Se quiseres saber eu conto-te o quanto te achei irritante da primeira vez que eu te encontrei. O que me irritava era principalmente esse teu sorriso fácil e animação para tudo o quanto era coisa.
Se quiseres saber eu conto-te o quão insuportável eu achei a tua risada escandalosa no meio do refeitório da universidade. A maneira com que te rias era incrivelmente alta.
Se quiseres saber eu conto-te o quanto eu gostaria de não ser da tua turma na faculdade.
Se quiseres saber eu conto-te o quanto eu não entendia a maneira com que te esforçavas para tudo. Juro que não entendia como tu poderias colocar um disparate daqueles no teste da aula de economia só para não desistir de acertar a tal questão.
Se quiseres saber eu conto-te sobre a maneira como eu te admirei pela primeira vez, quando por acaso te encontrei no parque infantil perto da minha casa. Pela primeira vez vi-te sem aquela máscara sorridente que usavas em todo o lado, e julgando pela maneira como soluçavas, deveria custar muito a manter. Encontrei-me curioso pela primeira vez, queria saber mais sobre o aluno hiperativo da minha turma.
Se quiseres saber eu conto-te que a partir desse dia, me via cada vez mais fascinado pela imensidão azul dos teus olhos. Não penses que eu estava apaixonado, porque eu claramente não estava (ainda). Eu apenas me perguntava como nenhum dos teus ditos amigos notava a maneira abatida em que os teus olhos se encontravam.
Se quiseres saber eu conto-te de uma vez que eu me senti um stalker, eu ainda não consigo acreditar que te segui depois das aulas para tentar compreender melhor o furacão de emoções que tu eras. A minha pequena perseguição levou-me à porta de uma escola básica e pela primeira vez desde que te comecei a observar, vi-te sorrir verdadeiramente para aquelas duas crianças que te contavam sobre o seu dia.
Se quiseres saber eu conto-te o quanto comecei a ficar nervoso na tua presença ou na simples menção do teu nome. Não ajudava muito eu ter feito amizade com a doida da Sakura e a sua namorada, Hinata, que no caso, eram ambas amigas muito próximas tuas.
Se quiseres saber eu conto-te o quanto eu fiquei feliz quando trocámos mais que um "olá" numa conversa. Mesmo eu sendo muito fechado, a rapidez com que nos aproximámos era assustadora.
Se quiseres saber eu conto-te o quanto me doeu o motivo de chorares no outro dia no parque, e o motivo de andares tão cabisbaixo, mas se quiseres saber eu também te conto o quanto te admirei, pois apesar dos teus pais terem partido cedo demais deste mundo, e deixarem-te com dois irmãozinhos mais novos para cuidar - Ino e Deidara - tu não desististe e nem fugiste às tuas responsabilidades. Cuidar de uma casa sozinho, trabalhar, fazer faculdade e cuidar de duas pestinhas de 12 anos certamente não seria fácil.
Se quiseres saber eu conto-te o quanto eu fiquei feliz quando me pediste em namoro 3 meses depois de nos começarmos a aproximar e se quiseres eu conto-te o quanto mais eu fiquei feliz quando 4 anos depois me pediste em casamento.
E se quiseres saber eu conto-te o quão especial eu me senti quando o Deidara e a Ino me vieram agradecer por ter entrado na tua vida, e fazer-te feliz novamente.
Portanto, se quiseres saber eu conto-te que aprendi a amar todos os teus sorrisos fáceis, e todas as tuas lágrimas difíceis. Eu conto-te o quanto amo essa animação exagerada e desnecessária. Eu conto-te o quão acho incrível a tua risada alta e espalhafatosa que me faz esquecer todos os problemas do meu dia. Eu conto-te o quão agradecido eu sou por ter sido da tua turma na faculdade. Eu conto-te que a maneira com que tu acreditas em ti próprio e nunca desistes se tornou o meu lema.
Se quiseres saber, Uzumaki Naruto, eu conto-te o quanto eu te amo, assim como eu te contei durante todo este tempo, e como contarei durante o resto dos meus dias.
Porque se quiseres saber eu conto-te, que hoje, aqui e agora neste altar, eu Uchiha Sasuke, juro amar-te e respeitar-te por todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe.
