Epílogo

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— Se for menino, Engin. Se for menina, Aysun. Eda sorriu.

— Não é muito grego...

Seu marido afastou a objeção com um gesto de mão e afagou o contorno redondo de sua barriga.

— Ele chutou! — a voz de Serkan estava maravilhada.

— Ou ela! — disse Eda, apertando a mão do marido e repousando a cabeça em seu ombro. — Como posso ser tão feliz? — perguntou.

Com a mão livre, ele lhe acariciou os cabelos.

— Porque você merece — disse ele. Eda o beijou.

— E você também.

Para Eda, ainda parecia um milagre serem tão felizes. Desde aquela noite mágica, quando Serkan viera para clamar seu coração para si, sua vida virará de cabeça para baixo novamente.

Ele levara ambas para a Grécia e as colocara em uma mansão alugada em uma ilha particular.

— Não quero vocês expostas ao que virá — dissera a Eda —, será muito feio.

Fora então para Atenas, para enfrentar Ferhat Yildiz. Sua denúncia foi sem misericórdia — e também a cobertura de imprensa que se seguiu. O escândalo sobre o modo como um dos homens mais ricos da Grécia tratara sua própria neta chocara a nação. Isso, e o cancelamento da fusão esperada com a Bolat's Inc., causara uma queda abrupta nas ações da Yildiz, o que levara a diretoria da empresa a depor Ferhat da presidência. Foi forçado a se aposentar, transformado em um pária social.

O ataque que o matou um mês mais tarde fez com que poucos tivessem pena de um homem que não tivera piedade de ninguém.

Toda a sua fortuna passara para a neta desprezada, pois, em sua raiva de seu novo genro, ele destruíra o testamento em que deixava sua fortuna para o bisneto.

— Serkan — você tem toda a certeza do que quer que eu faça? Ele voltou os olhos para ela.

— Completa. A fundação Yildiz será um monumento adequado a seu pai — e sua mãe também concorda. Afinal — ele continuou — nós três sabemos o que é ser pobre, Eda mou. A fundação dará a chance a muitas crianças prejudicadas pela pobreza de suas famílias.

— Mas ainda podemos manter as ações da Yildiz, e você pode dirigir a companhia, como queria...

Ele balançou a cabeça, decidido.

— Não. Temos mais do que o suficiente, Eda. Nunca seremos pobres. Para mim, a fortuna de Ferhat está amaldiçoada. Sua negligência em relação a você o prova. Deixe-a ser bem usada agora. Talvez, se a usarmos para o bem, as pessoas possam ter algo agradável para se lembrar dele.

— Ele foi tão mau para mamãe, tão cruel, e ainda assim — a voz dela titubeou —, teve um fim miserável, morrendo só, sem uma alma que se importasse com ele...

— Mas ele também não se importava com ninguém... — Serkan respondeu. — Você e sua mãe não foram suas únicas vítimas. Quando a história saiu nos jornais, outras apareceram também, mostrando sua brutalidade e falta de escrúpulos. — Ele pegou sua mão. — E agora a fortuna é toda sua. Deixe que faça algum bem para outros, como ele nunca fez. Venha — disse ele, passeando pelo deque com ela — vamos aproveitar nosso cruzeiro de despedida nesse monumento ao mau gosto no design de iates!

Eda sorriu.

— Eu o amo, Serkan — disse ela —, tanto... Ele parou e a girou em seus braços, beijando-a.

— E eu a amo, Eda mou. Para sempre.

O futuro, brilhante e dourado como o sol do mar Egeu, sorria para eles, e eles caminhariam juntos em sua direção.

✩✩

ACABOU!!! não fiquem chateados (a) com o epílogo pequeno, pelo menos finalizei né kkkkk desde o início eu disse que ia ser uma história curta. Espero que tenham gostado e voltem para ler as outras histórias.

Beijos da misskeke

Fate ✩Onde histórias criam vida. Descubra agora