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Anaile

-Boladão, atento com os otário, focado no momento e é isso, pacífico se possível, violento se necessário , mano, não nasci pra pedir, eu tomo - canto baixinho , enquanto dou os últimos toques na maquiagem e ajeitando o piercing no meu nariz , suspiro fundo , as vezes me arrependo de ter virado advogada , e cada uma que me aparece

Desbloqueio meu celular ligando logo para meu irmão

- Qual foi Pablo? Já tô aqui - digo bufando

- ih vinte dois , calma o popô tô indo aí te buscar - ele fala rindo , reviro os olhos

- tá certo- desligo

Pego minha bolsa e ajeito minha roupa assim que saio do carro , travo e vejo Pablo parado sorrindo feito idiota pena que é muito bonito meu irmão mesmo

- qual é,  doutora  - ele diz rindo

-cala boca Pablo- digo rindo

-Pablin,  vinte dois - me da um tapa na cabeça

- aí, idiota - ele rir e me oferece o braço vamos conversando sobre assuntos aleatórios até um barco encostado na margem da praia enorme e bem atraente

- se liga Ana, toma cuidado com o que vai falar - ele me olha sério e dou de ombros

- vou fazer meu trabalho- digo e chegando mais perto do barco percebo alguns rapazes armados de escolta a música e o cheiro de drogas misturadas com carne era evidente e perceptível facilmente

Subimos no barco calados Pablo comprimenta todos , somente solto breves sorrisos até que chegamos , não demonstrei mas fiquei chocada com o quanto de mulheres com minúsculas calcinhas e com peitos expostos , isso era sem comentários olhei aquilo tudo sem demonstrar uma reação afinal eu não vim aqui trabalhar não para questionar algo vejo em uma mesa homens portando armas de todos os tamanhos e modelos, muitas drogas e bebidas mulheres sentadas em seus colos fumando e me olhando com olhares de superioridade "Patético " essa é a palavra dentre eles um me olhava atentamente fumando com um olhar frio um rosto extremamente sério , Pablo se aproxima do mesmo

- Patrão, minha irmã e advogada , Anaile - ele diz se sentando pegando acendendo um e de imediato uma menina de olhos puxados senta no colo dele , o tal do patrão levanta e vem em minha direção

- me espera no meu escritório- ele diz olhando sério e logo sai andando

Pergunto onde é o tal escritório e logo sou informada me sento em uma cadeira , respiro fundo e retiro minha prancheta logo a porta e aberta e perfume faz com que meu corpo extremessa todo ele passa por mim e com uma breve olhada vejo que está sem camisa e um pouco molhado , miro meu olhar para o seu que era frio e extremamente sério

- vc cresceu - ele diz quebrando o silêncio

- perdão,  a gente se conhece ? -tá me confundindo aposto

- sou amigo do seu irmão desde criança- ele solta a fumaça do seu paiol

- hum- respiro fundo - Bom ,preciso que vc diga o que posso fazer por vc

- o que acha que um dono da maior favela do Rio de Janeiro, e principal comandante do CV estaria sendo acusado? - ele puxa mais um pouco de fumaça

- senhor peço que não dificulte as coisas- digo séria , ele me olha e respira fundo e começa falar anoto tudo atentamente ,enquanto mordo a tampa da caneta lendo tudo que escrevi sinto seu olhar frio me observando- bom senhor Thiago, vou estudar seu caso na próxima conversa trarei o contrato e terá 1 semana para lê-lo atentamente e partiremos para as assinaturas logo após começarei meu trabalho - estendo a mão para ele que olha , permaneço posturadaele respira e aperta - até breve senhor Thiago  - digo me levantando

- Me chama de TH - ele diz sério- e para com essa porra de senhor,  vc tá falando e com vagabundo não com verme - balanço a cabeça positivamente

- desculpa não vai se repetir TH- digo e sorrio gentilmente , ele murmura um "jae" saio de seu escritório e vou direto para a saída do barco , vi uma cena horrorosa do Pablo com o pau duro não preciso ver mais nada , solto uma risada baixa com esse pensamento,  me sinto observada mas não do a mínima caminho até meu carro e ligo pra única que tiraria minha dúvida

- Fala tu meu bombom - digo rindo

- Fala tu baby - ela responde rindo

- tá arrumando mona ?- pergunto

- passa aqui pra me buscar gatissima, já tô pronta - ela diz

- kole mesmo Jéssica nem te convidei mané- falo rindo ela ri

- su casa mi casa querida , tô te marcando bj - ela desliga sem me da oportunidade de responder

Coloco uma música e vou cantarolando o caminho todo

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 DoutoraOnde histórias criam vida. Descubra agora