Odeio amar você

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Cerro os punhos ao lado de meu corpo, eu não conseguia conter a mágoa que eu estava sentindo... Não conseguia entender, eu não era nada de Tobirama, não sentia nada por ele.

Por que estava doendo tanto?

Viro a cabeça, eu não queria ficar olhando aquele showzinho.

— Quanto tempo! — A voz da Hyuga era melosa e fina. — Como eu senti a sua falta... Falta da sua companhia... De você na minha cama.

Cerro os dentes e fecho os olhos, estava pouco me lixando para se Kenko visse o estado que eu estava.

Ouço Tobirama pigarrear.

— Ah sim!! Vejo que trouxe companhia! — Enrijeço meus músculos ao sentir a garota me abraçando por trás. — Qual é o seu nome pequena?

Reviro aos olhos pelo apelido que ela havia me dado. Só porque ela era da altura de Tobirama (ou seja, uns 10 centímetros maior que eu) podia me chamar de pequena.

Sinto minhas veias queimando, minha garganta se fechando.

Pior que até o cheiro dela era incrível, era uma mistura de rosas com amêndoas... Ela era linda, uma princesa... Já sei porque Tobirama se apaixonou por ela.

Eles se merecem.

Eu sou uma Uchiha, nunca daria certo em alguma das hipóteses, eu estou fadada á casar com um verme.

Me viro, conseguindo recobrar minha postura, ficando poucos centímetros de seu rosto perfeito.

Ela estava abaixada e sorrindo com aqueles dentes incrivelmente brancos.

— Sou a Masumi. — Dou um sorriso dócil.

— Que nome lindo! — Ela deposita um beijo em minhas bochechas.

Ela deveria ter a idade de Tobirama, talvez aos olhos dela eu parecia jovem demais.

— Você cuidou bem do meu Tobiramazinho? — Ela se vira e da um beijo na bochecha do Senju, fazendo carinho em sua bochecha.

— Não precisei, ele sabe se cuidar sozinho. — Forço um sorriso. — Será que tem algum banheiro aqui?

— Ah! Onde estão meus modos! — Ela coloca a mão na cabeça. — Kenko, leve-a para tomar um banho! Pode pegar as roupas no quarto de hóspedes! Vou falar com o Tobirama enquanto isso.

Já sei, falar... Que irônico, acho que eles não vão gastar energia falando, e sim saliva.

Como eu sou idiota!

Como eu pude pensar...

Chega, chega de pensar nisso.

Kenko faz um sinal com a cabeça para eu passar pela porta, entro na mansão sem olhar para o Senju.

O guarda me guia para por vários corredores, em cada parede haviam espelhos, quadros e mais quadros.

Depois de alguns minutos, Kenko abre uma porta de ouro e faz um gesto para eu entrar.

— Pode se banhar nesse quarto, há roupas ali. — Ele aponto para o guarda roupa.

Agradeço, fazendo um gesto para entrar no quarto mas sua voz me detém.

— Masumi...

Viro a cabeça, esperando ele falar.

Vejo que ele reluta, pondera e balança a cabeça.

— Qualquer coisa pode me chamar.

Então ele sai andando.

O que foi isso?