{62} Hogsmeade

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     Draco me puxou pelo braço me tirando do corredor e me puxando pra uma sala, apenas prendemos nossa respiração bastante assustados encostados na parede dentro da sala fechada enquanto víamos pelo mapa o ponto nomeado “Sirius Black” passar por nós.

   Nenhum barulho do lado de fora, a única coisa que eu escutava era o som do nosso coração batendo forte, não sei ao certo quanto tempo ficamos parados esperando, sei que em determinado momento, minha respiração voltou ao normal e meu coração quase se acalmou.

— Me... melhor irmos jantar.

   E andei até a porta, coloquei minha mão na maçaneta sem conseguir girar.

— Não vamos mais procurar a Vega Misttigan? — Perguntou Draco ao se aproximar de mim ainda meio nervoso

   Respirei fundo e guardei o mapa na minha capa e o olhei com o melhor sorriso que eu consegui fazer, o que foi algo bem assustado.

— Acho que concordamos que não há nada de errado com ela né? Va... vamos jantar Dray, melhor.

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   Não vimos nem ouvimos nada a respeito de Black, mas ele tinha que estar no castelo. O mapa havia mostrado claramente o ponto com o nome daquele... meu Merlim, só de pensar fico nervosa, resolvi não comentar com ninguém sobre aquilo, mesmo que eu estivesse assustada, não podia justificar estar com Draco naquele corredor com aquele mapa e a esse momento duvido muito que Black ainda esteja aqui, além do mais, eu não o tinha visto, nem escutado se ele realmente passou por nós, apenas vi algo em um pergaminho, melhor esquecer isso.

   Algumas semanas se passaram e estava tudo bem, eu tinha esquecido a perseguição por Vega Misttigan, mas ainda via Draco sempre que possível. A notícia mais boa até então seria o fato de que Ravenclaw havia esmagado Huflepuff na partida de quadribol no final de novembro, o meu ânimo deu uma guinada definitiva para cima, embora eu ainda me sentisse uma idiota por ter gritado com o Diggory atoa. Mas não ia me entristecer, afinal, Gryffindor não fora eliminada da competição, embora o time não pudesse se dar ao luxo de perder mais uma partida. Ainda fico mal de não poder jogar, mas se tudo der certo, ano que vem será o meu ano de ganhar a taça de quadribol pra minha casa.

   Duas semanas antes do fim do trimestre, o céu clareou de repente até atingir um branco leitoso e ofuscante, e os terrenos enlameados da escola amanheceram, certo dia, cobertos de cintilante geada. No interior do castelo, havia um rebuliço de Natal no ar. O Professor Flitwick já enfeitara sua sala de aula com luzes pisca-piscas que, quando fomos ver, eram fadinhas voadoras de verdade. Os alunos estavam satisfeitos discutindo planos para as férias de Natal. Tanto eu, quanto Rony e Hermione haviamos decidido permanecer em Hogwarts mais um ano e, embora eu e meu irmão dissessemos que era porque não íamos conseguir aturar Percy duas semanas, e Hermione insistisse que precisava consultar a biblioteca, acredito que Harry sabia que era porque queríamos o fazer companhia.

    Para alegria de todos, exceto pelo visto Harry, houve mais uma visita a Hogsmeade no último fim de semana do trimestre.

— Podemos fazer todas as nossas compras de Natal lá! — Exclamou Hermione — Mamãe e papai iriam adorar receber fios dentais de menta da Dedosdemel!

   Não pude deixar de notar o quão chateado Harry devia estar, o garoto estava resignado com a ideia de que seria o único aluno do terceiro ano a não ir, ele até pediu emprestado a Oliver o livro Qual vassoura para passar o dia lendo sobre as diferentes marcas. O que me lembra que ultimamente ele andara montando uma vassoura da escola nos treinos do time, uma velhíssima Shooting Star, que era demasiado lenta e instável; decididamente como o melhor apanhador do colégio ele precisava de uma vassoura nova. Mas não era o único.

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘, draco malfoy [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora