A princesa de Zaygonn, a única herdeira do trono, está fora do seu ambiente natural.
Ela atravessou o portal, para o mundo dos humanos, em busca de vingança.
Entretanto, alguns contratempos acaba destruindo os seus planos e colocando a sua própria...
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Fui escoltada até meu futuro aposento, guiada pelos dois soldados que por hora me tratavam de maneira cordial. Subimos as escadas cobertas por um longo tapete vermelho que se estendia por toda sua estrutura, o corrimão era inteiramente feito de ouro e delicadamente esculpido em galhos lisos que se entrelaçavam curvando-se ao fim de sua extensão. Subi cada degrau com cuidado observando os mínimos detalhes, o palácio era bem iluminado com grandes janelas em formatos ovais aparentemente também esculpidas em ouro. Depois da escada ao fim de um longo corredor haviam duas portas douradas, talhadas com um brasão em formato de coroa, indicando ser um dos aposentos reais, os soldados fizeram um pequeno aceno com a cabeça e se retiraram em seguida. Empurrei as estruturas pesadas revelando um amplo e luxuoso quarto, tão rico e aconchegante quanto os do castelo de Zaygonn. Com um minucioso movimento da minha mão fechei as portas atrás de mim e observei cada parte do cômodo espaçoso, confesso que o aposento me agradou. Dmitre havia me surpreendido com seu convite repentino para o banquete, já estava esperando sua ordem para minha decapitação, mas ele estranhamente me acolheu em seu palácio, ignorando meus insultos contra sua coroa.
Um humano peculiar e ardiloso.
Sem delongas, duas criadas entraram no aposento trazendo alguns trajes e joias em nome do rei, imediatamente prepararam um banho com aroma de flores, entrei na banheira sentindo a água quente relaxar cada músculo do meu corpo cansado e dolorido. Uma das criadas jogou algumas pétalas de rosas-vermelhas sobre meu corpo imerso e passou uma textura cremosa em meus cabelos enxaguando-os em seguida deixando um perfume leve de orquídeas. Depois de alguns segundos me lavando sai da água e me enrolei na toalha estendida a minha frente, entre os trajes oferecidos escolhi o vermelho com detalhes em renda, deixando o dourado e o azul sobre a cama. Às duas mulheres me ajudaram colocar o volumoso vestido, e apertar o espartilho que deixou minha cintura mais fina e marcada e suspendeu meus seios. Me acomodei na poltrona de frente a uma penteadeira de madeira que sustentava um espelho redondo, e deixei a mulher de pele bronzeada pentear os meus cabelos que ela prendeu em um coque alto e volumoso, por um breve instante pensei estar novamente em zaygonn, e a outra mulher de pele mais clara quase que pálida me trouxe um colar junto ao par de brincos de ouro com rubis delicadamente lapidados.
