Cap. #3:

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-TIA KAOOORIIII!!!!!! VEM VER ISSO!!!

Alguns segundos depois ela abre a porta desesperada e ofegante.

Kaori: PELO AMOR DE RIKUDOU, O QUE HOUVE?!

Fiquei longos segundos em "choque" de frente pro espelho enquanto ela tornava a perguntar o que houve. Depois de uns segundos de tensão, só consegui apontar pro meu rosto, e eu mal consegui falar.

Nanokari: V-você não tá vendo isso..? -Balbuciei-

Kaori: Vendo o que?! -Respondeu em desespero- Fala comigo!!

Virei pra ela ainda assustada com o reflexo e sinalizei de forma exagerada indicando que era do meu rosto que se tratava.

Nanokari: Tia? Vai dizer que acha isso aqui normal?! Veja meus olhos!

Kaori: O que há de errado, minha flor? Estão vermelhos? Caiu um cisco? Deixe me ver... -Disse se aproximando-

Nanokari: Tia... meus olhos estão claramente negros! Como você não vê?! -Digo ainda assustada-

Ela parecia completamente confusa com aquilo tudo. Então cruzou os braços e rapidamente o olhar de confusão foi tomado pelo de desdém e reprovação.

Kaori: Se essa é mais uma das suas pegadinhas sem graça, pode parando viu mocinha! -Começou- Você sabe muito bem que eu adoro você, mas essas piadinhas me deixam extremamente chateada com você. -Continuou enquanto se afastava, se virando contra mim- Você lembra qual foi seu castigo da última vez que fez isso. A menos que queira sofrer a mesma punição por bobeira, sugiro que pare com a gracinha.

Dito isso, ela já estava na frente da porta com a mão na maçaneta e a girou, abrindo a porta. Antes de sair do cômodo por completo ela se virou e disse:

-E vê se a senhorita se banha logo. Preciso fazer outras coisas no Hospital, mas ainda tenho que enfaixar sua cabeça.

Permaneci estagnada no mesmo lugar desde o inicio de tudo. Não tive reação ao ouvir aquelas palavras da tia Kaori. E mesmo ela estando errada sobre ser uma piada, não consegui reproduzir um mísero som. Só fiquei ali, sem reação. Com uma versão minha horrível me encarando no espelho.

'Vou tratar de me banhar logo.. Mas antes vou só checar se eu estou alucinando mesmo ou se eu devo me preocupar.' -murmurei pra mim mesma-

Tomei coragem e olhei. Não, não estava alucinando. Realmente tinha uma coisa assustadora que eu só podia imaginar em um dos livros que eu havia lido. Eu sabia que era realmente meu reflexo porque conforme me movia, a figura também se movia.

Porém as nossas expressões eram completamente distintas. Enquanto eu sabia que tinha uma expressão de pavor, medo e estranheza em meu rosto, meu reflexo tinha uma expressão sádica, assustadora e extremamente intimidadora.

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