-Meu herói-

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Bato na porta e espero um pouco.

-JÁ VAAAAI! – Ela diz logo ao abrir a porta. –Kirishima, querido! Como está? Entre!

-Oi, tia Mitsuki, eu vim ver o...

-O Bakugo está lá no quarto. Pode entrar meu amor.

Tiro meu tênis e subo as escadas, que dão logo de cara com o quarto dele.

Abro a porta e já ouço um espirro abafado pelo travesseiro. Bakugo está totalmente enrolado nas cobertas e envergado na cama. Ele é tão fofo assim.

-Oi Katsuki, eu vim te ver.

-Kirishima, seu merda, são seis da manhã de sábado. Pelo amor garoto.

-Eu vim cuidar de você e passar o dia com você... E Ah, eu trouxe a matéria da semana também!

-Eu sei *ATCHIM* me cuidar sozinho seu... Merda.

Coloco minha mochila com as coisas que eu trouxe pra ele em cima de sua escrivaninha. Chego mais perto dele, e com um lenço limpo seu nariz de leve para não machucar.

-Sai de perto de mim... Idiota... Você vai pegar. Filho da puta.

-Sem problemas. Eu sou másculo e forte o suficiente. Não vou pegar uma gripe de nada. – Dou um sorriso enorme, e o vejo sorrir também. – Viu? Você riu. Eu sei que você me ama Bakubro!

-Como pode ter tanta certeza, hein cabelo de merda? – Sua voz é baixa, e ele quase desaparece nas cobertas.

-Eu sei por que... Eu te amo também. E se eu te amo você me ama. Bom. Mudando de assunto, sua mãe disse que vai sair a trabalho, e por isso eu vim pra ficar contigo.

-Pega mais uma coberta no meu armário... Por favor.

Abro o armário e vejo uma foto nossa em um porta-retrato.

-Você ainda tem essa foto? – Digo com emoção.

-Ah, tanto faz. Cadê a porra da minha coberta?

-Aqui, calma, calma. Só fiquei feliz de ver que ainda tem a nossa foto do baile.

-E você achou que eu ia fazer o que com ela? Enfiar no cu? – Ele se enrola com mais uma coberta e me da às costas. Mas de qualquer forma, eu vi seu rosto vermelho como um tomate preste a ser colhido. Agora resta saber se é por conta da vergonha ou da febre. – Kirishima... Você pode... Deitar comigo?

Sua voz é tão manhosa e o convite é tão fofo que eu me recuso a dizer ''não''.

-Claro bro.

-Para de me chamar de ''bro''.

-Prefere bombinha? Katsu? Baku-baku? –Digo rindo e me dirigindo a cama, quando ele simplesmente abre a coberta e me puxa, fazendo com que eu fique corpo a corpo com ele e olhando profundamente em seus olhos.

-Me chama de... Qualquer coisa. Só quero que você entenda que... Eu não sou seu... Bro.

Passo minha mão no seu rosto, e sinto sua pele queimando de febre. Essa pele macia fofinha que nem um bumbum de bebê.

-Kiri... Obrigado por vir me ver.

-Nada... Eu sempre vou estar com você acima de tudo. Tudo mesmo. – Continuo fazendo carinho em seu rosto, e subindo para seu cabelo.

Seus olhos se fecham de leve, e seu rosto se contrai em... lágrimas?

-Ei, Baku-baku. O que houve? – Limpo as lágrimas com meu dedo e dou beijinhos por todo o seu rosto molhado por elas. – Você está se sentindo mal? Eu trouxe alguns rem-

-Por quê? – Sua voz trêmula e inesperadamente baixa me surpreende.

-O que? Por que o que?

-Por que, depois de tudo que eu fiz... Você ainda está do meu lado? Eu te xingo a cada um minuto e você ainda está do meu lado com toda essa força. Por quê?

-Não é óbvio pra você Katsuki. Eu... Sou totalmente... Apaixonado por tudo em você. Esse seu jeito estressado é super másculo. E eu entendo seu lado. Mas você tem que entender que você não é só isso. Você é a pessoa mais linda e... A que eu mais me apaixonei até hoje.

-Muito gay você hein.

-Eu sou totalmente gay por você. Eu amo você Katsu. Eu quero gritar pra todo mundo o quanto eu te amo.

-Eu... Eu... Hmm...

-Fala. Eu sei que você consegue. Deixa o amor fluir no seu coração e fala.

-Eu amo seu... Cabelo, seus dentinhos pontiagudos, e quando brinca comigo fazendo cosquinhas mordendo minha barriga. Eu amo... Seu otimismo por mais que ele me irrite um pouco. E... Eu... Eu... Eu... Eu amo... Você Kiri.

O abraço, e deito em seu peito. Seu coração está a mil. Ele está nervoso.

-Ei, se acalma... Seu coração está acelerado.

-Culpa de quem? Né?

-Do amor da sua vida.

-Exato. Culpa sua... Quero dizer... Esquece.

-Sabe. Eu quero passar minha vida com você Baku-baku. – Levanto meu tronco e dou um beijinho no seu pescoço. – Você pretende... Viver comigo? – Deposito ainda mais beijos enquanto ele não responde.

Mas sou interrompido, quando ele pega no meu cabelo, e me puxa pra um beijo.

Esse beijo desmorona qualquer barreira negatividades que estavam na minha mente. Agora, era só isso. Eu e ele.

No final de um beijo que para mim demoraram mais de sete meses, ele me atingiu com seus olhos rubis, mas não com aquele olhar mandão e bravo de sempre. Mas sim, um olhar completamente amigável, amoroso e submisso.

-Eu prometo Kiri... Que eu vou amar você até o meu último suspiro nessa terra. Eu quero ser o número um pra você sempre.

-E eu prometo Katsuki. Que vou amar você mesmo após meu último suspiro. Você já é meu herói número um.

Number one - Kiribaku one shotOnde histórias criam vida. Descubra agora