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Grego

Olhava ela uma vez ou outra, e sempre estava limpando alguma lágrima que caia

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Olhava ela uma vez ou outra, e sempre estava limpando alguma lágrima que caia. Não acho maneiro isso não, papo reto.

Foi horas de viagem, até ela começar a dizer aonde eu andava naquele cubico de lugar. Entrei no bairro dela sem muito escândalo.

Quando parei em frente a casa que ela disse que era da vó, já estava amanhecendo. Ela desceu do carro e pelo visto, não tinha ninguém.

- Oi- apareceu depois de muita gritaria, com a cara na janela cheia de remela.

Letícia: Sabe dizer se minha vó saiu, ou tá aqui?- foi coisa de segundos pra ela aparecer na porta.

- Lelê, sua vó foi pro hospital da cidade. A Stefany até tá com ela. Da última vez que vi foi ontem pela noite.

Letícia: você sabe o que aconteceu?- falou com a voz tremendo já.- e a moça concordou com a cabeça.- Tá bom, obrigada.

- Nada. Precisar de ajuda, ou algo do tipo.- ela sorriu fraco entrando no carro de novo.

Letícia: Não queria abusar. Mas pode me levar no hospital daqui, não é muito longe.- colocou o cinto- Tudo bem?- Liguei o carro, voltando de ré.

Liguei o som depois de minutos, só pra tirar o silêncio estranho. E novamente deixei que ela me guiasse.

Letícia: obrigada.- tirou o cinto me encarando.

Até ia ficar no carro, mas não achei uma ideia legal. Estacionei quando achei uma vaga.

Entrei dentro do hospital, e nem encontrei Letícia. Sentei em qualquer cadeira, pegando meu celular. Tinha algumas mensagens de Julia, mas eu nem abri.

Adiantei algumas coisa por celular, e enchi Gaguin de esporro. Vacilão.

Stefany: ela precisa de você.- sentou do meu lado com o olho maior que a boca.- tá vindo já.

Grego: a tua vó foi?- Ela concordou olhando pra cima.

Continuei na mesma posição esperando a bonita. Demorou abeça, mas apareceu chorando também.

Abracei ela bem apertado, que soluçava na minha blusa, minha blusa véi.

Letícia: eu não sei o que eu vou fazer.- se soltou fungando.- Eu tenho 24 horas.- riu sarcástica.

Stefany: ô meu deus- voltou a chorar.

Grego: fala- sai de perto atendendo o celular.

Gaguin: que história mal contada é essa?

Grego: não é história mal contada não. Também nem acho ético eu contar.

Gaguin: explica.- desliguei e sai pro estacionamento.

Fiquei esperando Letícia mais a garotinha. Apareceram na maior choradeira, e eu liguei o som pra descontrair.

Grego: ir pra onde?- encarei ela.

Letícia: a casa de mais cedo.- falou encarando o vidro.

continuaa..

Por amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora