Capítulo 1

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Parado em frente a um orfanato ordinário em óbvia declinação, com o receio de tocar a campainha em mal estado, desejando de que pelo menos ele estivesse funcionando. Ao acaso ele teria que reunir coragem suficiente para bater na enorme porta, que parecia o engolir e com os susuros gritantes quase inaudíveis de que ele estava cometendo um erro ao estar no local que sempre empenhou-se a negar a submissão.

O menino em exaustão tentava ignorar os zumbidos ou a febre decorrente a ficar tantas horas correndo na chuva. Se decidissem a nega-lo o abrigo, ele estava determinado o suficiente a até mesmo dormir sobre a rua, nem que tivesse que implorar por apenas um meio de fugir durante aquela noite fria.

Ele preferia muitas coisas ao invés de voltar para a casa dos seus tios, a sua chamada "família" que não pensava duas vezes ao tranca-lo em um armário, sem saber quando seria a sua próxima refeição.

Qualquer um que ouvisse isso pensaria que não seria muito diferente de viver na rua sem a menor ideia de como cuidar de si mesmo.

Mas as marcas roxas em seu corpo ditavam ao contrário, os gritos de dor que escapavam de seus lábios, mesmo com todo o esforço mental de que não demonstraria fraqueza.

Mesmo sendo ele o único a sentir dor, ele se culpava de ter retrucado, ou se tivesse feito um trabalho melhor em relação a limpeza da casa, pensava que teria ganhado um soco a menos.

Mas que culpa teria uma criança de ter crescido em uma casa com aspectos tão abusivos?

Reunindo a pouca coragem que lê restava naquela noite, o menino com as mãos trêmulas e roupas incrivelmente molhadas, bateu três vezes na enorme porta que o desafiava. E esperou...e esperou...

E quando aceitava o fato de que teria que bater na porta de novo, uma senhora de meia idade com feições duras e um cabelo grisalho preso com tanta força em um coque que certamente seria doloroso para se passar o dia, pressionando o óculos aos olhos para olhar melhor a pequena criança em sua frente. "O que está fazendo aqui?".

Engolindo em seco o garoto se concentrou a olha-la nos olhos em quanto tentava fazer um papel de criança abandonada.

"M-meus país me deixaram aqui e falaram para eu entregar isso..." Pegando um envelope com uma quantia generosa de dinheiro que ele por acaso teria pego "emprestado" de sua querida tia.

A senhora pegou o envelope e examinou o dinheiro junto com uma carta bastante convincente que o garoto prepositalmete escreveu, para ter a certeza de que seu plano feito as pressas teria a maior probabilidade de sucesso.

"Entre senhor.." fazendo um aceno para o espaço aberto no vão da porta e uma expressão de dúvida em seu rosto a senhora gesticulou para que o garoto entrasse.

" Harry, meu nome é Harry Potter senhora" disse o garoto quase em uma pressa imediata, querendo se dar um soco por ter esquecido de mencionar o seu nome na carta.

"Fique aqui garoto, vou buscar uma toalha" disse a senhora com a testa enrugada em óbvio desgosto.

Com pequenas esperança de que a senhora não o fizesse mais perguntas e o dinheiro a ajudasse a ter a ignorância, Harry parou hesitante em frente a escada de madeira desgastada com apenas dúvida e preocupação em sua mente. Ele não pensava que os seus tios o procurariam e estava com determinação o bastante para jurar que nunca voltaria aquela casa, mas eles sempre o ameaçavam com o fato de que o colocaríam em um orfanato, descreviam como o lugar mais assustador do mundo.

Apesar do medo de estar em um lugar que não conhecia sem ninguém para o auxiliar, e ter aparecido ali por pura impulsão e desespero, Harry estava mais do que aliviado em ter finalmente saído do inferno chamado de casa, em sua mente o orfanato assustador da história dos seus tios não seria pior do que eles eram.

A senhora depois reapareceu com uma toalha na mão e algumas roupas. "Quantos anos você tem rapazinho?" Disse a senhora voltando a habitual interrogação

"Eu tenho dez anos senhora" Essa foi uma das poucas coisas que o menino disse hoje que não foi uma mentira, embora ele parecesse ter menos graças ao tratamento nada acolhedor de seus tios, Harry tinha feito dez anos poucas semanas atrás.

"Entendo. Pode me chamar de Sra.Evelyn, e saiba que eu não tolero bagunças e mal comportamento". Encolhendo os olhos a Sra.Evelyn gesticulou para Harry subir as escadas e chamando sua atenção para não fazer nenhum barulho. Parando em frente a um quarto em um corredor longo e janelas apenas ao fim de cada ponta, a senhora se virou para o menino que parecia bastante nervoso. "Temos este quarto sobrando, o seu companheiro se não me engano, tem a mesma idade que a sua, embora ele não seja nada agradável com as outras crianças, eu não quero saber de reclamações ou de brigas idiotas"

"Sim, senhora" Harry não se importava muito com quem quer ele tenha que dividir o quarto, se fosse uma criança tão incomoda quanto a mulher de meia idade fazia parecer, ele poderia apenas fingir ignorância igual ele tinha feito com seu primo Duda a sua vida toda.
A senhora assim que abriu a porta do respectivo quarto empurrou o menino para dentro junto com a toalha e algumas roupas, que ficavam um pouco grande no corpo da pequena criança.

E assim logo depois de ouvir o barulho de tranca na porta, Harry viu um garoto que apesar de ser um pouco mais alto, realmente parecia ter a mesma idade. Ele o estava observando Harry de uma cama ao lado uma única outra com expressão fria e olhos o fitando em desconfiança, mesmo estando escuro com apenas a luz da janela iluminada pelos postes de luz da rua, Harry ainda conseguia ver os olhos azuis que o seguirão até Harry parar ao lado da cama com a toalha sobre os cabelos e deixando a roupa ao lado.

"Olá..." Sem ouvir nenhum comprimento em resposta Harry continuou " Meu nome é Harry, e o seu nome é?" Ainda sem um retorno do menino misterioso, Harry assumiu que pelo menos ele o ignorando eles não iam ter uma convivência tão desagradável. Enquanto se ajeitava na cama estreita com olhos cansados e sonolentos, com uma tristeza trancada lá no fundo, pois sabia que partir daquele momento ele estaria sozinho em um lugar totalmente novo e sem ninguém com quem buscar apóio, os
Dursley eram muito piores isso era claro mas ele conhecia a casa e até conseguia buscar conforto em seu pequeno armário.

Quando Harry já estava quase fechando os olhos, quando o garoto da cama ao lado se deitou e pareceu se aconchegar nas cobertas, ainda olhando para o rosto do menor em busca dos olhos de esmeralda, que faziam um esforço para se manterem abertos.

E para a surpresa de Harry, o garoto que até então parecia que não ia dizer uma única palavra, se virou para Harry e disse com uma voz fria que ainda assim parecia aconchegante..

"Meu nome é Tom... Tom Riddle..."

E com um pequeno sorriso no canto da boca Harry disse com um alívio

"Muito prazer tom"

E desde então Harry não se sentiu tão sozinho, quanto achou que ficaria.




💌 Para essa história eu tomei a liberdade de retirar o efeito de que um filho nascido da poção do amor não poderia amar, sejamos claro um romance saudável não daria muito certo com isso.

Mas isso não significa que vai ser um amor fácil, visto que tom vai fazer o possível para negar qualquer sentimento, achando que amar é um sinal de dependencia e fraqueza, quando na verdade é muito mais do que isso.

• Por favor me avisar em qualquer erro que encontrar. E pode ser que eu faça algumas modificações nos capítulos.







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