Capítulo 21

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      Posso dizer com propriedades, a vida da pessoa que precisa de dinheiro é dificil

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      Posso dizer com propriedades, a vida da pessoa que precisa de dinheiro é dificil. Imagina ter que acordar cedo. Para alguns, ter que pegar mil ônibus, metrôs para poder chegar ao seu trabalho e ter que passar o dia inteiro recebendo ordens sem poder reclamar de nada. Desgastante. É um preço bem caro a se pagar por um erro de estado.
    No meu caso, minha querida patroa sente prazer em me ver sendo sendo seu capacho, pau mandado ou seja lá o termo que ela provavelmente usa para justificar seu abuso de poder.

     A pequena padaria era em outra rua longe da empresa. Felizmente estava com pouca gente, pude sair mais rápido do que o esperado com esses malditos bolinhos que a senhora endiabrada me fez comprar pra sustentar a droga dos seus caprichos. O que tinha o estabelecimento de calmo, as ruas de LA estavam simplesmemte lotadas, como se Lady Gaga estivesse pronta para dar um show naquelas calçadas, era dificil de passar e ver, digamos que minha altura não favoreceu nenhum pingo a minha visão.
     No meio de toda a multidão, esbarro em alguém acidentalmente, colidindo nossos ombros.

— Desculpe-me

    De repente, tudo parecia em câmera lenta.
    Os carros não pareciam estar na velocidade normal, nem as nuvens, nem as pessoas, todas elas pareceriam estar quase parando. A voz sombria e distante, o cheiro forte de ferrugem e óleo, como se estivesse impregnado minhas roupas, arrepiou até os pelos que eu nem sabia que poderiam existir para serem arrepiados. Não sei explicar a sensação, mas foi algo incomum, uma energia ruim.

     Olho para trás na esperança de ver algo, mas o bendito sobretudo marrom havia desaparecido no meio daquela enxurradas de pessoas.

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    Acabei decidindo por pegar um ônibus estava exausta demais para caminhar tantas quadras, fiz um movimento de rotação com meu pescoço para me alongar e me deparei com uma situação lamentável e nojenta. Uma garotinha, parecia ser menor de idade, estava parada segurando uma barra para não cair, pois um imbecil estava tentando toca-la por debaixo de sua saia e a encoxando fazendo-a perder o equilíbrio. Não me concentrei antes o suficiente, mas agora podia ouvir as lamúrias da pequena tentando se livrar daquele infeliz, e devo dizer que aquilo não me agradou. Me aproximei da garotinha e entrei na frente dela, o crápula comemorou como se nós duas fossemos prêmios, mas assim que ele tentou avançar suas mãos sujas em mim, apertei com toda minha força, sem dó. Tenho certeza que o outro lado do mundo ouviu seu berro.

— Ops! Para sua sorte, foi só um aperto, eu poderia ter arrancado um, por um de seus dedos para te ensinar respeitar crianças, mulherers, idosas não importa. Não toque-nas nunca mais, ou se considere sem mãos, porquê eu vou atrás de você.

     Digo baixinho só para que ele escute, o mesmo desce do ônibus choramingando de dor. Não me arrependo. Agacho na frente da menina e observo os olhinhos marejados com uma mistura de pânico e medo.

Fight Like A GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora