Letícia
Exatas 4:21 da manhã, já conseguia ouvir o fungo de choro pela Stefany e até mesmo por mim
Nesses últimos dois dias eu tentei aproveitar elas de todas as formas, não vi nem Julia, muito menos Grego.
Meu coração chega fica apertadinho, eu já implorei pra vó ficar comigo, não queria ficar aqui sem ela, eu me acostumei, minha vó é meu tudo, não consigo ficar sem, vô chora
Letícia: por favor vó
Carla: vamo você pra lá minha filha, aqui é muito perigoso. Vovó cuida de você la
Letícia: vó eu tenho uma vida aqui já
Carla: e eu tenho uma lá- me abraçou- eu ainda vou vim mais vezes, para de chorar
Stefany: não quero ir véi
Carla: nem começa. Queria dar um beijo no Gaguin
Letícia: ele ta de plantão, não ia dar
Carla: eu sei, tá me entendendo por que não quero você aqui?
Letícia: eu amo esse lugar, já é meu cantinho, é perigoso mais eu sei me virar.
Carla: eu sei meu bem.- me abraçou mais forte
Ouvi a bozinha do carro que Gaguin mandou arrumar pra elas irem.
Letícia: aqui ó, vofe vai cuidar da vovó. Não dá estresse pra ela Stefany, se eu souber vou te quebrar na porrada, tô nem brincando- abracei ela- Se cuida também, prima ama você
Stefany: eu não quero ir
Carla: mas vai, bora me ajuda aqui
Paçoca: Tá tudo certo então?- elas concordaram e meu peito doeu tá, e doeu muito
Letícia: vai com Deus gente
Carla: amém filha- colocou o sinto- eu te amo muito tá? Muito mesmo. Tô cheia de orgulho de você, linda- concordei chorando horrores- esquece não, qualquer coisa liga pra vovó.
Letícia: também te amo, vai avisando aonde vocês estão.- eles concordaram e foram. Fiquei olhando até virarem a esquina e entrei.
A neblina geladissima, friozinho que estava começando a ficar, de noite ainda. Entrei trancando a porta.
Bebi um copo de água, e fui pro meu quarto, liguei o ar e tentei voltar a dormir. Falho demais, não conseguia de jeito nenhum
Mandei mensagem pra grego perguntando se ele estava no plantão e se podia vim aqui, tava me cagando de medo, e a mensagen só foi entregue, celular dele vive no silencioso.
Cochilei um pouquinho quando acordei no susto, era ele me ligando
Letícia: oi
Grego: tô acabando aqui, dez minutos tô aí, deixa o portão destrancado
Letícia: tá só encostado, passa pela porta de trás
Grego: tá bom.- desliguei a ligação
Voltei a tentar tirar um cochilo, mas eu sou complicadassa pra dormi quando estou tensa, e nem sabia porque
Senti a maçaneta virar, e já imaginei quem seria. Levantei destrancando a porta e não vi ninguém, ele tá pra gracinha hoje
Letícia: grego para de graça, tem quantos anos?
- Entrai aí e fala baixo-apontou a arma pra mim- Teu namoradinho chegou, você vai dispensar ele, e tudo vai correr bem pro teu lado
Letícia: o que ce tá fazendo ? O que te fiz véi?
- Vou me esconder no banheiro- apontou- não tenho medo de atirar se você ficar de graça.
Grego: Letícia- a voz dele ecoou pelo corredor, já estava chorando silenciosamente- que foi?- chegou perto de mim me abraçando
Letícia: saudade da minha vó já- falei com minha voz por um fio-. Mas vai embora, não quero que me veja assim- comecei a fazer sinais com os olhos
Grego: desde quando liga pra isso?
Letícia: vai embora, por favor- apontei meu dedo pro banheiro mas o idiota não entendeu ainda
Grego: você sabe que eu não vou.- tirou a arma da cintura
Eu sei que eu sentei atrás da cama e tampei os ouvidos, logo dois disparos veio. E veio pro quarto.
- Falei pra não tentar gracinha
Senti minha costela queimar, e eu começar a ficar fraca. Pude escutar so mais um e um corpo ser jogado do meu lado.
Grego: Letícia caralho- colocou a mão na minha aonde estava ardendo- Fica namorazinha aí- colocou um pano por cima- Vai falando comigo- me pegou no colo
Letícia: tá doendo- falei em susurro, sentido meu corpo começar a molengar- Não vou conseguir.
Grego: vai sim.
Letícia: Grego..- meu olho fechou no automático
Grego: Letícia- me balançou, foi a última coisa que ocorreu com eu consciente
continuaa..