Em uma pacata cidade há alguns anos ela era consumida por assassinatos misteriosos envolvendo pessoas locais, até hoje não se sabe bem a causa dos crimes, assim como também não se sabe quem foi o assassino — que tinha o mesmo modus operandi — e se ele ainda vive e faz novas vítimas.
Havia boatos de que a cidade era mal assombrada pelos espíritos que tiveram seus corpos enterrados bem ali onde foi fundada a cidade de Pedreiras.
Até hoje contam essa história que esse mal terrível assombrou as ruas durante a noite e contavam em rodas de conversa que os crimes de anos atrás eram causados por tais espíritos que se vingou matando quem encontrar pelo caminho.
Há poucas semanas uma nova história surgiu em bares, salões de beleza na escola entre professores e alunos com alunos de que alguns ouviram risadas e gritos — uma voz masculina — durante a noite próximo ao cemitério, outras vezes próximo à Igreja Fonte Da Vida às risadas agudas e assustadoras.
Esses gritos começam a partir da meia-noite e três os fiéis das igrejas iam às missas todo domingo a partir das dez horas da manhã e muitos deles rezavam pedindo a Deus para que cuidasse de suas ovelhas, pois sentiam o mal muito perto deles.
Na época dos assassinatos as pessoas começaram a abandonar suas casas, trabalhos e amigos indo para outras cidades vizinhas deixando o terror de Pedreiras para trás, afinal ninguém estava realmente seguro e poderia ser a próxima vítima.
O medo se tornou presente naquela época e parece que agora voltou depois de tantos anos para fazer novas vítimas.
A primeira vítima da fatalidade é uma mulher de cinquenta anos aposentada que trabalhou no colégio da cidade como professora de português até duas semanas atrás, quando finalmente se aposentou.
Ela estava em sua casa já era bem tarde da noite e dormia tranquilamente em seu quarto — segundo os investigadores a casa inteira estava trancada com a chave — Solange foi morta dentro de seu quarto a cena foi tão assustadora que até alguns policiais não aguentaram ver a imagem da pobre mulher.
Solange deixou dois filhos e três netos.
Algumas pessoas sentiram mais a morte dela, do que outras, isso inclui alguns alunos que achavam uma velha rabugenta cheirando a naftalina.
O Colégio Romeu Santoro ficou por uma semana em recesso em respeito à professora.
Era uma segunda-feira às aulas já haviam voltado e os alunos e professores o mais rápido possível para corrigir provas e dar avaliações para as notas serem entregues no prazo.
A diretora Carmelita estava em sua casa na sala com o velho rádio ligado que havia ganhado ainda de seu primeiro marido Genivaldo ouvido suas velhas músicas de sempre.
Ela era aquele tipo de mulher de meia-idade que amava ter uma vida monótona e sem graça, amava sua rotina e fazer as mesmas coisas sempre para alguns, era algo chato, mas para ela não.
Carmelita era uma mulher que sempre foi muito rígida e pegava muito no pé dos alunos, claro que para ser uma diretora você precisa ser rígida — mas não era apenas isso com ela.
Carmelita tinha o apelido de bruxa, viúva negra e assassina de maridos — não que ninguém nunca tenha dito isso na cara dela, mas falavam por trás.
Ela se casou três vezes com homens poderosos que acabaram morrendo, mistério esse que a polícia nunca conseguiu desvendar.
A pergunta que todos fizeram por anos e ninguém soube responder com certeza era se Carmelita havia ou não matado os três maridos?
Apesar de ser uma bruxa com os alunos e dar castigos um tanto cruéis, Carmelita era devota a Nossa Senhora Aparecida, ia à Igreja todos os domingos e ouvia missas quando podia.
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1• Cuidado Com O Que Desejas - Série Desejos |concluída| +16
TerrorA avó de Antonella costumava aconselhar-lhe a ter cautela com o que desejava, mas ela nunca compreendeu o motivo. Até o dia em questão... Quando alguém morre de forma brutal na cidade, todos ficam preocupados, inclusive Anto. A garota só não imagin...