Wei Wuxian perdeu tudo, seu cultivo, seu lar, sua família, seu controle e agora, sua memória. Mas algumas vezes uma nova chance pode vir de onde menos espera.
Após perder o controle dos cadáveres na Colina Sepultura, Wei Wuxian não morre, ele é lev...
Hello! Apenas para vocês ficarem sabendo, eu me inspirei no personagem Tang San para a aparência do Wei Wuxian, desculpa, do Xiao Ying. Claro que eu já aproveitei que estava vendo o negócio e me inspirei na Xiao Wu para a aparência da Hua Shan, não é? Mas calma que não vai ter sequer uma intenção romântica entre eles, é que por algum motivo eu sinto que o Wei Wuxian precisa de uma irmã mais velha pra manter ele na linha... Enfim, eu só me inspirei ali mesmo, ai ai, eles são tão lindos...
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Vila das Flores
Arrastar e colocar o homem moribundo foi mais trabalhoso do que Hua Shan tinha imaginado, felizmente assim que ela chegou perto da vila, havia outros cultivadores para ajudá-la. A Vila das Flores ficava cerca de 15 km do rio onde elas estavam, era uma vila isolada e ficava muito longe de qualquer seita ou clã. Só era possível chegar até a vila pelos rios, já que a mata em volta dela era muito fechada e cheia de criaturas desconhecidas, mas até pelos rios era perigoso, pois os três rios principais, mais próximos, eram muito pedregosos e violentos, o único rio que eles podiam seguir era relativamente calmo, mas ele era longo, sinuoso e tinham várias interseções que poderiam confundir quem não o conhecessem, ele conectava a vila a um lago de uma grande seita que ficava muito, muito longe dali.
No meio da Vila, tinha uma casa/enfermaria, que pertencia a Hua Shan, dentro da casa, tinha uma cama baixa, muitos armários com livros e frascos contendo remédios e outros ingredientes.
Já faziam algumas semanas que Hua Shan tinha trazido aquele homem estranho para a vila e ele ainda estava muito machucado, tinha arranhões infectados com energia ressentida, muitas contusões e ossos quebrados, como se ele tivesse caído de uma altura significativa e batido em muitas pedras pelo caminho. Quase toda a sua pele estava em níveis diferentes de roxos, mesmo após semanas, mas o que mais preocupava Hua Shan eram duas coisas, a cabeça do homem, que parecia bastante machucada e o fato dele estar sem um núcleo dourado.
Hua Shan estava confortavelmente lendo um livro para sua filha, enquanto esperava o homem estranho acordar. Ele já estava medicado e limpo. O amuleto sombrio que ele carregava no peito, também já estava devidamente guardado em um jarro, protegido por selos e sendo purificado de hora em hora. Ela ouviu quando ele se remexeu, soltando um lamento doloroso, antes de abrir um dos olhos com muita dificuldade.
-Mamãe, olha... - A-Ming correu até o homem, tentando subir na cama, mas foi tirada por sua mãe.
-Sente-se na cadeira, quietinha, e deixe a mamãe cuidar do moço ferido, ok? - A mulher falou suavemente, não querendo assustar o estranho.
-Sim Senhora... - A pequena foi se sentar, fazendo um bico emburrado.
Hua Shan foi até o estranho, ajudando-o a se sentar e pressionando um algodão molhado em seus lábios secos, ela tinha tentado mantê-lo hidratado e alimentado, mas energia ressentida não a deixava fazer muita coisa. Quando ele chegou, ela teve que cortar todas as suas roupas, que estavam cheias de sangue, lama e folhas, além dos seus cabelos, que também estavam em um estado lamentável. Depois de limpar seu corpo, retirando toda a sujeira, ela conseguiu ver a extensão dos seus ferimentos, ossos quebrados, alguns parecendo antigos, cortes e perfurações por todo o corpo, ele tinha marcas frescas de chicotadas em suas costas e um corte de cirurgia ainda fresco em seu peito, mas pelo estado da linha que estava fechando o corte cirúrgico, ela podia dizer que deveria ter pelo menos quatro anos. Segundo sua mestra, a energia ressentida não deixa você se curar, mas também não te deixa sangrar até a morte.
