribuir cortes quase profundos por todo o meu corpo. Mas a faca ainda estava cravada na minha mão.

Por sorte, eu estava desamarrada. Acho que ela é tão burra a esse ponto.

Respiro e de uma vez só puxo a faca.

Reprimo o grito.

- O que você vai fazer Aurora?- pergunta Juan em um tom baixo.

- T-tentar tirar vocês dois desse lugar.- murmurro.

Me levanto apoiando na cadeira.

Com muita calma e muita dor, vou em direção as cadeiras onde os dois estão amarrados.

- Você está muito fraca.

- Não se preocupa Juan, eu estou bem.

Aquilo era uma mentira total, eu estava bem mal.

Desamarro os dois com cuidado.

Solto um soluço assim que eles me abraçam.

- Prestem bastante atenção, não importa o que aconteça vocês dois tem que correr desse lugar.- digo.- Nós vamos sair com cuidado, e sem barulho.

Eu não fazia ideia do que tinha lá fora. Estava com muito medo, não por mim, e sim pelas crianças.

Coloco a faca na mão, e abro a porta bem devagar.

Vejo um corredor, e com pura alegria estava vazio.

Saio do quarto tentando fazer o máximo de silêncio.

Céus, eu estava morrendo de medo.

Jasper:
- Você não vai me deixar em paz não é?

Nego com a cabeça. Eu precisava ir com eles, nem que fosse apenas para ficar no carro.

- Tudo bem, mas você tem que ficar no carro.- diz Marco e me entrega um colete.

''- É melhor do que ficar aqui sem notícia.- diz Adam.''

. . .
Vejo o carro parar e meu coração acelera.

Respiro vendo o pessoal pegar algumas armas.

- Fica aqui. Não saí por absolutamente nada.- diz Marco e me entrega uma arma.- Caso alguém venha, sabe atirar não é?

- Sim, eu sei.- digo.

- Relaxa cara, nós vamos trazer elas com cuidado.- diz. Assinto com a cabeça.

- Por favor, trás minhas meninas com cuidado.- digo.

Marco:
- Procurem por toda a área.- digo.- Quem revidar, podem matar.

Eles assentem.

Arrumo a arma no cós da calça, e a outra na minha mão.

Alguns dos homens foram para a parte de trás e outros ficaram comigo na parte da frente.

Com cuidado e silêncio, entro na casa vendo toda vazia.

- Cuidado pessoal, a casa está em silêncio e completamente vazia.- digo na escuta.- Fiquem atentos a qualquer movimento.

Percorro meu olhar pelo locar.

Ando um pouco e vejo um corredor.

Segundos depois de silêncio, ouço passos e logo depois uma criança e um garoto passam.

- Quem são vocês?- pergunto.

- Eu sou Isadora, e ele é o Juan.- diz a garotinha. Achei ela.- Não machuca a gente moço, a minha titia está lá atrás, o homem e a mulher mal pegou ela.

Chamo um parceiro meu.

- Leva os dois para o carro.- digo.- Não se preocupem, eu vou pegar sua titia.

Respiro fundo, é agora.

Eu sempre fico nervoso com as operações.

Caminho pelos corredores.

Paro de imediato quando ouço gritos de socorro.

- Todo mundo no corredor principal, achei ela.- digo.

Com muita cautela, me aproximo do quarto onde os gritos vinham.

Indico para todos atrás.

- No três...- murmuro baixo.- Um...dois...três!

Arrombo a porta e apontamos a arma para todos na sala.

A cena me causava horror e repulso.

Um cara, que com certeza eu conhecia bem, Floyd. Estava em cima de uma garota, Aurora.

Ela estava apenas de roupas íntimas.

- Saia de cima da garota agora!- digo apontando a minha arma para ele.

A garota olhava a cena chorando horrores.

Com uma cara de raiva, o homem se levanta com os braços no alto.

- Olha você de novo Floyd.- digo.

- Março, como vai a gostosa da sua namorada?- pergunta.

Aponto minha arma para sua perna e atiro.

Vejo uma amiga e companheira de trabalho chegar perto de Aurora e a levanta com cuidado.

- Leva ela para o carro.- digo.- Vamos ter uma conversa séria Floyd.

Antes que falar alguma coisa.

A porta é aberta por uma garota, especificamente Jessica.

Assim que ela olha toma um susto.

- Acho melhor não sair sua vadia.- diz Márcia.

Márcia pega a arma e aponta para ela.

Isso vai ser divertido.

Aurora:
Soluço muito.

Eu chorava pelo alívio, e pela dor em todo o meu corpo.

- Calma ok?- ouço a mulher dizendo.

Assinto tapando meu corpo.

Por um segundo...aquele homem teria me...

Eu sentia nojo, ele tinha me tocado.

Vejo de longe meu namorado.

Ele estava chorando enquanto abraçava Isadora.

Assim que seu olhar vem até mim ele corre em minha direção me abraçando.

- Meu amor...- susurra.

- J-jasper.- susurro soluçando.

Ele me aperta ainda mais.

Retribuo soluçando ainda mais.

- Está tudo bem agora meu amor, ninguém vai te machucar. Ninguém.- diz.- Eu te amo baby.

Deito minha cabeça em seu ombro sentindo meu corpo relaxar.

Sinto minha cabeça latejar e minhas pernas falharem.

Por fim, apenas ouço Jasper me chamando e desmaio.

(828 Palavras)

Enfim, atualizei.

Me perdoem pelo capítulo ruim, tive um dia cheio.

Então babys, só digo que a história falta bem pouco. No máximo três capítulos, e o epílogo. Depois eu postarei uns bônus.

Enfim, 'tá acabando.

Espero que tenham gostado do capítulo.

Amo vocês

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