Sina com 18 anos descobre um câncer no fígado - um dos cânceres mais periogosos - Sina já cansada dos tratamentos e de se sentir fraca desiste da vida, o que aconteceria se um médico entrasse no quarto errado?
"Parece que o médico que te diagnostic...
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Deinert
A lei de Murphy diz que se algo pode dar errado, dará. De acordo com o Google, a Lei de Murphy é um adágio ou epigrama da cultura ocidental que normalmente é citada como: "Qualquer coisa que possa ocorrer mal, ocorrerá mal, no pior momento possível". E era isso que estava acontecendo comigo, eu já estava fraca de tanto vomitar, minha pressão estava mais baixa do que o normal e eu estava com tanta febre que eu tinha certeza que se colocassem um ovo em cima de mim ele fritaria.
Eu não consigo dormir pois estou com medo de passar mal de novo. O quarto estaria em total silêncio se não fosse o monitor de batimentos cardíacos, estou com a sensação de que meus batimentos estão fracos, prefiro ignorar, deve ser algo da minha cabeça.
Dormir em um hospital é algo um tanto quanto complicado, nunca fica calmo, sempre escuto coisas como "Parada cardíaca" "Código azul" "Saiam da frente" "Enfermeiros, me ajudem ele está tendo uma convulsão" e por aí vai. Era triste saber que pessoas ao meu redor estavam morrendo, eu tenho medo que uma hora os gritos sejam por que eu estou precisando de ajuda.
"Maldita lei de murphy" foi o que eu pensei no momento em que o monitor começou a apitar avisando que eu estava tendo uma parada cardíaca, eu tentava abrir os olhos mas não conseguia, tentava gritar por ajuda mas meus lábios nem se moviam. "Mas que droga" novamente pensei já que eu não conseguia gritar. Aos poucos meus pensamentos foram sumindo junto com meus sentidos. Então, esse será o meu fim?
-Chamem o Dr. Urrea - alguém gritou - AGORA! - foi a última coisa que eu ouvi antes de apagar por completo.
Narradora
Do outro lado Urrea tomava seu café para despertar e logo voltar ao seu plantão.
-Dr Urrea - uma enfermeira entrou na sala ofegante - A Sina - na mesma hora Urrea largou sua xícara.
-O que tem ela? - perguntou preocupado.
-Está tendo uma parada cardíaca - a enfermeira tentava recuperar o fôlego.
Urrea nem permitiu que a enfermeira terminasse e saiu correndo, Urrea nunca havia corrido tanto como correu naquele minuto. Assim que chegou na sala os internos faziam massagem cardíaca em Sina.
-Desfibrilador - Urrea pediu - Carrega em 200, afasta - gritou - de novo - ele esperou que desse algum resultado, mas nada acontecia - carrega em 300, afasta - ele respirou fundo na tentativa de se acalmar - vamos Sina, reage.
Todos na sala estavam tensos, mas nenhum coração batia mais rápido do que o de Noah. Ele estava apavorado, Sina estava reagindo tão bem aos tratamentos, por que uma parada cardíaca justo agora?
-Carrega em 300 de novo - seu desespero só aumentava - afasta - e mais uma vez, nada aconteceu - vamos Sina, reage por favor, eu sei que você é forte.
-Quanto tempo? - perguntou aos internos.
-15 minutos - um deles respondeu.
-Droga! Vou fazer massagem cardíaca.
Noah tentava de todas as maneiras possíveis, mas Sina não correspondia.
-Sina, por favor!
Noah tentava segurar as lágrimas, Sina não era apenas sua paciente agora, além de tudo era sua amiga e ver ela naquele estado, a beira da morte, era desesperador.
-Dr Urrea? - chamou uma interna - Acho que estou vendo um batimento cardíaco.
Noah secou algumas lágrimas e olhou para o monitor, a linha não estava completamente reta e isso era nítido.
-Tem batimentos cardíacos - Urrea elevou um pouco seu tom no intuito de comemorar, ele sabia que Sina resistiria.
-Vamos, desfibrilador uma última vez - ele pediu - carrega em 150, afasta - todos olhavam ansiosamente para o monitor esperando que os batimentos voltassem ao normal, mas novamente nada acontecia.
Antes que pudessem continuar um barulho ecoou no quarto, "Beep, beep..." os batimentos voltaram. Sina estava viva!
