Híbrido || Kim Sunoo

capítulo I

Kim Sunwoo - Híbrido.
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🥨:: Sn pov

Três e meia da manhã. O céu estava escuro, as ruas sendo iluminadas apenas pelo brilho das pequenas estrelas e da lua. É loucura estar na rua em plena madrugada, mas precisava sair para espairecer a mente.

Já faz dois dias que eu não durmo. Estou tentando entrar para uma escola em New York, uma das melhores escolas de lá. Estou com medo de não ser aceita, afinal, é quase impossível. São várias pessoas concorrendo a apenas cinco vagas, e eu sou uma delas.

As concorrentes devem falar inglês básico e fazer todos os trabalhos em inglês. Como falo fluentemente, não tenho problema com isso. Mas os trabalhos são quase absurdos. São imensos e devem ser muito trabalhados, ter o máximo de dedicação e fazer uma coisa perfeita. Por isso não tenho dormido.

Estava caminhando mais uma vez pelas ruas de Seul, as três da manhã. Nesse horário, a movimentação é quase inexistente. Os comércios praticamente todos fechados, apenas farmácias e lojas 24 horas abertas. Resolvi ir comer algo numa loja aqui perto, lá tinham o melhor lámen da cidade. Ajeitei meu casaco cumprido, o fechando mais por conta do frio. Deve estar fazendo uns -6°, ou menos. Estamos no inverno, então está bem frio.

Assim que cheguei na loja de conveniência, caminhei até a geladeira, pegando o lámen que eu falei. Depois, peguei aquelas "bolsas" com um líquido quente que põem dentro, e fui me sentar na bancada que havia ali dentro. Abri a embalagem do lámen, só o cheiro já me animava. Coloquei o líquido dentro da vasilha, vendo a quase invisível fumaça subindo da minha comida. Sem perder mais tempo, comecei a comer aquela maravilha que muitos estrangeiros viajam apenas para comprar isso e fazer igual nos doramas.

Fiquei uns vinte minutos comendo e pensando no concurso, no que devo melhorar e se realmente estou fazendo algo certo para minha vida. Decidi parar de pensar nisso, joguei a embalagem fora e fui pagar.

O balconista era a obra de arte mais bem feita da melhor galeria de arte que você procurar. Seus fios de cabelo loiro meio escuro batendo em sua testa, seus olhos um tanto puxados e os detalhes do rosto... ah, um verdadeiro sonho. Pude ver o nome do rapaz no crachá preso em sua blusa, Nishimura Riki. O nome não é coreano, ele deve ser estrangeiro.

Riki- Deu cinco mil wons, moça - peguei o dinheiro na carteira, entregando ao rapaz.

Sn- Desculpa a pergunta, mas você é daqui? - vejo ele sorrir de canto, enquanto guardava o dinheiro.

Riki- Não, sou do Japão. Creio que você também não seja daqui.

Sn- Na verdade eu nasci aqui, mas meus pais são brasileiros.

Riki- Entendi. Prazer, Nishimura Riki - ele estende a mão para mim.

Sn- Prazer, Sn Park - apertei a mão dele, vendo um sorriso lindo se formar no rosto dele.

Riki- Desculpe a pergunta, mas por que veio nesse horário? Uma moça tão jovem andando sozinha a essa hora da noite.. é perigoso, não?